O volume de negócios dos estabelecimentos do comércio a retalho referente ao quarto trimestre de 2017 cifrou-se em 19,08 mil milhões de Patacas, aumentando 16,2% face ao quarto trimestre de 2016 e subindo 18,3% em relação ao montante revisto do terceiro trimestre de 2017 (16,12 mil milhões de Patacas). O volume de negócios de relógios e joalharia representou 21,5% do total, seguindo-se os volumes de negócios de mercadorias de armazéns e quinquilharias (15,0%), de vestuário para adultos (14,5%), de artigos de couro (11,9%) e de mercadorias de supermercado (5,7%), informam os Serviços de Estatística e Censos.
Comparativamente com o volume de negócios do quarto trimestre de 2016, registaram-se aumentos nos principais tipos do comércio a retalho, destacando-se os acréscimos acentuados em artigos de comunicação (+31,7%), artigos de couro (+24,8%), mercadorias de farmácia (+21,0%), vestuário para adultos (+20,6%), bem como mercadorias de armazéns e quinquilharias (+20,1%).
Depois de eliminados os factores que influenciam os preços, o volume de vendas do quarto trimestre de 2017 cresceu 14,8% em termos anuais. Destacam-se as subidas significativas nos volumes de vendas de: artigos de comunicação (+40,4%); artigos de couro (+27,0%), bem como mercadorias de armazéns e quinquilharias (+23,2%). Contudo, registou-se uma descida homóloga no volume de vendas de combustíveis para veículos a motor (-3,6%). No quarto trimestre o volume de vendas cresceu 16,9% em termos trimestrais, salientando-se a subida acentuada no volume de vendas de artigos de comunicação (+116,1%), e seguindo-se os aumentos nos volumes de vendas de automóveis (+38,7%) ede vestuário para adultos (+29,1%). Em contrapartida, observaram-se quedas nos volumes de vendas de combustíveis para veículos a motor (-6,9%) e de mercadorias de supermercado (-2,0%).
No ano de 2017 o volume de negócios dos estabelecimentos do comércio a retalho totalizou 66,26 mil milhões de Patacas, subindo 12,6% em termos anuais. Os volumes de negócios de relógios e joalharia (14,75 mil milhões de Patacas), de mercadorias de armazéns e quinquilharias (9,88 mil milhões) e de vestuário para adultos (8,68 mil milhões) representaram 22,3%, 14,9% e 13,1% do total, respectivamente. Nos principais tipos do comércio a retalho, realça-se o acréscimo significativo no volume de negócios de artigos de couro (+22,4%), verificando-se ainda aumentos nos volumes de negócios de relógios e joalharia (+17,0%), de produtos cosméticos e de higiene (+16.2%) e de mercadorias de armazéns e quinquilharias (+14,9%). Além disso, o volume de negócios de motociclos e suas peças e acessórios subiu notavelmente 36,2%, quer devido ao plano de apoio financeiro do Governo aos proprietários para abater motociclos/ciclomotores com motor a dois tempos, quer devido aos cidadãos terem tido maior necessidade de adquirir veículos, após o “Tufão de 23 de Agosto”. No ano de 2017 o volume de vendas dos estabelecimentos do comércio a retalho cresceu 12,6% em termos anuais, realçando-se os acréscimos significativos nos volumes de vendas de motociclos e suas peças e acessórios (+30,4%), de artigos de couro (+25,1%) e de artigos de comunicação (+20,2%).
Os comentários dos responsáveis pelos estabelecimentos do comércio a retalho para o primeiro trimestre de 2018, indicam que 42,9% dos retalhistas prevêem a diminuição do volume de vendas, em termos homólogos, 41,7% a estabilização e 15,4% o aumento. Simultaneamente, para o primeiro trimestre de 2018, 59,6% dos retalhistas antevêem a estabilização dos preços de vendas, tal como o nível do trimestre homólogo de 2017, 23,2% o aumento e 17,2% a diminuição. Além disso, comparativamente com o quarto trimestre de 2017, cerca de 42,7% dos retalhistas antevêem para o primeiro trimestre de 2018 uma pior situação de exploração dos estabelecimentos, 41,6% uma estabilização e 15,7% uma melhoria.