Vice-primeiro ministro, Han Zheng e os titulares dos principais cargos e procurador-geral da Região Administrativa Especial de Macau.
O membro do Comité Permanente do Politburo do Partido Comunista da China e vice-primeiro-ministro, Han Zheng, recebeu, hoje (24), no Palácio do Povo, os titulares dos principais cargos e procurador-geral da Região Administrativa Especial de Macau que se encontram em Pequim a receber formação.
Na reunião, o vice-primeiro-ministro afirmou que, desde o regresso de Macau à pátria, a implementação do princípio de "um país, dois sistemas" alcançou um sucesso reconhecido universalmente. Desde a tomada de posse, o actual governo da RAEM tem vindo a implementar as acções governativas de forma estável e planear um desenvolvimento a longo prazo de Macau, para não só unir todos os sectores da sociedade como também consolidar e dinamizar a conjuntura de prosperidade e estabilidade local.
Disse ainda esperar que a equipa governamental da RAEM implemente o importante espírito mencionado nas instruções do Secretário-geral, Xi Jinping, sobre o papel de Macau, e a execução do princípio de "um país, dois sistemas" e a Lei Básica, na defesa firme da soberania, segurança e dos interesses de desenvolvimento do País.
O mesmo responsável acrescentou que devem procurar activamente o progresso e despertar a harmonia assim como manter, com firmeza, a prosperidade e a estabilidade de Macau a longo prazo. Promover a integração de Macau no desenvolvimento global do país e diligenciar, sem reservas, as vantagens complementares e o crescimento mútuo entre a Macau e a Pátria também devem ser prioridades, referiu. Para o vice-primeiro-ministro a equipa governamental deve defender sempre a população parte central e trabalhar em prol do seu benefício.
Estiveram presentes na reunião o director do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau, Zhang Xiaoming, o vice secretário-geral do Conselho de Estado, Ding Xuedong, o director do Gabinete de Ligação do Governo Central na RAEM, Zheng Xiaosong e o vice-presidente executivo do Instituto Nacional de Administração da China (INA), He Yiting.
Da parte de Macau, participaram a secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan, o secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, o secretário para as Obras Públicas e Transportes, Raimundo do Rosário, o comissário contra a Corrupção, Cheong Weng Chon, o comissário da Auditoria, Ho Veng On, o comandante-geral dos Serviços de Polícia Unitários, Ma Io Kun, o director-geral dos Serviços de Alfândega, Vong Iao Lek e o procurador-geral do Ministério Público, Ip Son Sang.
Após o encontro, Sónia Chan falou com a comunicação social, em nome da delegação, onde agradeceu, ao vice primeiro-ministro, pela recepção e o encontro amigável proporcionado ao grupo. Disse também ter chegado ao seu conhecimento que esta seria a primeira vez que Han Zheng recebeu representantes de Macau e Hong Kong, desde que assumiu o cargo de vice primeiro-ministro encarregado dos assuntos das duas Regiões Administrativas Especiais. O que para a secretária demonstra o elevado valor e a amizade do Governo Central por Macau.
A secretária referiu ainda que o vice-primeiro-ministro reconheceu o trabalho desenvolvido pelo Chefe do Executivo e pela equipa governativa da RAEM, e expressou quatro exigências, no sentido de elevar a capacidade de gestão da equipa e promover o desenvolvimento de Macau:
A primeira foi que os dirigentes devem executar, integralmente, a Lei Básica e o princípio de “um país, dois sistemas”.
A segunda refere-se à necessidade de defender a unidade e a soberania do País, bem como os interesses de desenvolvimento e a segurança nacionais. Neste caso, torna-se imperativo o respeito pelo sistema socialista, implementado pelas instituições nacionais. Assim como o respeito ao Partido Comunista, conforme o estatuto de partido governante no País. Também se torna necessário defender o poder integral do Governo Central, assimilando de forma orgânica o alto nível de autonomia gozado pela RAEM. Fomentar a “consciência política” e a “consciência dos interesses gerais do País”.
Em terceiro lugar, Macau deve aproveitar as oportunidades de desenvolvimento local, beneficiando das especificidades na diversificação da economia, planear o desenvolvimento a longo prazo conforme as características, ao mesmo tempo que define a função a ser exercida. Macau deve integrar o quadro geral de desenvolvimento nacional, participar na construção da iniciativa “Uma Faixa, uma Rota” e da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau. Com isso, será possível Macau avançar a um novo patamar económico.
Por último, o vice-primeiro-ministro referiu que a equipa governativa da RAEM deve trabalhar em prol do bem-estar e da satisfação dos residentes de Macau, dando ouvidos às vozes e pedidos da população. Desse modo, não apenas será possível descobrir a direcção a seguir, mas também encontrar as insuficiências.
Sónia Chan afirmou que a equipa governativa da RAEM irá seguir estas indicações e realizar os trabalhos em questão, no sentido de elevar as capacidades governativas e guiar o desenvolvimento de Macau.
Indicou, ainda, que este curso de formação sobre a situação nacional, realizado durante o exercício dos cargos, foi concebido e planeado entre o Chefe do Executivo e os departamentos do Governo Central competentes, no ano passado. Sob o apoio do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado, do Gabinete de Ligação do Governo Central na RAEM e do Instituto Nacional de Administração da China (INA), o curso está a ser realizado com sucesso. Asseverou ser este um momento muito propício para a sua realização e uma boa iniciativa tendo em conta que considera que permitiu compreender melhor o “Socialismo com Características Chinesas na Nova Era”, defendido pelo Presidente Xi Jinping, a relação entre a China e a nova situação internacional. Acrescentou que estes são conhecimentos de imensa importância para o desenvolvimento pessoal de toda a delegação e um aperfeiçoamento das capacidades governativas.
