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A taxa de redesconto de Macau subirá para 1,75%


A Autoridade Monetária de Macau (AMCM) subiu hoje (14 de Dezembro de 2017) em 25 pontos-base a taxa de redesconto, para 1,75%, sendo a quinta vez que a AMCM eleva a taxa de juros oficial, desde Dezembro de 2015.

Atendendo à indexação da Pataca (MOP) ao Dólar de Hong Kong (HKD) e, com a finalidade de salvaguardar o funcionamento eficaz do regime de indexação cambial da MOP ao HKD, é justificada a uniformidade da evolução da política da taxa de juros. Assim, a AMCM seguirá a subida de 25 pontos-base da taxa de juros indicadora, anunciada pela “Hong Kong MonetaryAuthority”. O ajustamento da taxa de juros, em Hong Kong, resultou, de igual modo, do regime de indexação do HKD ao Dólar americano (USD), na medida em que a Reserva Federal dos Estados Unidos da América (EUA) tomou a decisão, em 13 de Dezembro (hora dos EUA), de subir em 25 pontos-base a taxa de juros indicadora.

Em Macau, as taxas de juro no mercado monetário têm demonstrado uma tendência de aumento nos últimos meses, pelo que o nível de liquidez da Pataca diminuiu. Face ao aumento do custo do capital no mercado monetário, a pressão sofrida pelos bancos, em razão do aumento da taxa de juros aplicável aos negócios da banca de retalho, veio a ser uma constante; assim, não se pode excluir a possibilidade de os bancos locais, num futuro próximo, subirem a taxa de juros aplicável a depósitos e crédito de diversa ordem; no entanto, o ajustamento da taxa de juros aplicável aos negócios da banca de retalho constitui uma decisão comercial que deve ser tomada por cada banco.

Considerando as circunstâncias actuais de subida das taxas de juros, o Governo da RAEM alerta a população em geral para a necessidade de se manter atenta ao agravamento eventual das flutuações (a verificar) no mercado dos imóveis, de modo a, por um lado, avaliar com maior prudência a sua situação económica e financeira, nomeadamente, a possibilidade do aumento de encargos extraordinários decorrentes da subida da taxa de juros, a reflectir nas prestações dos empréstimos e, por outro, a ponderar sobre a capacidade própria de aquisição de habitação, assegurando de forma adequada a gestão do risco. Além disso, deve o sector bancário assegurar uma boa gestão, em relação aos riscos potenciais que resultem da evolução da taxa de juros.