A visita da “Delegação da Região do Pan-Delta do Rio das Pérolas – Portugal e Alemanha”, composta por mais de 60 elementos, terminou com um balanço satisfatório. O chefe da delegação e presidente do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), Jackson Chang, acredita que esta visita demonstrou bem a posição de Macau como plataforma de cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa e permitiu à Região do Pan-Delta do Rio das Pérolas abrir os seus horizontes no âmbito da protecção ambiental, ficando a conhecer o que se faz a nível internacional, e assim promover a complementaridade das suas vantagens, melhorando os trabalhos na área da protecção ambiental e formulando outros planos de exploração de mercados. Por outro lado, o vice-presidente da delegação e presidente da Associação Académica de Ciências Ambientais da Província de Sichuan e consultor do Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau (MIEFC), Jiang Xiaoting, destacou a diversificação dos membros que integram a delegação e das próprias actividades organizadas durante a visita, bem como a diversidade de entidades visitadas de objectivos alcançados, resultando em troca de ideias, obtendo assim resultados frutíferos.
Jackson Chang afirmou que esta visita mostra bem a posição de Macau como plataforma de cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa, como promove o MIECF, bem como trouxe mais destaque ao evento, permitiu ainda aos representantes do governo, indústrias e académicos da Região do Pan-Delta do Rio das Pérolas abrir os horizontes em relação ao que faz a nível internacional na área da protecção do ambiente, possibilitando fazer uma comparação dos níveis tecnológicos europeus e da China, e dar impulso à complementaridade e obter melhorias na área empresarial da protecção ambiental ou na exploração de outros mercados. O mesmo responsável considera que o convite a mais empresas da Região do Pan-Delta do Rio das Pérolas a integrarem a delegação, possibilitou aos empresários de Macau fazerem contactos na área da protecção ambiental em Portugal e na Alemanha, conseguindo ainda iniciar novas relações com representantes de empresas desta área de outras regiões, que integravam a própria delegação.
Entretanto, entre as empresas do Pan-Delta do Rio das Pérolas, há uma de Guangdong com interesses na exploração do mercado no âmbito de “Uma faixa, uma rota” em cooperação com empresas portuguesas. Para além disso, Jackson Chang destacou que ficou bem impressionado, aquando da visita a uma estação de tratamento de águas residuais em Portugal, pelo sistema de tratamento utilizado que anulou qualquer odor normalmente emitido, tendo sido uma boa surpresa para a delegação.
Entretanto, Jiang Xiaoting afirmou que a delegação integrou uma comitiva bastante variada, cujos membros incluíram representantes do governo, indústrias e académicos. Referiu que a diversidade de actividades organizadas durante toda a visita, incluindo apresentações interactivas, observação in loco, conversações com empresários, contactos entre representantes de indústrias, e apresentação das diferentes situações nesta área, entre outros. Sublinhou a diversidade dos locais visitados, onde se trocaram ideias, incluindo o Departamento de Economia e de Comércio do Consulado Geral da República Popular da China em Frankfurt, a Embaixada da República Popular da China em Portugal, empresas relevantes e organizações governamentais, entre outros.
Jiang Xiaoting considerou que a visita foi bem-sucedida, reflectindo-se em sete aspectos: O primeiro é a adopção como referência de uma visão macro da protecção ambiental, conceito usado por aqueles países, como quando na Alemanha a delegação ouviu das empresas a introdução do tratamento de águas residuais e resíduos sólidos dos bairros comunitários e a subsequente reutilização de energia e reutilização de águas residuais, assim como a promoção da redução de quantidade, transformação em recursos e eliminação de perigos por parte das estações de tratamento e reciclagem de plástico; o segundo é a experiência de gestão, como o teste dos solos implementado na Alemanha, com o objetivo de definir a sua aplicação e proceder ao seu controlo a longo prazo, diminuindo assim os seus danos e obtendo uma utilização eficiente; o terceiro é a prática das energias optimizadas. Em Portugal e na Alemanha, a proporção de utilização de recursos de energias renováveis é alta, dentre estes recursos vale a pena seguir a energia eólica portuguesa e a energia solar alemã; o quarto é o espaço disponível. Portugal é um dos países de língua portuguesa, e é também um membro da União Europeia. Simultaneamente, a parte portuguesa é receptiva às empresas chinesas, considerando que estas podem fixar-se em Portugal para proceder à expansão da cooperação na área da protecção ambiental. Aqui pode-se ver o papel de Macau como plataforma de cooperação entre a China e os países de língua portuguesa, ao mesmo tempo, devido a acontecimentos históricos, Portugal tem uma língua comum com Macau e os dois compreendem-se mutuamente. Por esta razão, Macau pode actuar como uma faixa especial, permitindo que seja estabelecida uma relação económica e comercial entre a China e os países lusófonos; o quinto é a obtenção na área de conhecimentos, tal como domínio das novas tecnologias no âmbito da protecção ambiental portuguesa e alemã, em especial o método de controlo de utilização de compostos orgânicos voláteis (COV) de Portugal; o sexto é o aprofundamento do conhecimento em relação aos países de língua portuguesa. Através das empresas portuguesas ficou a conhecer-se a situação de desenvolvimento na área da protecção ambiental de Moçambique, Angola, Cabo Verde e de outros países lusófonos, por último, o sétimo é a abertura de horizontes económicos e comerciais. Através da apresentação do Departamento de Economia e de Comércio do Consulado Geral da Embaixada da República Popular da China em Frankfurt e da Embaixada da República Popular da China em Portugal, os membros da delegação ficaram a compreender a situação económica e comercial entre a China e a Alemanha e entre a China e Portugal.
Os restantes representantes da Região do Pan-Delta do Rio das Pérolas concordaram com o destaque dado ao tema desta visita, considerando-a enriquecedora e com bastantes resultados, e tendo como referência a situação actual da própria região fazer um paralelismo e combinação entre o que viram e ouviram. Ao mesmo tempo, também deram algumas sugestões, dentre as quais, uma visita ao sector de incineração aquando da visita à Alemanha, mais tempo para troca de ideias, mais oportunidades de contactos e intercâmbio com os departamentos de protecção ambiental, e mais possibilidades de ficar a conhecer a forma de promover o conceito ecológico e a protecção ambiental no processo de desenvolvimento das indústrias locais, entre outros.
Ver galeria