De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 4.º trimestre de 2017, a duração média mensal da carteira de encomendas das empresas inquiridas foi de 2,4 meses, correspondendo uma ligeira descida face ao 3.º trimestre de 2017 (2,5 meses).
A carteira de encomendas detidas pelos sectores de “Produtos Farmacêuticos”, “Vestuário e Confecções”, “Equipamentos Electrónicos/Eléctricos” e “Outros Sectores” foi de 4,1 meses, 3,5 meses, 2,5 meses e 1,8 meses.
No que diz respeito aos mercados de destino das exportações, da análise ao índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados, as empresas inquiridas consideram em geral que o Interior da China é o mercado com performance relativamente melhor, apresentando o índice de 56,7%. Da comparação das evoluções tendenciais dos diferentes mercados relativamente ao trimestre anterior, a performance da União Europeia e de Hong Kong manteve-se inalterada no 4º trimestre de 2017, cujo índice foi de 13,7% e 3,5%, respectivamente.
No contexto das perspectivas de exportações para os próximos seis meses, o número das empresas inquiridas que antecipavam uma perspectiva optimista foi de 6,6%, traduzindo um aumento ligeiro de 1,1 pontos percentuais face ao 3.º trimestre de 2017 (5,5%), mas uma descida de 19,5 pontos percentuais perante o mesmo período de 2016 (26,1%). Destas empresas inquiridas, 1,5% previam um forte aumento e 5,1% um ligeiro crescimento nas exportações. O conjunto das empresas que antecipavam uma evolução menos favorável foi de 13,9%, correspondendo a um aumento de 0,7 pontos percentuais em relação ao 3.º trimestre de 2017, e de 4,5 pontos percentuais face ao mesmo período de 2016. Entre estas, 12,4% apontaram para um ligeiro decréscimo e 1,5% para um forte declínio. As empresas que previam uma situação semelhante reduziram ligeiramente de 81,3% no 3.º trimestre de 2017 para 79,5% no 4.º trimestre de 2017, representando uma descida de 1,8 pontos percentuais. Estes dados traduzem uma atitude prudente das empresas em relação às exportações no futuro.
No tocante ao mercado de emprego, o número de trabalhadores da indústria transformadora e exportadora aumentou ligeiramente 0,5% face ao 3.º trimestre de 2017, representando uma descida de 13,9% face ao período homólogo de 2016. Por outro lado, 50,4% das empresas inquiridas afirmaram terem enfrentado falta de trabalhadores, número superior a 45,9% verificado no 3.º trimestre de 2017, mas inferior a 70,2% verificado no mesmo período de 2016. Enquanto o sector de “Produtos Farmacêuticos” foi o que manifestou haver uma notável procura de trabalhadores, ocupando 90,2% das empresas inquiridas, o que significa que há uma grande procura de mão-de-obra neste sector.
Com base nos resultados do Inquérito, de entre os problemas que afectam as actividades de exportação, 38,9% das empresas exportadoras consideram “Preços Elevados das Matérias-Primas” como o maior problema que estão a encarar, enquanto 20,1% apontaram para“Insuficiência de Trabalhadores”, 3,3% para “Insuficiente Volume de Encomendas” e 1,1% para “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro”.
Para os próximos três meses, 20,5% das empresas inquiridas preocupam-se principalmente com “Insuficiência de Trabalhadores”, seguindo-se “Salários Elevados” (20%) ,“Preços Elevados das Matérias-Primas”(12,4%) e “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” (7,3%).