Em 2016 existiam em actividade 1.913 organismos nas indústrias culturais de Macau, as quais abrangiam quatro áreas: “Design criativo”; “Exposições e espectáculos culturais”; “Colecção de obras artísticas” e “Mídia digital”, ou seja, mais 200, face ao ano 2015. O pessoal ao serviço foi de 11.003 indivíduos (+7,7%, em termos anuais) e as despesas com pessoal alcançaram 1,71 mil milhões de Patacas (+9,3%). As receitas dos serviços das indústrias culturais cifraram-se em 6,86 mil milhões de Patacas (+9,7%, em termos anuais) e o valor acrescentado bruto (VAB), que reflecte o seu contributo económico, fixou-se em 2,24 mil milhões de Patacas (+8,5%), representando 0,6% do VAB de todos os ramos de actividade económica de Macau no ano em análise, percentagem esta que foi idêntica à do ano 2015. A formação bruta de capital fixo das indústrias culturais atingiu 470 milhões de Patacas, tendo descido 50,7% em termos anuais, informam os Serviços de Estatística e Censos.
Na área “Design criativo” estavam em actividade 1.021 organismos em 2016, mais 100, em relação a 2015. O pessoal ao serviço era composto por 3.372 indivíduos (+0,6%, em termos anuais) e as despesas com pessoal equivaleram a 430 milhões de Patacas (+3,2%). As receitas anuais dos serviços cifraram-se em 1,80 mil milhões de Patacas (-1,3%, em termos anuais) e o VAB correspondeu a 610 milhões de Patacas (-2,9%). Estes valores continuaram a ser os segundos mais elevados em termos das receitas dos serviços das indústrias culturais e do VAB. Destaca-se que 639 dos organismos desta área se dedicavam ao ramo da publicidade (+38, em termos anuais) e tinham 2.148 pessoas ao serviço (-1,6%). As receitas anuais dos serviços cifraram-se em 780 milhões de Patacas, menos 14,5% em termos anuais. A formação bruta de capital fixo equivaleu a 16,67 milhões de Patacas, tendo baixado significativamente 72,0%, em comparação com a de 2015, uma vez que durante o ano em análise os organismos deste ramo não adquiriram nenhum imóvel de grande envergadura.
Em 2016 na área “Exposições e espectáculos culturais” existiam em actividade 218 organismos, mais 49, face a 2015. O pessoal ao serviço foi de 2.429 indivíduos (+32,4%, em termos anuais) e as despesas com pessoal alcançaram 290 milhões de Patacas (+20,6%). As receitas anuais dos serviços cifraram-se em 1,46 mil milhões de Patacas (+8,2%, em termos anuis), 56,0% dos quais eram da venda de bilhetes. O VAB correspondeu a 290 milhões de Patacas, mais 26,3%, em termos anuais. Observou-se que o Governo de Macau tem apoiado activamente as exposições e espectáculos culturais do Território, pelo que o número de organismos que se dedicavam à produção destes eventos e o número de eventos aumentaram, ou seja, nesta área existiam 155 organismos que se dedicavam à produção de artes performativas (+35, face a 2015) e tinham 1.666 pessoas ao serviço (+49,1%). As receitas anuais dos serviços atingiram 1,22 mil milhões de Patacas, representando 84,1% do total das receitas anuais dos serviços desta área.
No ano de referência havia na área “Colecção de obras artísticas” 110 organismos em actividade, mais 1, em relação a 2015. O pessoal ao serviço (390) e as despesas com pessoal (25,68 milhões de Patacas) decresceram 10,3% e 7,5%, respectivamente, em termos anuais. As receitas anuais dos serviços (130 milhões de Patacas) e o VAB (53,14 milhões de Patacas) aumentaram 45,5% e 55,8%, respectivamente, em termos anuais. A formação bruta de capital fixo (24,14 milhões de Patacas) registou um crescimento significativo, ou seja, subiu 5,7 vezes em termos anuais, devido principalmente aos novos organismos terem investido mais recursos. Salienta-se que existiam 95 organismos em actividade que se dedicavam aos serviços de fotografia (-4, em termos anuais) e tinham 343 pessoas ao serviço (-13,4%). As receitas anuais dos serviços (59,22 milhões de Patacas), o VAB (21,55 milhões de Patacas) e a formação bruta de capital fixo (3,33 milhões de Patacas) desceram 14,7%, 31,1% e 6,5%, respectivamente, em termos anuais.
Em 2016 na área “Mídia digital” estavam em actividade 564 organismos, mais 50, face a 2015. O pessoal ao serviço foi de 4.812 indivíduos (+4,7%, em termos anuais) e as despesas com pessoal cifraram-se em 960 milhões de Patacas (+9,6%). As receitas anuais dos serviços situaram-se em 3,48 mil milhões de Patacas e o VAB atingiu 1,28 mil milhões de Patacas, os quais constituíram 50,6% e 57,4% do total das receitas dos serviços das indústrias culturais e do VAB, respectivamente, ou seja, estas representaram os maiores pesos de entre as quatro áreas das indústrias culturais. A formação bruta de capital fixo foi de 110 milhões de Patacas, menos 15,2%, em termos anuais. Destaca-se que a maioria dos organismos desta área pertencia ao ramo da informação, isto é, 346 organismos (+55, em termos anuais), que tinham 1.683 pessoas ao serviço (+9,6%). As receitas anuais dos serviços cifraram-se em 1,88 mil milhões de Patacas e o VAB alcançou 570 milhões de Patacas, tendo subido 25,1% e 27,9%, respectivamente, em termos anuais.
As Estatísticas das Indústrias Culturais são realizadas pelo “Grupo de Estatística e Indicadores da Avaliação das Indústrias”, que se subordina ao Conselho para as Indústrias Culturais da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), com base no respectivo quadro definido nos termos do disposto no “Quadro da Política do Desenvolvimento das Indústrias Culturais” da RAEM. A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) lançou em 2016 diversos inquéritos específicos sobre as quatro áreas - “Design criativo”, “Exposições e espectáculos culturais”, “Colecção de obras artísticas” e “Mídia digital”, integrando os dados obtidos dos inquéritos da DSEC aos ramos de actividade económica conexos e efectuando o respectivo cálculo, a fim de reflectir a contribuição das indústrias culturais para a economia do Território.