Os Serviços de Estatística e Censos divulgam os resultados referentes ao quarto trimestre de 2017 do Inquérito às Necessidades de Mão-de-Obra e às Remunerações do Sector das Lotarias e Outros Jogos de Aposta. O âmbito do inquérito exclui os promotores e colaboradores de jogos.
No fim do quarto trimestre de 2017 o sector das lotarias e outros jogos de aposta tinha 56.634 trabalhadores a tempo completo (+1,5%, face ao fim do quarto trimestre de 2016), dos quais 24.453 eram “croupiers” (+1,7%).
Em Dezembro de 2017 a remuneração média (excluindo as participações nos lucros e os prémios) dos trabalhadores a tempo completo no sector das lotarias e outros jogos de aposta situou-se em 22.940 Patacas, correspondendo a um acréscimo de 4,3%, em termos anuais. Salienta-se que a remuneração média dos “croupiers” se cifrou em 19.850 Patacas, registou-se um crescimento de 5,4%.
No fim do trimestre em análise existiam 460 postos vagos no sector das lotarias e outros jogos de aposta, ou seja, menos 95, face ao fim do quarto trimestre de 2016. A maioria das vagas pertencia aos “empregados administrativos” (49,6%), observando-se que 100 destas vagas se destinavam aos “croupiers”.
Em relação aos requisitos de recrutamento, apenas 38,7% das vagas requeriam experiência profissional, 87,4% exigiam habilitações académicas inferiores ou iguais ao ensino secundário complementar, 90,0% requeriam o domínio do mandarim e 31,1% exigiam o do inglês.
Durante o quarto trimestre de 2017 foram recrutados 1.518 trabalhadores, os quais corresponderam a um aumento acentuado de 129,3%, face aos 662 registados no quarto trimestre de 2016. A taxa de recrutamento de trabalhadores (2,7%) subiu 1,5 pontos percentuais, em termos anuais, enquanto a taxa de vagas (0,8%) desceu 0,2 pontos percentuais. Estes indicadores refletem que foram preenchidas algumas vagas no sector das lotarias e outros jogos de aposta.
Quanto à formação profissional, no sector das lotarias e outros jogos de aposta 103.487 participantes frequentaram cursos de formação profissional fornecidos pelas empresas do jogo (nomeadamente, em cursos organizados pelas empresas ou realizados em conjunto com outras instituições, ou subsidiados pelas empresas), correspondendo a um aumento substancial de 98,9%, em termos anuais. Realça-se que a maioria de formandos participou nos cursos de “comércio e gestão” (58,1%), seguindo-se os formandos dos cursos de “lotarias e entretenimento” (16,9%). A maior parte dos cursos de formação profissional foi organizada pelas empresas do jogo e o número de participantes destes cursos representou 99,5% do total de formandos.