Simulação de fuga de gases tóxicas.
No intuito de testar a eficiência e operabilidade do “Plano de Evacuação das Zonas Baixas em Situação de ‘Storm Surge’ durante a Passagem de Tufão” e da “Plataforma de Comando para Resposta a Emergências”, bem como inspeccionar e reforçar o mecanismo de acção conjunta face a desastre entre os diversos serviços e organismos, a Estrutura de Protecção Civil realizou hoje (dia 28) o exercício de tufão “Peixe de Cristal”.
O exercício realizou-se hoje à tarde, das 14h00 às 19h20. No decurso do referido exercício, o Chefe do Executivo, Chui Sai On, acompanhado pelo Secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, esteve presente no Centro de Operações de Protecção Civil (COPC), onde foi feita uma apresentação sobre o exercício de tufão “Peixe de Cristal” e a plataforma de comando para resposta a emergências, proferida pelo Comandante-geral dos Serviços de Polícia Unitários, Ma Io Kun, nas funções de Comandante de Acção Conjunta, tendo ouvido também as situações dos trabalhos das entidades públicas e privadas que compõem a estrutura de protecção civil. O exercício contou ainda com a presença do Chefe do Estado-Maior da Guarnição em Macau do Exército de Libertação do Povo Chinês, Zhu Anping, do Subchefe do Estado-Maior, Gao Zhijun e do Subdirector do Instituto de Investigação para o Estudo da Segurança Pública da Universidade Tsinghua, Yuan Hongyong.
O exercício teve lugar nas zonas baixas da Praia do Manduco e da ilha de Coloane, tendo sido simulada a passagem directa do super tufão “Peixe de Cristal” sobre Macau, acompanhado pelos fenómenos “Storm Surge” e maré astronómica, causando um efeito de sobreposição. A Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos emitiu o aviso de “Storm Surge” de grau preto, prevendo graves inundações nas zonas baixas com altura da água a atingir 1,5 metros ou superior, situação que põe em risco a segurança dos residentes destas zonas. Face a esta situação, a Estrutura de Protecção Civil foi activada à ordem a fim de proceder imediatamente as operações de evacuação.
Os 29 membros da Estrutura de Protecção Civil executaram uma série de medidas em conformidade com os planos de emergências:
-
- Os avisos de evacuação e notícias sobre a tempestade tropical e a situação da cidade são difundidos aos residentes e turistas através de diversos meios, nomeadamente mensagens SMS, órgãos de comunicação social, plataformas de redes sociais, difusão sonora e nos placares electrónicos.
- O pessoal do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais assegura os trabalhos de remoção das árvores e de desentupimento dos esgotos.
- A Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água emite sinal de alerta marítima e toma as medidas de “remate de fissuras”.
- Consoante as zonas responsáveis, as corporações e serviços de segurança executam as três medidas de evacuação, designadamente “Evacuação Segura e Ordeira”, “Evacuação Rápida e Segura” e “Evacuação de Emergência”. Os residentes dos andares baixos das zonas afectadas são evacuados ordeiramente e em segurança.
- O pessoal das associações cívicas e os voluntários dão assistência às pessoas carenciadas, acompanhando-as até ao ponto de encontro (Complexo Municipaldo Mercado de S.Lourenço) para apanharem transporte fornecido pela Direcção dos Serviços de Assuntos de Tráfego, Corpo de Bombeiros, Cruz Vermelha e Cáritas de Macau.
- O Instituto de Acção Social abre os centros de abrigo atempadamente (Instituto Salesiano, Pavilhão Polidesportivo Tap Seac e Escola Superior das Forças de Segurança de Macau ) para acolher os residente evacuados.
Graças aos esforços empenhados pelas entidades públicas e privadas que compõem a estrutura da protecção civil, o exercício de evacuação decorreu-se com êxito. Para além dos acidentes básicos no âmbito de protecção civil, foram ainda acrescentados alguns incidentes para o presente exercício, nomeadamente a recusa de evacuação, a fuga de gases tóxicos, as operações de salvamento no parque de estacionamento subterrâneo, as acções de socorro na zona afectada pelas inundações, as acções de limpeza e de recuperação após a passagem do tufão, tendo cada membro da Estrutura de Protecção Civil envidado todos os esforços em conformidade com as suas competências, procurando elevar a capacidade para responder às emergências.
O referido exercício durou cerca de 5 horas, tendo simulado 31 acidentes que poderiam acontecer durante a passagem de tufão, e contou com a participação de 1700 pessoas provenientes das entidades integrantes da Estrutura de Protecção Civil e das associações cívicas (incluindo 80 residentes e trabalhadores das associações cívicas). O exercício foi concluído com sucesso, tendo atingido resultados previstos e fortalecido a capacidade de comunicação entre as diversas entidades, nomeadamente a colaboração entre os membros da estrutura e as associações cívicas que participaram pela primeira vez num exercício de tufão, procurando elevar a consciência de prevenção e a capacidade de resposta a emergências.
Os membros da Estrutura de Protecção Civil irão inspeccionar cada etapa do exercício e aprofundar os planos de emergência de modo a estarem preparados para a época de tufão, assegurando a segurança da vida e dos bens dos cidadãos.
