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A Fundação Macau fez um balanço dos trabalhos realizados durante o ano de 2017 num encontro com a imprensa para troca de impressões

Dr. Wu Zhiliang, Presidente do Conselho de Administração da Fundação Macau e todos os representantes da comunicação social

Num encontro com a imprensa, o Presidente do Conselho de Administração da Fundação Macau, Dr. Wu Zhiliang, afirmou que a Fundação conseguiu, no ano transcrito, novos avanços nos seus trabalhos fundamentais sobretudo na formação de novos talentos e na divulgação da História e Cultura da China. Acrescentou que, a Fundação criou a Bolsa de Estudo “Uma Faixa, Uma Rota” e realizou uma conferência internacional para que Macau possa participar na construção da iniciativa nacional “Uma Faixa, Uma Rota” e, ao mesmo tempo, continuou a aperfeiçoar o regime de concessão de apoios financeiros e a aumentar os benefícios sociais dos projectos subsidiados, com o objectivo de permitir ao público ter maior percepção do ganho.

Neste encontro realizado entre o Conselho de Administração da Fundação Macau e representantes dos órgãos de comunicação social em língua chinesa, portuguesa e inglesa de Macau que teve lugar no dia 19 de Março, os membros do Conselho agradeceram aos órgãos de comunicação social a sua contínua atenção e as reportagens feitas sobre os trabalhos e actividades realizadas pela Fundação, o que contribuiu para promover a comunicação e a troca de impressões entre a Fundação e o público a fim de permitir à Fundação poder continuar a melhorar os seus serviços tendo em conta a evolução do desenvolvimento social de Macau.

O Presidente do Conselho de Administração, Dr. Wu Zhiliang, fez uma retrospectiva breve dos trabalhos realizados por esta Fundação durante o ano de 2017. Ele afirmou que a Fundação conseguiu beneficiar, de forma mais eficiente e eficaz, os grupos mais desfavorecidos da sociedade, através do apoio contínuo dado às associações para a realização de diversas acções destinadas a melhorar o bem-estar da população e promover a harmonia e a estabilidade da sociedade. Efectivamente, em 2017, a Fundação concedeu cerca de 1100 milhões de patacas a título de apoio financeiro para apoiar cerca de 2222 acções, tendo sido a maior parte daquele valor aplicado em acções no âmbito da educação e investigação (44%), seguido de serviços de assistência social (15%) e de actividades de caridade e voluntariado (11%). Por outro lado, o valor atribuído a título de bolsas de estudo atingiu 74 milhões de patacas.

Em termos dos trabalhos relativos à formação de talentos, o “Programa Mil Talentos” entrou em 2017 no seu segundo ano de execução. No ano passado, foram organizadas 34 excursões, das quais 23 foram do grupo do ensino secundário e 11 foram do grupo aberto, que realizaram intercâmbios e estudos diversificados em diversas províncias e cidades do Interior da China. Além disso, com base no “Programa Mil Talentos”, a Fundação criou a “União Mil Talentos” para oferecer aos jovens de Macau uma plataforma de promoção e aprendizagem recíproca e, neste contexto, os jovens de Macau, através da interacção com os jovens do Interior da China, foram encorajados a desenvolver as suas próprias qualidades e capacidades e a reforçar os seus conhecimentos sobre a cultura chinesa e o desenvolvimento nacional, aumentando assim a sua sensação de integração no crescimento da Pátria.

Para demonstrar a importância atribuída pelo Governo da RAEM na preservação da História e da Cultura da China, a Fundação criou o Conselho da Cultura e História em Julho do ano passado, que se dedica aos trabalhos de divulgação, educação e formação, investigação e edição de publicações, cooperação e intercâmbio em diversas áreas, para transmitir mais conhecimentos sobre estas matérias aos residentes, especialmente às gerações mais jovens de Macau. O “Projecto de Formação de Embaixadores da História e Cultura” promovido por este Conselho no ano passado, através de estudos teóricos e visitas in loco, permitiu aos formandos ter uma compreensão mais profunda da essência e do valor da História e da Cultura de Macau. Foi dada formação a 117 pessoas ao abrigo da primeira fase deste Projecto.

