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A DSEJ divulgou os resultados da participação dos alunos do 4.o ano do ensino primário de Macau no PIRLS e distribuiu os respectivos relatórios às escolas

Conferência de imprensa

Com vista a reforçar o estudo sobre a capacidade de leitura dos alunos, a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) participou, em 2016, pela primeira vez, no Progresso no Estudo Internacional de Leitura e Literacia (PIRLS), realizado de 5 em 5 anos e que mede a capacidade e o nível em leitura dos alunos do 4.o ano do ensino primário, a nível mundial, e aborda, também, os factores que influenciam a capacidade em leitura dos mesmos.

A Associação Internacional para a Avaliação dos Resultados Educativos (IEA) divulgou, no dia 5 de Dezembro, pelas dez horas, hora de Paris, na UNESCO, os resultados do estudo do PIRLS 2016 e a DSEJ convocou, simultaneamente, uma conferência de imprensa para divulgar os resultados do PIRLS 2016 de Macau e realizou uma sessão de entrega dos relatórios do estudo a cada escola participante de Macau. A sessão de divulgação dos resultados foi presidida pela directora da DSEJ, Leong Lai, competindo ao Professor Tse Shek Kam, da Universidade de Hong Kong, responsável pelo PIRLS 2016, apresentar os resultados. Esta sessão para as escolas contou com a presença do pessoal da DSEJ, dos directores e quadros médios e superiores das 56 escolas intervenientes e elementos da equipa de estudo, com um total de mais de 160 pessoas.

Durante o seu discurso, Leong Lai frisou que a capacidade em leitura é a base da aprendizagem e que, desde o seu estabelecimento, o governo da RAEM tem prestado grande atenção à promoção da leitura, elaborando políticas de incentivo para assegurar uma atmosfera propícia, atendendo especialmente à criação, nos alunos do ensino não superior, do hábito e capacidade de leitura, procurando aproveitar um período crucial no seu crescimento, até aos 9 anos de idade, para que os alunos dominem esta capacidade, para que possam, no futuro, aprender de forma mais profunda, através da leitura, impulsionando ainda a sua qualidade cultural e fortalecendo o desenvolvimento da sua capacidade intelectual. Neste sentido, a DSEJ irá promover uma série de trabalhos no âmbito da leitura.

Leong Lai afirmou ainda que, para rever a eficácia educativa de Macau, a região começou a participar, em 2003, no PISA. De acordo com os resultados dos PISA 2003, 2006 e 2009, os alunos de Macau de 15 anos de idade revelaram um bom desempenho nas literacias científica e em matemática, existindo contudo um grande espaço para a melhoria da literacia em leitura. Por este motivo, a DSEJ reforçou diversas medidas para o aumento da capacidade de leitura dos alunos, tais como: subsidiar as escolas para a promoção dos trabalhos da leitura, introduzir o pessoal de promoção da leitura, criar a leitura on-line, realizar actividades de leitura com os pais e as destinadas a pais e filhos, promover a metodologia de alfabetização de alta eficiência para docentes dos ensinos infantil e primário, ensino da leitura e formação da capacidade de elaboração de perguntas, entre outros cursos. Em simultâneo, em virtude dos resultados de várias edições do PISA, uma instituição de ensino superior foi encarregada, em 2010, de realizar uma avaliação específica da leitura e, de acordo com o resultado desta avaliação, concluiu-se que o desempenho da capacidade da leitura dos alunos é menos satisfatório. Para além disso, como alguns pais participam poucas vezes em actividades de leitura com os filhos, as crianças de idades entre 0 e 9 anos perdem um período crucial de preparação da capacidade da leitura, o que representa um factor importante que afecta a capacidade da leitura dos alunos.

A expressão “Melhoram-se as plantas pela cultura, os homens pela educação”, diz que a obtenção precoce dos dados científicos contribui para uma maior eficiência do investimento na educação, por isso, da participação dos alunos do 4.º ano do ensino primário de Macau no PIRLS 2016 e dos alunos com 15 anos de idade no PISA, resultam dados de estudo que podem disponibilizar informações de referência completas para o rumo do desenvolvimento do futuro planeamento do ensino não superior. No âmbito da cooperação do sector educativo e do governo, Macau foi avaliado, no relatório do PISA 2015 da OCDE, como um dos cinco países/regiões com educação de excelência e equidade educativa, de entre os 72 países ou regiões participantes no mesmo. No mês passado foram divulgados os resultados da capacidade de resolução colaborativa de problemas do PISA, em que Macau também se posicionou entre as primeiras classificações do ranking internacional, mostrando que os alunos locais possuem as capacidades cognitivas e sociais necessárias para enfrentar o século XXI, não esquecendo que o afecto familiar contribui também para melhorar a capacidade social dos alunos.

A directora Leong Lai afirmou ainda que Macau participou, pela primeira vez, no PIRLS 2016 e, de entre os 50 países ou regiões participantes, obteve uma pontuação de 546 pontos, acima da média internacional e considerada como um ponto de partida para um futuro esforço, posicionando-se em 19.º lugar, contudo quer no PISA, quer no PIRLS, os resultados mostraram que o acompanhamento dos filhos na leitura pelos encarregados de educação de Macau e o seu grau de atenção devem ser melhorados, pelo que a DSEJ continuará a reforçar a educação parental, entre outros aspectos.

O Professor Tse Shek Kam relatou os resultados do estudo de Macau relativo ao PIRLS 2016, e as 56 escolas participantes receberam os seus relatórios e colocaram questões sobre os respectivos resultados do estudo, tendo a sessão de entrega do relatório do PIRLS 2016 concluído com sucesso.

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