De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 2.º trimestre de 2017, a duração média mensal da carteira de encomendas das empresas inquiridas foi de 2,4 meses, mantendo-se inalterada face ao 1º trimestre de 2017.
A carteira de encomendas detidas pelos sectores de “Produtos Farmacêuticos”, “Vestuário e Confecções”, “Outros Sectores” e “Equipamentos Electrónicos/Eléctricos” foi de 5,1 meses, 2,9 meses, 1,9 meses e 1,6 meses.
No que diz respeito aos mercados de destino das exportações, da análise ao índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados, as empresas inquiridas consideram em geral que o Interior da China é o mercado com performance relativamente melhor, apresentando o índice de 33,9%. Da comparação das evoluções tendenciais dos diferentes mercados relativamente ao trimestre anterior, a performance de outros países da região da Ásia-Pacífico melhorou, cujo índice foi de 0,8 no trimestre anterior para 13.8% neste trimestre, a situação da carteira de encomendas apresentou melhoria evidente.
No contexto das perspectivas de exportações para os próximos seis meses, o número das empresas inquiridas que antecipavam uma perspectiva optimista foi de 12,4%, traduzindo um aumento de 4,7 pontos percentuais face ao 1.º trimestre de 2017 (7,7%) e um ligeiro aumento de 1,2 pontos percentuais perante o mesmo período de 2016 (11,2%). O conjunto das empresas que antecipavam uma evolução menos favorável foi de 5%, correspondendo a um aumento de 1,7 pontos percentuais em relação ao 1.º trimestre de 2017, mas a uma descida de 5,2 pontos percentuais ao mesmo período de 2016. Entre estas, 2,4% apontaram para um ligeiro decréscimo e 2,6% para um forte declínio. As empresas que previam uma situação semelhante reduziram de 89% no 1.º trimestre de 2017 para 82,6% no 2.º trimestre de 2017, representando uma descida de 6,4 pontos percentuais. Estes dados traduzem uma atitude prudente das empresas em relação às exportações no futuro.
No tocante ao mercado de emprego, o número de trabalhadores da indústria transformadora e exportadora aumentou ligeiramente 0,4% face ao 1.º trimestre de 2017, mas representando uma descida de 14,4% face ao período homólogo de 2016. Por outro lado, 61,5% das empresas inquiridas afirmaram terem enfrentado falta de trabalhadores, número superior a 54,3% verificado no 1.º trimestre de 2017 e a 56,9%, verificado no mesmo período de 2016. Enquanto 86,6% das empresas inquiridas do sector de “Produtos Farmacêuticos” manifestaram haver uma notável procura de trabalhadores, o que significa que há uma grande procura de mão-de-obra neste sector.
Com base nos resultados do Inquérito, de entre os problemas que afectam as actividades de exportação, 15,4% das empresas exportadoras consideram “Insuficiência de Trabalhadores” como o maior problema que estão a encarar, enquanto 10,9% apontaram para “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro”, 4,8% para “Insuficiente Volume de Encomendas” e 4,5% para “Preços Elevados das Matérias-Primas”.
Para os próximos três meses, 25,4% das empresas inquiridas preocupam-se principalmente com “Salários Elevados”, seguindo-se de “Insuficiência de Trabalhadores”(22%), “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” (19,2%) e “Preços Elevados das Matérias-Primas” (19,1%).