Em 2017, a Fundação Macau também se concentrou em ajudar Macau a participar na construção da iniciativa nacional “Uma Faixa, Uma Rota” e realizou a “Conferência Internacional da ‘Faixa e Rota’ e o Desenvolvimento de Macau”, na qual participaram mais de 30 académicos e ex-políticos de confiança que deixaram os seus conselhos e sugestões sobre a forma como Macau poderá participar na iniciativa nacional “Uma Faixa, Uma Rota”. Além disso, a Fundação também lançou o Programa da Bolsa de Estudo “Uma Faixa, Uma Rota” destinado aos alunos de Macau, Guangdong, Fujian e dos países e regiões ao longo de “Uma Faixa, Uma Rota” e que compreende duas categorias: “Bolsa de Estudos no Exterior” e “Bolsa de Estudo em Macau”, com o objectivo de promover Macau como uma plataforma de formação de talentos e de intercâmbio entre os países e regiões ao longo de “Uma Faixa, Uma Rota”.

No ano passado, o tufão “Hato” chegou a Macau e causou grandes prejuízos embora de diferentes graus de gravidade. De acordo com as instruções do Chefe do Executivo, a Fundação Macau adoptou, logo no dia seguinte da passagem do tufão, medidas de emergência e conseguiu recolher cerca de 200 mil garrafas de água potável para distribuir junto dos residentes mais necessitados em todas as zonas e, para tal, contou com a ajuda das associações que prestam serviços às comunidades de estrato social mais baixo, associações juvenis e membros do “Programa Mil Talentos”. Na sequência deste desastre natural, a Fundação Macau lançou o “Projecto de Ajuda Especial aos Prejuízos Causados pela Passagem do Tufão Hato” cujas medidas incluíram: (1) atribuição de subsídio aos familiares das vítimas falecidas; (2) atribuição de subsídio de assistência médica aos residentes de Macau que ficaram feridos; (3) atribuição de subsídio às famílias que sofreram estragos nas suas residências pela intrusão da água do mar, nomeadamente janelas ou portas partidas ou vidros quebrados; (4) atribuição de subsídio às famílias afectadas pelo corte do abastecimento de electricidade e água, de modo a diminuir as suas perdas financeiras. Até ao final de 2017, o montante de subsídios de atribuídos ao abrigo deste Projecto atingiu 494 milhões de patacas.

Findo o prazo para a formulação de pedidos para a atribuição de subsídios ao abrigo do “Projecto de Ajuda Especial aos Prejuízos Causados pela Passagem do Tufão Hato”, foram recebidos um total de 6600 pedidos, registando um aumento significativo de pedidos recebidos em comparação com os anos anteriores, implicando uma grande carga de trabalho para os trabalhadores da Fundação. Mesmo face a esta situação, os trabalhadores da Fundação cumpriram a sua missão de forma ordenada e a bom ritmo. Em Setembro do ano passado, a Fundação efectuou o pagamento dos subsídios por morte que foram doados aos familiares das 10 vítimas falecidas devido à passagem do tufão e em Outubro, atribuiu o subsídio de assistência médica a 246 pessoas que ficaram feridos devido à passagem do tufão e o subsídio de electricidade e água de 2 mil patacas às famílias afectadas pelo corte do abastecimento de electricidade e água.

O prazo para a formulação de pedido de subsídio destinado à restauração residencial terminou no passado dia 30 de Dezembro e foram recebidos um total de 6344 pedidos, dos quais mais de metade foram entregues à Fundação apenas em Dezembro. Até agora, foi concluída a análise de 70% destes pedidos e os restantes 30%, isto é, 1920 pedidos ainda estão pendentes, isto porque existem dúvidas sobre e legalidade e a complexidade das obras a executar com os subsídios solicitados bem como questões relacionadas com os direitos de propriedade, sendo de destacar que 28% dos pedidos não reuníram todos os documentos necessários, pelo que a Fundação já informou os requerentes em causa desta situação, pedindo-lhes a entrega, tão cedo quanto possível, dos documentos complementares à Fundação de modo a concluir a análise e apreciação dos pedidos pendentes.

