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Serviços de Saúde e Autoridade Monetária continuam a realizar sessões de esclarecimento sobre o Regime Jurídico do Erro Médico que contaram com cerca de 550 representantes participantes do sector nestes três dias, para discussão aprofundada

Cerca de 280 representantes do sector participaram na sessão de esclarecimento de doming

A lei n.º 5/2016 Regime Jurídico do Erro Médico entrará oficialmente em vigor no dia 26 de Fevereiro de 2017. Os Serviços de Saúde e a Autoridade Monetária continuam a realizar sessões de esclarecimento sobre o Regime Jurídico do Erro Médico ao sector de saúde. A sessão de esclarecimento deste domingo (22 de Janeiro) contou com a participação de cerca de 280 representantes do sector o que significa que nas três sessões realizadas nos últimos dias (20, 21, 22 de Janeiro) estiveram cerca de 550 participantes. Até ao momento foram realizadas, pelos Serviços de Saúde e pela Autoridade Monetária, 20 sessões de esclarecimento onde estiveram presentes cerca de 2000 pessoas. A maioria dos quais manifestaram apoio à promulgação e implementação em breve do Regime Jurídico do Erro Médico, tendo discutido de maneira aprofundada vários temas envolvidos na lei.

Na sessão de esclarecimento, o Director dos Serviços de Saúde Dr. Lei Chin Ion salientou ainda, que o Regime Jurídico do Erro Médico não será implementado de forma apressada e a versão final é fruto de muitas sugestões e debates que decorreram durante as consultas o que provocou muitas revisões. A proposta de Lei acabou por ser aprovada na generalidade na Assembleia Legislativa e entrará oficialmente em vigor em 26 de Fevereiro de 2017.

Em relação à isenção da responsabilidade penal, apresentada por uma parte dos indivíduos do sector, o Director dos Serviços de Saúde, Dr. Lei Chin Ion referiu expressamente que, em conformidade com a lei vigente de Macau, sobretudo o Código Penal, não é possível proceder à isenção da responsabilidade penal para os actos médicos. Na lei prevê-se a criação da Comissão de Perícia do Erro Médico que visa a realização de investigações e perícias, de forma independente e profissional, a fim de determinar e esclarecer a responsabilidade dos prestadores de cuidados de saúde. Esta Comissão é um órgão legal, composta por especialistas médicos, juristas e consultores com muitas experiências, não obedecendo a qualquer ordem, instrução e intervenção, efectuando investigações independentes e verificação de facto. Porém, a mesma não pode solicitar a tribunais que adoptem obrigatoriamente os relatórios após investigação, elaborados pela Comissão de Perícia do Erro Médico, porque os juízes têm o poder discricionário.

A par disso, há alguns participantes pediram explicação sobre o valor elevado dos capitais seguros, e por não estar promulgado o diploma de seguro obrigatório de responsabilidade civil, havendo preocupações que o mesmo não esteja disponível no mercado antes da entrada em vigor de lei. Deste modo, sugeriu-se que o período de transição possa ser de 6 meses. O Director dos Serviços de Saúde Dr. Lei Chin Ion afirmou que já foram definidos os valores mínimos dos capitais seguros, além disso, sugerindo que o sector médico e de enfermagem possa comprar os seguros através das instituições ou associações, o que pode possibilitar que prémios de seguro possam ser mais acessíveis. O Dr. Lei Chin Ion salientou ainda que, face a essas sugestões, o governo procedeu, de forma activa, ao estudo aprofundado, mas as disposições do Regime Jurídico do Erro Médico dispõem que todos os diplomas complementares (incluindo o regulamento administrativo de seguro obrigatório de responsabilidade civil) devem entrar em vigor e ser implementados no dia 26 de Fevereiro de 2017. Neste sentido, o governo ajudará activamente o sector de saúde a proceder à subscrição do seguro em resposta às disposições da lei. Dr. Lei Chin Ion aconselhou mesmo os profissionais de saúde a preencherem os formulários de aquisição do seguro nas instituições ou nas associações a que pertencem, de maneira a concluir de forma mais rápida e conveniente a compra de seguros.

Por sua vez, numa sessão de esclarecimento, foi apresentado que iria estudar o período de transição, o que causou eventualmente mau-entendimento por parte do sector, neste contexto, o Director Dr. Lei Chin Ion manifestou mais uma vez desculpa, salientando que, nesta fase, as autoridades vão continuar a apresentar e esclarecer junto do sector de saúde o conteúdo da elaboração dos diplomas complementares, no entanto, os mesmos ainda sujeitos à apreciação e aprovação do Conselho Executivo. A Secretária-Geral do Conselho para os Assuntos Médicos, Dra. Leung Pui San disse que em reposta ao sector, e em coordenação com a situação real de Macau, sugerindo fazer a revisão dos valores mínimos dos capitais seguros.

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