O secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, lamentou e manifestou desilusão sobre um caso que envolve um investigador criminal suspeito de maus-tratos a um cão e afirmou que as autoridades irão deliberar sobre o assunto com severidade. No entanto, sublinhou que este foi um caso isolado e enalteceu a lealdade do pessoal da Polícia Judiciária pelo bom desempenho das suas funções e tarefas, nas várias vertentes.
Wong Sio Chak esteve, hoje (18 de Janeiro), presente no evento de confraternização do Ano Novo Lunar dos reclusos, de 2017. No final, ao responder às perguntas colocadas pela comunicação social sobre o caso acima referido, afirmou que este incidente não devia ter sucedido e lamentou expressando igualmente a sua desilusão. Referiu que o comportamento do pessoal de investigação criminal influencia o seu trabalho não só pelo elevado grau de exigência da sociedade como também pela rigorosidade necessária quanto ao cumprimento da Lei.
Assim, o pessoal de investigação criminal deve, a todo o momento, ter em atenção os seus actos, bem como, junto da população, servem de exemplo no cumprimento da lei, acrescentou. Contudo, frisou que este constitui um caso isolado e reiterou que na execução da lei, o pessoal da Polícia Judiciária tem desempenhado as suas funções com lealdade. Reiterou o serviço prestado ao longo dos anos e que as tarefas policiais têm sido bem executadas, nas várias vertentes, designadamente na resolução de crimes, no policiamento comunitário, activo e de proximidade, entre outras.
O secretário referiu ainda a resposta que foi dada pela Polícia Judiciária, sobre o caso em questão, considerando que foi muito esclarecedora. Segundo o mesmo, a avaliação concreta ao acto do investigador criminal foi realizada de acordo com as disposições legais e não constitui uma infracção criminal mas sim administrativa, salientando que as autoridades irão proceder à respectiva punição. Além disso, a Polícia Judiciária irá ainda realizar uma investigação disciplinar interna para avaliar o comportamento do investigador e tomar as medidas necessárias.
Entretanto, ao ser questionado se o caso poderá estar relacionado com o excesso de pressão do pessoal das forças de segurança, Wong Sio Chak afirmou que qualquer pessoa também enfrenta as suas dificuldades, mas quem cria animais de estimação deve ter afeição pelos mesmos. A promulgação da Lei de Protecção de Animais demonstra exactamente a importância que a sociedade tem perante a vida e os animais, por isso, independentemente de ser um cidadão comum ou agente executor da lei, deve conhecer primeiro o seu estado de espírito e emocional no modo como lida com os animais e até mesmo antes de decidir acolhê-los.