O secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, afirmou, hoje (11 de Março), que as autoridades já receberam o parecer positivo do Gabinete para a Protecção dos Dados Pessoais sobre a proposta de os uniformes dos agentes da polícia passarem a estar equipados com câmaras de vídeo, com 100 câmaras a entrar em funcionamento, a partir do próximo dia 14 de Março.
Wong Sio Chak esteve presente, esta manhã, na cerimónia de inauguração do Dia de Convívio entre a Polícia e o Cidadão 2018, no âmbito das comemorações do aniversário do Corpo de Polícia de Segurança Pública. Ao falar à comunicação social no final do evento, revelou que o parecer do Gabinete para a Protecção dos Dados Pessoais sobre a colocação de câmaras de vídeo nos uniformes dos agentes da polícia foi positivo, dando uma opinião favorável sobre esta matéria. O mesmo responsável adiantou que, a partir de 14 de Março, serão disponibilizadas 100 câmaras, e os agentes dos comissariados policiais e os do Grupo de Patrulha Especial serão os primeiros a receberem este equipamento.
O secretário sublinhou que as camâras serão apenas ligadas em caso de se verificar essa necessidade, tendo sido já elaboradas instruções claras sobre a sua utilização, além disso, os respectivos agentes receberam também devida formação para o efeito. Contudo, durante o processo de funcionamento das câmaras, os dirigentes e chefias da Polícia de Segurança Pública irão, constantemente, observar os resultados dessa utilização e, de acordo com as situações que surgirem com a sua aplicação, irão avaliar, pontualmente, e rectificar as insuficiências. Acrescentou que a ponderação do aumento do número de câmaras dependerá da situação de execução da lei por parte dos agentes de trânsito e outros.
Instado a comentar a notícia sobre a eventual interdição de entrada em Macau a três académicos convidados do Festival Literário, o secretário afirmou não ter conhecimento sobre a situação referida na notícia. Adiantou que, no entanto, contactou com o Corpo de Polícia de Segurança Pública que também afirma não ter informação sobre o assunto. Wong Sio Chak frisou que a entrada e a saída do território de qualquer indivíduo é uma questão do foro privado da própria pessoa, pelo que as autoridades policiais nunca divulgam informação sobre a mesma. Por fim, reiterou não saber o motivo de tal ter surgido e haver esse rumor.