O Chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), Chui Sai On, a Comissão para a Revisão do Mecanismo de Resposta a Grandes Catástrofes e seu Acompanhamento e Aperfeiçoamento e a delegação de especialistas da Comissão Nacional para a Redução de Desastres, tiveram, hoje (16 de Setembro) uma reunião na Sede do Governo, onde foi apresentado o relatório preliminar de avaliação aos trabalhos sobre a passagem do tufão “Hato”, apresentado pelo subdirector da Comissão Nacional para a Redução de Desastres e chefe do grupo de especialistas de gestão de resposta às emergências do Conselho de Estado, Shan Chunchang. Na continuação da avaliação preliminar, a delegação irá iniciar a próxima fase, ou seja uma análise e estudo mais completo e profundo, elaborando um relatório global para que o Governo da RAEM possa ter como referência para o planeamento, prevenção e diminuição de catástrofes de curto, médio e longo prazo.
A delegação de especialistas, convidada pelo Governo da RAEM para visitar Macau, durante três dias, foi dividida em sete grupos para facilitar o intercâmbio com os serviços competentes do território, bem como as visitas ao Terminal Subterrâneo de Transportes Públicos da Praça das Portas do Cerco, aos parques de estacionamento que foram inundados, à Rua Cinco de Outubro, à Rua da Praia do Manduco, à zona do Porto Interior e aos residentes daquelas zonas. A delegação abordou três aspectos, nomeadamente a situação de resposta perante os tufões “Hato” e “Pahkar”, a situação da China interior perante catástrofes naturais e tendência global e as sugestões preliminares no âmbito do aumento da capacidade de resposta de Macau perante as catástrofes naturais.
O chefe da delegação, Shan Chunchang, apontou no relatório que o tufão “Hato” direccionou-se para Macau, e que as informações provam que o tufão foi a tempestade mais forte, dos últimos 50 anos, na região. A velocidade de movimentação foi muito rápida e intensificou-se ao aproximar-se da costa martíma, e ainda mais ao atingir a terra, pelo que foi muito difícil prever com acuidade. Shan Chunchang resumiu ainda as medidas tomadas e a organização dos trabalhos durante a catástrofe, bem como os problemas que surgiram durante o processo. Partilhou ainda as experiências da China interior e de outros países do mundo perante os tufões e outras calamidades.
O mesmo responsável fez uma breve sugestão no que diz respeito ao aumento da capacidade de resposta de Macau face a catástrofes, e referiu também o objectivo geral da salvaguarda da vida e dos bens da população bem como apontou medidas de prevenção e resposta às emergências. Por outro lado, espera-se que dentro dos próximos cinco a dez anos, possa ser constituído o sistema de resposta aos casos imprevistos e emergentes, que tenha eficácia na resposta aos riscos e desafios da segurança pública, que articule com o desenvolvimento da economia e da sociedade do território, que abranja todo o processo de segurança pública e gestão de emergência, liderado pelo Governo e com a participação de toda a sociedade.
Espera-se ainda que a capacidade de gestão de resposta a situações de catástrofe possa ser continuamente melhorada, que possa significativamente reforçada a capacidade de salvamentos, que possa ser intensificada a capacidade geral de salvaguarda das vidas e aperfeiçoada igualmente a capacidade de coordenação social, bem como o melhoramento do sistema de segurança pública e da gestão de emergências, fazendo com que Macau se torne numa cidade desenvolvida, com condições óptimas de vida, de emprego, de turismo, ou seja numa cidade cosmopolita com uma sociedade segura e estável.
A delegação apresentou ainda, seis grandes aspectos que devem ser aperfeiçoados e melhorados, bem como o reforço das construções sugeridas no relatório.
1. aperfeiçoar o mecanismo e o sistema de prevenção e de redução do impacto das catástrofes, de socorro e salvamento, bem como de resposta às emergências;
2. reforçar a capacidade de prevenção e diminuir o impacto das calamidades nas infra-estruturas, bem como, aumentar a capacidade de resposta;
3. melhorar o mecanismo de cooperação entre Guangdong, Hong Kong e Macau, no âmbito das respostas aos imprevistos;
4. aumentar a capacidade e o nível de resposta da sociedade perante as crises e os riscos;
5. construir um sistema, legislar e definir padrões de segurança pública e de gestão de resposta;
6. Iniciar uma campanha de sensibilização junto do público sobre a segurança e sobre os primeiros socorros tanto a vítimas como mesmo à própria vida.
Após ouvir o relato da delegação, o Chefe do Executivo agradeceu à equipa pelo trabalho efectuado neste curto período de tempo, onde foi necessário considerar as opiniões de outros serviços públicos, além das visitas in loco, pelo que concluiu que o relatório apresentado foi apresentado de forma eficiente e profissional. O mesmo responsável considerou que, o relatório não só reconheceu o esforço e empenho do Governo da RAEM, mas também apresentou opiniões e sugestões para o seu aperfeiçoamento. Apontou ainda o facto do conteúdo ser bastante completo e orientador e merecedor de toda a atenção por parte dos serviços do Governo, assim como devem ser concretizados e melhorados os seus vários aspectos. O Governo irá partir de várias vertentes, dando prioridade aos interesses da RAEM e ao empenho na resposta às necessidades da sociedade.
O Chefe do Executivo concluiu referindo que o Governo tem que dar importância a dois aspectos: às opiniões apresentadas pela delegação, e também à aprendizagem através da experiência. A convite do Governo da RAEM, a delegação deslocou-se a Macau para apoiar o território na avaliação dos trabalhos relativos ao tufão “Hato” e estudou as propostas de orientação. Não só serviu de experiência ao Governo, serviu também como uma oportunidade bastante importante para melhorar o nível de trabalho do Governo e incentivar o desenvolvimento do território. Também serviu de fonte motora para a revisão integral da sociedade e para o aumento da construção de infra-estruturas. O segundo aspecto será concretizar, de forma séria, as sugestões apresentadas pela equipa. Os serviços públicos necessitam de enumerar medidas de melhoramento e definir, a curto prazo, uma data para a concretização de cada trabalho.
Por fim, o Chefe do Executivo sugeriu manter a comunicação e cooperação com a Comissão Nacional para a Redução de Desastres e com a delegação, onde sob a orientação da mesma, poderá criar um plano de prevenção e diminuição do impacto de catástrofes de curto, médio e longo prazo.
Estiveram ainda presentes o coordenador adjunto do Centro de Redução de Desastres do Ministério de Assuntos Cívicos, Zhang Xuequan, o subdirector do Departamento de Ligação do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho do Estado, Li Kun, e outros 22 membros da delegação, a secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan, o secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, o Comandante-geral dos Serviços de Polícia Unitários, Ma Io Kun, o director-geral dos Serviços de Alfândega, Vong Iao Lek, a chefe do Gabinete do Chefe do Executivo, O Lam, o director do Gabinete de Comunicação Social, Victor Chan, o coordenador do Gabinete de Estudo das Políticas, Lao Pun Lap e a assessora do Gabinete do Chefe do Executivo, Lei Ngan Leng.