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Estimativa do produto interno bruto (PIB), referente ao 3º trimestre de 2017


No terceiro trimestre de 2017 o Produto Interno Bruto (PIB) registou um crescimento homólogo de 6,1% em termos reais, beneficiado pela contínua subida das exportações de serviços. A taxa de crescimento económico estreitou-se, principalmente devido à elevada base de comparação, pois no terceiro trimestre do ano anterior a economia tinha voltado a crescer. A procura externa cresceu fortemente, tendo as exportações de serviços aumentado 14,6% em termos anuais, para o que contribuíram principalmente os aumentos homólogos de 18,4% nas exportações de serviços do jogo e de 9,4% nas exportações de outros serviços turísticos. As exportações de bens subiram 18,9%. A procura interna assinalou um significativo abrandamento, arrastado essencialmente pela retracção anual de 25,1% no investimento, enquanto a despesa de consumo final do governo e as importações de bens desciam 0,7% e 6,8%, respectivamente. Todavia, aumentou ligeiramente 0,5% a despesa de consumo privado. No terceiro trimestre deste ano, o deflactor implícito do PIB, que mede a variação global de preços, registou um crescimento anual de 2,8%, informam os Serviços de Estatística e Censos.

A despesa de consumo privado cresceu moderadamente. Apesar da queda do número total de empregados, o mercado de emprego e os rendimentos de trabalho permaneceram ainda estáveis, com a despesa de consumo privado a ascender ligeiramente 0,5% em termos anuais, percentagem inferior à registada no segundo trimestre (2,7%). Aumentou também a despesa de consumo final das famílias: 0,7% no mercado local e 1,8% no exterior.

A amplitude decrescente da despesa de consumo final do governo contraiu-se, com uma descida anual de 0,7%, percentagem esta que melhorou em relação à do segundo trimestre (-5,5%), realçando-se as variações de +2,0% nas remunerações dos empregados e de -3,5% nas aquisições líquidas de bens e serviços.

O investimento continuou a abrandar. A formação bruta de capital fixo, que reflecte o investimento, registou um recuo homólogo de 25,1%, ampliando-se significativamente em relação à do segundo trimestre (-4,1%). O investimento do sector privado registou uma contracção anual de 32,2%, observando-se descidas de 35,7% no investimento em construção privada e de 4,5% no investimento em equipamento, devido à sucessiva conclusão de obras dos grandes empreendimentos turísticos e de entretenimento. O investimento do sector público assinalou um brusco crescimento anual de 79,0%, graças ao enorme investimento do governo em diversas obras de infra-estruturas, destacando-se os aumentos homólogos de 77,0% no investimento em obras públicas e de 91,4% no investimento em equipamento.

O comércio externo de mercadorias apresentou um comportamento distinto. As importações de bens desceram 6,8% em termos anuais, dada a lenta subida da despesa de consumo privado e a notória descida do investimento. Por seu turno, as exportações de bens registaram um crescimento acentuado, ou seja, +18,9%, em virtude do sólido aumento da procura externa.

O comércio de serviços foi o principal motor do crescimento económico. Devido às subidas, quer das entradas de visitantes, quer das respectivas despesas, as exportações de serviços registaram um acréscimo homólogo de 14,6%, observando-se aumentos de 18,4% nas exportações de serviços do jogo e de 9,4% nas exportações de outros serviços turísticos. A par disso, cresciam anualmente 12,2% as importações de serviços.

Nos primeiros três trimestres deste ano a economia de Macau assinalou um aumento homólogo de 9,3%, em termos reais. Quanto aos principais componentes das despesas do PIB, a despesa de consumo privado subiu 1,1%, enquanto cresciam as exportações de bens e de serviços, 9,2% e 15,3% respectivamente, salientando-se os aumentos de 16,2% nas exportações do jogo e de 15,8% nas exportações de outros serviços turísticos. As importações de serviços subiram 11,8%. Por seu turno, observaram-se diminuições de 1,1% na despesa de consumo final do governo e de 8,0% no investimento, tendo-se ainda assinalado uma descida de 1,2% nas importações de bens.

Além disso, o crescimento económico referente a 2015 foi revisto para baixo, para -21,6%, e o referente a 2016 foi revisto para cima, para -0,9%. Quanto a 2017, o crescimento económico do primeiro trimestre foi revisto para cima, para 11,3%, enquanto era revisto para baixo o do segundo trimestre, para 10,8% e era revisto o do primeiro semestre, para 11,0%.