A 17.ª edição do Festival Fringe da Cidade de Macau, organizada pelo Instituto Cultural, chegou ao fim no dia 21 de Janeiro. Os dez dias consecutivos do Festival ofereceram 23 programas e 10 actividades do Festival Extra, contando com o apoio entusiástico e a participação activa do público. Esta edição do Fringe teve como tema “Caça ao Tesouro”. Artistas de diferentes países e regiões levaram o público a sentir as paisagens, objectos, pessoas e histórias da cidade de formas diferentes, descobrindo tesouros da cidade já esquecidos mas valorizados.
Com vista a ecoar o tema do Festival, o Instituto Cultural apresentou vários programas criativos, os quais foram muito bem recebidos pelo público. A procura de bilhetes para muitos espectáculos foi considerável, tendo os mesmos esgotados rapidamente, como para as actuações O Meu Pai é Motorista de Autocarro, Sempre no Meu Coração, Leilão de Histórias de Amor, Pode Dormir Aqui e Turning Backs. Em resposta ao apoio entusiástico do público, foi realizada especialmente uma actuação adicional de O Meu Pai é Motorista de Autocarro.
Muitos espectáculos do Festival Fringe deste ano foram realizados junto da comunidade, permitindo ao público desfrutar mais de perto da arte através de peças teatrais integradas no ambiente envolvente. Em O Urso Dentro de Nós, três ursos gigantes passearam pelas ruas e causaram agradáveis surpresas, atraindo inúmeras pessoas a tirar fotografias. Os artistas de Fendas – Performance Física na Cidade, ao dançarem nas Ruínas de S. Paulo, criaram uma atmosfera muito animada, despertando imediatamente a vontade do público de se juntar e interagir. Os participantes em Making Space expressaram que andar para trás no Largo do Senado e na Praça Jorge Álvares pode parecer simples, mas os participantes devem deixar aquilo com que estão familiarizados e perder o medo, oferecendo simultaneamente uma visão bem diferente da paisagem circundante.
Além das críticas positivas aos espectáculos, também as actividades do Festival Extra foram excelentes e criativas, resultando em várias sessões esgotadas logo após o início das inscrições. Os participantes no workshop Em Movimento mergulharam em ruas e ruelas de bicicleta, explorando outros aspectos da cidade, e com base no que viram e ouviram, uma equipa de artistas criou obras de arte multimédia em formato de filme ou instalação, (re)explorando em movimento a Macau que conhecemos. O workshop Bolero visou libertar a imaginação dos participantes através de um jogo de movimentos corporais, cujos participantes expressaram que a interacção física podia estabelecer relacionamentos interpessoais.
Nesta edição do Festival Fringe, continuou a realizar-se a Sessão de Partilha sobre Festivais de Artes - “Festivais de Artes nas Cidades 2.0”, convidando curadores de eventos de artes performativas de todo o mundo para partilharem experiências sobre os seus respectivos festivais e ambientes culturais no seu local de origem. Nesta sessão, através da comunicação cara a cara, os participantes ficaram a conhecer as características dos festivais de arte de todo o mundo e os grupos locais de arte que pretendam realizar actividades fora de Macau puderam receber informações úteis.
A arte liberta-se das salas de espectáculo e invade todos os cantos da cidade, criando possibilidades ilimitadas. O sucesso do Festival Fringe da Cidade de Macau assenta no apoio dado por profissionais das artes, residentes, instituições e empresas comerciais. No futuro, a Organização irá continuar a oferecer actuações diversificadas e criativas aos residentes e turistas, estabelecendo activamente uma plataforma aos grupos artísticos, criando mais oportunidades, expandindo o espaço de desenvolvimento para profissionais de artes locais e elevando o nível artístico e cultural de Macau.
Ver galeria