De acordo com os Serviços de Saúde, dado o facto de o risco de ocorrência de várias doenças transmissíveis após a tempestade ainda não estar completamente eliminado, a situação de doenças transmissíveis está a ser monitorizada de perto e continuam a ser realizados trabalhos de controlo de pragas e de mosquitos e de desinfecção em todos os bairros. Apela-se ao público para terem em observância as orientações de higiene pessoal, higiene ambiental e higiene alimentar emitidas pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais.
Relativamente aos casos de gastroenterite aguda, de acordo com dados do Serviço de Urgência do Centro Hospitalar de Conde de S. Januário e do Hospital Kiang Wu, registou-se uma diminuição do número de casos, de 253 casos a 30 de Agosto, um nível relativamente alto, para 127 casos a 6 de Setembro de 2017. Os casos destes pacientes foram principalmente casos esporádicos, não estando relacionados com restaurantes ou alimentos em específico. Os sintomas da maioria dos pacientes eram ligeiros, tendo principalmente dores abdominais e diarreia. Quanto ao grupo etário mais afectado, os pacientes são jovens e adultos. Não há registo de aumento de casos entre as crianças e idosos. Após a tempestade, até dia 6 de Setembro, foram notificados 7 casos no total de gastroenterite colectiva, envolvendo cada caso entre 2 a 5 pessoas, representando um ligeiro aumento em comparação com o habitual.
Os Serviços de Saúde estão a proceder ao acompanhamento estreito da situação e apelam urgentemente que as recomendações apresentadas pelo Centro de Segurança Alimentar do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais devem ser rigorosamente cumpridas, sendo essas as seguintes:
- Lavar sempre as mãos, após o uso de sanitários, antes do manuseamento de comida e antes das refeições; os estabelecimentos equipamentos destinados à preparação de alimentos devem ser limpos e desinfectados; evitar a entrada de insectos e ratos na cozinha e de estarem em contacto com comida;
- Manusear alimentos crus e cozidos separadamente, os quais devem ser tratados com equipamento e utensílios específicos; Utilizar diferentes recipientes para separar os alimentos crus dos cozidos;
- Cozinhar bem os alimentos, devendo os alimentos cozidos serem aquecidos de novo por completo;
- Manter os alimentos a uma temperatura segura, não devendo manter os alimentos cozidos a temperatura ambiente por mais de 2 horas.
- Usar água e matéria-prima alimentar de fonte segura.
Além disso, o aumento de lixo e resíduos após tufões que possam acumular água, bem como a quebra de várias coberturas contra chuva aumentam o risco de doenças transmitidas por mosquitos, como a febre de dengue, neste contexto, os Serviços de Saúde apelam a todos os residentes de Macau para darem a devida atenção à higiene ambiental e às medidas de prevenção anunciadas, as quais passam, também, pela eliminação de água estagnada no domicílio ou local de trabalho, eliminando, assim, a proliferação de mosquitos e de larvas, bem como instalação de rede mosquiteira nas janelas ou uso de mosquiteiros e ligar o ar-condicionado. Apela-se ainda à população que quando esteja no exterior ou viaje para locais com surto de febre de dengue para vestirem roupa com mangas compridas. Em caso de saídas para o ar livre, deve ser aplicado repelente anti-mosquitos nas partes expostas do corpo e evitar picadelas de mosquitos. No caso de surgimento de sintomas de febre, erupção cutânea e outros sintomas suspeitos de febre de dengue, deve recorrer atempadamente à consulta médica, informando o médico do historial de viagem ou do endereço de residência.
Para informações pormenorizadas sobre a prevenção de doenças transmissíveis, os residentes podem consultar a página electrónica dos Serviços de Saúde através dehttp://www.ssm.gov.mo/csr/ou ligar para a linha aberta de 24 horas n.º 28700800.