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Os rendimentos dos investimentos da Reserva Financeira da Região Administrativa Especial de Macau do ano 2017 ascenderam a 22 mil milhões de patacas


Beneficiando da recuperação da economia mundial, em 2017, os rendimentos dos investimentos da RAEM ascenderam a MOP22,07 mil milhões, correspondendo a uma rentabilidade anual de cerca de 4,8%. Até finais de Dezembro de 2017, os valores dos capitais da Reserva Financeira cifraram-se em 490 mil milhões (em termos de estimativa preliminar), representando um aumento de 11,7%, quando comparado com o ano anterior; de entre estes, a reserva básica representava MOP127,9 mil milhões e a reserva extraordinária MOP362,1 mil milhões.

Em 2017, com a continuação da aplicação, na gestão dos investimentos da Reserva Financeira, dos princípios gerais da segurança, da eficácia e da estabilidade, a diversificação dos activos da carteira foi reforçada de forma gradual, a cobertura dos investimentos foi estendida adequadamente, permitindo que os valores dos rendimentos e a taxa de rentabilidade anual passassem para o nível mais elevado dos últimos anos.

Na análise feita por tipos de activos, tendo em atenção o reforço da afectação nos activos do mercado bolsista, bem como a subida dos mercados bolsistas mundiais e nas Acções A, os rendimentos dos investimentos do mercado bolsista representaram cerca de 70% dos rendimentos totais, totalizando MOP15,11 mil milhões. No âmbito dos investimentos em títulos de dívida, como consequência das previsões sobre a contínua subida das taxas de juros, no decorrer do ano, a Reserva Financeira, por um lado, reduziu, de forma apropriada, o peso da carteira dos títulos de dívida e, por outro, optimizou o desempenho geral dos activos, através da afectação diversificada e dos ajustamentos de prazos de renovação, o que resultou em proveitos na ordem dos MOP4,5 mil milhões na carteira de títulos de dívida, no ao de 2017. Por outro lado, com a finalidade de concretizar a programação estratégica no que respeita à diversificação dos investimentos, foi reduzido, de forma regular, o peso dos activos afectos ao mercado monetário, tendo estes fundos sido aplicados, de forma faseada e oportuna, consoante o nível das taxas de juros; assim, com o apoio da subida das taxas de juros dos mercados monetários, os rendimentos dos juros derivados dos depósitos ascenderam, no decorrer do ano, a MOP4,15 mil milhões da Reserva Financeira. Após a inclusão dos prejuízos na ordem dos MOP1,69 mil milhões, decorrentes dos custos e das despesas com a operação “hedging” referentes aos riscos de câmbio, relativamente às moedas estrangeiras, os rendimentos registados no decurso do ano totalizaram MOP22,0 mil milhões.

Em relação às perspectivas para o ano de 2018, considerando que valor estimado dos activos dos mercados financeiros principais já atingiu ou até já está num nível mais elevado em termos históricos, podem os mercados subestimar alguns riscos políticos e, assim, provocar, em qualquer momento, um ajustamento nos preços dos activos. Paralelamente, em termos de previsão preliminar, a Reserva Federal dos Estados Unidos da América continuará os seus procedimentos de normalização das taxas de juros, ou exercerá, directamente, a sua influência à tendência dos preços dos mercados globais de títulos de dívida, e provocará a instabilidade nos mercados bolsistas e cambiais.

Neste contexto, a Autoridade Monetária de Macau irá continuar a monitorizar, estreitamente, os desenvolvimentos dos mercados financeiros globais e avaliará e ajuizará, em tempo oportuno, os seus efeitos eventuais a emergir no futuro. Para esse efeito, a AMCM, por um lado, continuará na via da boa gestão do risco e, por outro, elaborará planos e programação correspondentes em relação aos investimentos da Reserva, incluindo, a finalização dos procedimentos referentes à selecção de entidades de consultoria de investimentos e aumentará, em tempo oportuno, a carteira de investimentos sub-contratados, a fim de reforçar a gestão dos investimentos da Reserva e melhorar os retornos a médio e longo prazos.