Além dos trabalhos acima referidos, a Fundação continuou no ano passado a realizar de forma ordenada e a bom ritmo projectos em várias áreas. A Fundação nunca desacelerou o ritmo de apoio à promoção de estudos académicos e científicos de Macau e até organizou e participou na organização de 15 seminários académicos e palestras de formação e também publicou 14 livros e edições periódicas. Os dois grandes projectos de preservação da Cultura de Macau, promovidos pela própria Fundação, o Projecto “Memórias de Macau” e o projecto de edição e publicação da “Colectânea das Crónicas das 10 Artes e Cultura Chinesa – Tomos de Macau” conseguiram avanços com resultados satisfatórios. O Projecto “Memórias de Macau” acumulou até agora cerca de 30 mil dados e o respectivo website será lançado ainda este ano. Quanto ao projecto de edição e publicação da “Colectânea das Crónicas das 10 Artes e Cultura Chinesa – Tomos de Macau”, já foi aprovada a revisão inicial dos “Tomo de Quyi”, “Tomo de Baladas” e “Tomo de Provérbios” e passaram já na revisão final o “Tomo de Canções Populares”, o “Tomo de Ópera Chinesa” e o “Tomo de Contos”, estando previsto que se faça a revisão inicial dos outros quatro tomos no ano corrente. Espera-se fazer uma revisão final de todos os 10 tomos no fim do ano para serem publicados em 2020. Estes dois grandes projectos de preservação da Cultura de Macau deram início à organização ordenada dos dados culturais de Macau, o que contribuirá certamente para criar condições necessárias para o desenvolvimento de mais estudos académicos e científicos sobre Macau.

Em relação à promoção cultural, a Fundação continuou a cooperar durante o ano passado com a Federação dos Círculos de Literatura e Arte da China no “Curso de Formação para Talentos Artísticos de Macau” para proporcionar oportunidades de aprendizagem e intercâmbio aos artistas de Macau, permitindo os talentos artísticos locais poderem sair do Território para alargar as suas competências. Neste campo cultural e artístico, a Fundação realizou cerca de 50 actividades culturais e artísticas, entre elas, o “Projecto de Promoção de Artistas de Macau” e os “Espectáculos da Fundação Macau para os Cidadãos”, oferecendo aos artistas locais oportunidades para realizarem exposições e espectáculos, de modo a explorar e formar novos talentos artísticos e, ao mesmo tempo, chamar a atenção do público para diferentes tipos de criação de arte, de forma a moldar a imagem de Macau como cidade cultural. Por outro lado, a Fundação continuou a realizar vários concursos literários e palestras de literatura, incluindo o “Concurso de Comentários Literários para os Alunos do Ensino Secundário de Macau” e o Concurso Global de Prosas em Língua Chinesa “Macau no meu Coração”, e também lançou 17 publicações literárias tais como a “Selecção de Obras Literárias de Macau, 2016” para promover e divulgar as criações literárias de Macau.

O Dr. Wu Zhiliang afirmou que a Fundação vai continuar a cooperar activamente com as implementação das linhas de acção governativa do Governo da RAEM, apoiar as associações a realizarem mais projectos que melhorem o bem-estar da população e, ao mesmo tempo, vai incentivar as associações a prestarem mais atenção aos benefícios sociais na organização das suas actividades; quanto ao aspecto da formação de novos talentos, através do “Programa Mil Talentos” e da “União Mil Talentos”, fornece-se uma plataforma de crescimento para os jovens, a fim de formar quadros qualificados de Macau que ama o País; no que toca à promoção da História e da Cultura de Macau, continuar-se-á através da educação, investigação, intercâmbios e promoção, a divulgar a História e a Cultura tradicionais e excelentes da China e o espírito de Macau; quanto ao apoio na construção da “Uma Faixa, Uma Rota”, a Fundação continuará a organizar seminários internacionais e actividades de intercâmbio académico, a reunir as forças do sector académico e de todas as partes da sociedade para planearem em conjunto o caminho de participação de Macau na construção da iniciativa nacional “Uma Faixa, Uma Rota”.

Além disso, o Dr. Wu Zhiliang afirmou, ainda, que a Fundação continuará a manter prudência na revisão das suas operações internas e regime de concessão de apoios financeiros, de modo a acompanhar a evolução social ao longo do tempo. A Fundação manterá como sempre um estreito contacto com a imprensa, escutando as suas opiniões e as do público em geral, continuará a melhorar os trabalhos em que está empenhada e espera estabelecer maior cooperação e relações mais estreitas com todos os sectores sociais para poder lançar mais projectos que beneficiem os residentes, nomeadamente cuidando dos mais desfavorecidos, de modo a fazer crescer a percepção do ganho dos cidadãos.

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