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Chui Sai On destaca integração no desenvolvimento nacional e participação na Grande Baía


No plenário da Assembleia Legislativa no qual respondeu às perguntas dos deputados no âmbito das Linhas de Acção Governativa para o Ano de 2018 (LAG), o Chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), Chui Sai On, destacou hoje (15 de Novembro), as políticas para a cooperação na estratégia de desenvolvimento nacional. O líder do governo afirmou que o relatório do 19.º Congresso Nacional do Partido Comunista da China refere claramente que Macau tem de integrar-se no desenvolvimento do País, no qual se destacam a construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, e a cooperação da região do Pan-Delta do Rio das Pérolas, políticas que promovem integralmente a cooperação entre Macau e Interior da China. Chui Sai On observou que Macau deve aproveitar bem as medidas benéficas promovidas pelo País, elevando o princípio “Um País, Dois Sistemas” a uma nova fase.

No que diz respeito à Grande Baía, o Chefe do Executivo indicou que o governo da RAEM dá grande importância aos trabalhos de planeamento e irá empenhar-se na criação de vantagens para poder ir de encontro às necessidades do País. Neste âmbito, é realçada a importância das medidas de desenvolvimento de Macau assente na ideia “Um Centro, Uma Plataforma”, bem como no planeamento para a construção de “Uma Base” de intercâmbio que tenha a cultura chinesa como dominante, mas em coexistência com diversas culturas.

O mesmo responsável relembrou que o “Planeamento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau” foi integrado oficialmente, em Março, no relatório dos trabalhos nacionais. Depois, em Julho, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma e os governos da Província de Guangdong, de Hong Kong e de Macau assinaram o “Acordo-quadro para reforço da cooperação Guangdong-Hong Kong-Macau e promoção da construção da Grande Baía”, o que significou um avanço significativo. Chui Sai On acrescentou que o governo da RAEM tem auscultado opiniões públicas, dos peritos e académicos, sobre o aproveitamento das vantagens locais e que se procederá ainda à auscultação de mais opiniões e respectivo resumo sobre o plano concreto para o desenvolvimento da Grande Baía, que ainda não foi lançado.

Na Assembleia Legislativa, o Chefe do Executivo enumerou ainda os trabalhos que Macau terá de efectuar, para se integrar nestes planos, designadamente através do bom desempenho do papel de “Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa” e da organização de mais eventos internacionais em Macau no âmbito das convenções e exposições, apoiando as empresas do Interior da China a alargarem os seus negócios ao exterior. Macau deve ainda, neste âmbito, aprofundar a ligação e alargar a comunicação entre as empresas dos Países da Língua Portuguesa e as empresas de outros países e regiões do mundo. Ao mesmo tempo, o governo da RAEM tem de impulsionar as empresas locais a aproveitarem as oportunidades trazidas pela política para a construção da Grande Baía, bem como apoiar os jovens empreendedores na área da inovação e a iniciarem os seus negócios. Chui Sai On destacou ainda a importância da luta pela facilitação das condições de acesso das empresas, profissionais e residentes locais ao mercado de trabalho de Guangdong, onde poderiam também iniciar os próprios negócios.

No processo de construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, Chui Sai On acredita que o território tem a capacidade necessária para desenvolver os seus trabalhos e contribuir através da transformação de Macau num centro de formação de língua portuguesa na região da Ásia e numa base de formação de talentos em gestão turística ao nível internacional.

O Chefe do Executivo recordou igualmente que o sector financeiro é uma das principais áreas da cooperação entre Guangdong, Hong Kong e Macau. O território já estabeleceu com a província de Guangdong um mecanismo de cooperação financeira e também existem canais de ligação com várias grandes cidades, integradas na Grande Baía. Mas, para conseguir dar resposta à futura cooperação financeira inserida nessa estratégia nacional, o líder do governo identifica a necessidade de Macau aperfeiçoar as infra-estruturas do sector financeiro, acelerar os trabalhos legislativos relacionados e formar talentos locais na área, sendo todas estas ideias prioridades para o próximo ano.

Durante a sessão plenária, o Chefe do Executivo respondeu a perguntas de 30 deputados que abordaram uma diversidade de matérias, relacionadas com o trânsito, a renovação urbana e a prevenção contra catástrofes e cheias. Foram também focados outros temas como o sistema de saúde, as relações entre os sectores laboral e patronal, a garantia de emprego, a habitação, os trabalhos legislativos e o Plano Quinquenal de Desenvolvimento da RAEM. Os deputados também instaram Chui Sai On a falar dos planos do governo para a Cidade Criativa da Gastronomia, o turismo em geral, a criação de uma cidade inteligente, a reforma da Administração Pública, a responsabilização dos governantes, a lei de terras, a criação do órgão municipal sem poder político, a formação de talentos bilingues, bem como a mediação e arbitragem e as política de desporto.



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