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Resultados do inquérito às necessidades de mão-de-obra e às remunerações referentes ao 4º trimestre de 2017


A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) disponibiliza os resultados do Inquérito às Necessidades de Mão-de-Obra e às Remunerações referentes ao quarto trimestre de 2017, efectuado junto dos estabelecimentos do “comércio por grosso e a retalho”, dos “transportes, armazenagem e comunicações”, das “actividades de segurança” e das “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos”. Excluíram-se do objecto estatístico deste inquérito os trabalhadores por conta própria.

No fim do quarto trimestre de 2017 encontravam-se ao serviço 57.641 trabalhadores no “comércio por grosso e a retalho”, isto é, menos 0,4% em relação ao fim do trimestre homólogo de 2016, realçando-se que 37.050 trabalhavam no “comércio a retalho”. Em Dezembro de 2017 a remuneração média (excluindo as participações nos lucros e os prémios) dos trabalhadores a tempo completo do “comércio por grosso e a retalho” cifrou-se em 13.480 Patacas, o que traduziu um acréscimo de 5,3%, em termos anuais.

Os “transportes, armazenagem e comunicações” tinham ao seu serviço 11.360 trabalhadores, ou seja, mais 1,6%, em termos anuais. Em Dezembro de 2017 a remuneração média dos trabalhadores a tempo completo fixou-se em 21.470 Patacas, tendo crescido 2,9%, em termos anuais.

Nas “actividades de segurança” existiam 10.862 trabalhadores ao serviço, tendo-se registado uma subida de 2,4%, em termos anuais. A remuneração média dos trabalhadores a tempo completo em Dezembro de 2017 foi de 13.250 Patacas, isto é, mais 1,7%, em termos anuais.

As “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos” empregavam 862 trabalhadores, ou seja, um número semelhante ao do quarto trimestre de 2016. Os trabalhadores a tempo completo tiveram uma remuneração média de 18.130 Patacas em Dezembro de 2017, equivalendo a um aumento de 2,3%, em termos anuais.

No fim do trimestre de referência verificou-se uma subida homóloga de 319 vagas no “comércio a retalho”, porém, observaram-se decréscimos homólogos de 441 e 84 vagas no “comércio por grosso” e nos “transportes, armazenagem e comunicações”, respectivamente.

Em relação aos requisitos de recrutamento, apenas o nível académico inferior ou equivalente ao ensino secundário geral era exigido nas vagas das “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos” (89,1%), dos “transportes, armazenagem e comunicações” (50,5%) e do “comércio por grosso e a retalho” (45,4%). Quanto aos conhecimentos linguísticos, o domínio do mandarim (em 73,6% dos postos vagos) e do inglês (em 53,6% das vagas) era requerido no “comércio a retalho”. Nas “actividades de segurança” o domínio do mandarim era exigido em 68,2% dos postos vagos e o do inglês em 75,8% das vagas.

Durante o trimestre em análise, no “comércio a retalho” a taxa de vagas (8,5%) subiu 0,7 pontos percentuais, em termos anuais, enquanto a taxa de rotatividade de trabalhadores (5,4%) desceu 0,8 pontos percentuais, indicando um aumento de procura de mão-de-obra neste ramo de actividade económica. Nos “transportes, armazenagem e comunicações” a taxa de vagas (5,8%) diminuiu 0,8 pontos percentuais, em termos anuais, contudo, a taxa de recrutamento de trabalhadores (4,7%) e a taxa de rotatividade de trabalhadores (3,9%) aumentaram 0,9 e 0,4 pontos percentuais, respectivamente. Estes indicadores reflectem o preenchimento de algumas vagas deste ramo de actividade económica.

Quanto à formação profissional, nos ramos de actividade económica inquiridos no trimestre de referência, 28.812 participantes frequentaram 1.100 cursos de formação fornecidos pelos estabelecimentos (isto é, cursos organizados pelos estabelecimentos ou realizados em conjunto com outras instituições, ou subsidiados pelos estabelecimentos). Destaca-se que 61,0% e 50,0% dos estabelecimentos das “actividades de segurança” e das “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos” forneceram formação aos seus trabalhadores, respectivamente. As “actividades de segurança” tiveram o maior número de formandos (18.418), que assistiram a 126 cursos de formação profissional. Em relação ao tipo de cursos, 68,2% dos formandos do “comércio por grosso e a retalho” e 37,3% dos formandos das “actividades de segurança” frequentaram os cursos de comércio e gestão. No que concerne ao pagamento, mais de 60% dos formandos de todos os ramos de actividade económica inquiridos frequentaram cursos pagos pelos estabelecimentos.