Na tarde do passado dia 21 de Outubro, realizou-se no Centro da Avaliação Conjunta Pediátrica, criado em conjunto pelos Serviços de Saúde, Direcção dos Serviços da Educação e Juventude e Instituo de Acção Social, um workshop de intervenção precoce destinado às crianças e pais que estão à espera de tratamento de reabilitação. Participaram mais de 50 famílias num total superior a 120 pessoas.
No seu discurso da abertura, o responsável do Centro da Avaliação Conjunta Pediátrica, Dr. Tai Wa Hou referiu que nos últimos anos o Governo tem apostado nos recursos que prestam serviços de intervenção precoce. O Centro da Reabilitação Pediátrica foi criado em Junho de 2017 e através do recrutamento de recursos humanos e do aumento das instalações, o tempo da espera da terapia ocupacional, após a avaliação, de um ano e meio para seis meses, enquanto o tempo da espera da terapia da fala foi reduzido de 24 meses para 8 meses. Para reduzir, ainda mais o tempo da espera, os Serviços de Saúde irão recrutar os terapeutas, ajudando activamente as instituições da intervenção precoce a importarem terapeutas de outras regiões como é o caso de Hong Kong e de Taiwan, entre outros.
O Centro da Reabilitação Pediátrica irá melhorar os procedimentos relativos ao tratamento por reabilitação, introduzindo tratamentos em equipa e em grupo, sendo criada uma “Via Verde” para as crianças com idade inferior a 2 anos.
Ao mesmo tempo, a fim de reforçar o papel dos pais na intervenção precoce na infância, irão ser criadas mais turmas de formação para os pais e serão iniciados tratamentos passivos, cabendo aos terapeutas lançarem turmas de aprendizagem de treino de reabilitação para os pais, formando os pais na realização da reabilitação das crianças em domicílio, de forma a aumentar os efeitos do tratamento. O Centro irá, também, melhorar o procedimento da intervenção precoce na infância, elaborando os padrões de tratamento para os obstáculos em desenvolvimento de graus e tipos diferentes, clarificando melhor os papéis e responsabilidades das instituições médicas, das instituições dos serviços sociais e das instituições de educação, que efectuam um ênfase especial na intervenção precoce na infância, de maneira a assegurar a obtenção da intervenção adequada em todas as etapas por crianças concretizando a redução do tempo de espera pretendido pelo Governo.
No início do workshop, a médica consultora no desenvolvimento infantil, Dra. Lei In apresentou as dez doenças mais comuns dos obstáculos de desenvolvimento. Mencionando que apesar de todos os casos terem recebido a avaliação e diagnóstico médico, os melhores resultados nos tratamentos são obtidos quando os pais colaboram com os terapeutas para realização de treino em domicílios.
Apontou, também, que as crianças com necessidades de apoio de desenvolvimento criam impactos em toda a família, havendo necessidade de mais esforços como a procura de cursos de terapia para a família e para a criança. Ao mesmo tempo, as crianças também são mais difíceis de educar, por isso a família precisa de ter mais elementos de energia positiva, incluindo a inclusão de soluções para os problemas das crianças, a inclusão e compreensão entre os cônjuges, a confirmação positiva de que as crianças já chegaram a uma capacidade, a aprendizagem de amor sem compensação em crianças com deficiência e mais elogio a crianças para que as mesmas possam ter mais motivos para serem tratadas no seu domicílio. Caso os cônjuges possuam vontade para apoiar as crianças no domicilio, equilibrando o amor e a educação, os efeitos do tratamento são claramente melhores e mais positivos quando comparados com os casos que são alvo de assistência no hospital ou na escolas.
A terapeuta da fala, Ieong Si Wai, a terapeuta ocupacional, Lo Seong Chin, do Centro da Reabilitação Pediátrica dos Serviços de Saúde apresentou os serviços de treino de reabilitação do Centro destinados aos pais, nomeadamente quais os conteúdos de terapia da fala mais comuns, como é que se aproveitam os brinquedos domiciliários mais comuns para induzir o desenvolvimento da fala das crianças, de forma a impulsionar a capacidade social, bem como a realização de treino muscular oral para melhorar a precisão e clareza da pronunciação das crianças, entre outros. Por outro lado, Lo Seong Chin apresentou os conteúdos de treino de terapia ocupacional para que os pais compreendam que a terapia ocupacional não é uma medicina ocupacional para cura das doenças profissionais, mas significa que os terapeutas aproveitam o uso de ‘actividades com objectivos’ para curar ou ajudar os pacientes com obstáculos físicos, psicológicos, de desenvolvimento ou de função social, de forma a lhes permitir a obtenção de maior independência da vida. Além disso, falou sobre as maneiras para ajudar ao melhoramento de funções de mãos de crianças, a promoção dos meios para desenvolvimento de movimento de pequeno músculo, bem como os meios de tratamento de alergia sentimental que é muito comum em crianças com autismo.
Também esteve presente neste Workshop o supervisor de terapeutas de fala da Associação de Surdos, Cheong Keng In que apresentou o conceito mais recente da intervenção profissional na intervenção precoce. Enfrentados os atrasos e obstáculos de desenvolvimento que são detectados nas crianças, a intervenção profissional é diferente dos tratamentos com perspectivas de tratamento de doenças. A intervenção profissional avalia profundamente a capacidade de participação das crianças na vida diária através da compreensão das restrições físicas e dificuldades funcionais. Os profissionais da intervenção precoce podem integrar os resultados quantitativos da avaliação médica e, em conformidade com as funções actuais de desenvolvimento de crianças, coordenar uma conversação com foco na família, aproveitando a discussão e as actividades diárias quantitativas, para compreender profundamente as boas e difíceis apresentações aquando da participação nas actividades domiciliárias por crianças. Ao mesmo tempo, os profissionais colaboram com os membros da família para discutirem em conjunto o plano da intervenção, as orientações e objectivo de treino eficazes, reforçando os papéis e motivação de participação de pais nas situações da vida domiciliária. Quanto às crianças com atraso de desenvolvimento e aos seus pais, todos estes proporcionam uma outra direcção eficaz de intervenção além da espera do tratamento directo.
Após workshop, foi organizada uma actividade de amizade por os trabalhadores de intervenção precoce dos Serviços de Saúde, da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude, do Instituto de Acção Social, bem como por médicos, terapeutas e enfermagens do Centro da Avaliação Conjunta Pediátrica para as crianças e os pais, acompanhando dos espectáculos como jogos e magia.
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