O Chefe do Executivo, Chui Sai On, e o ministro dos Negócios Estrangeiros da Tailândia, Don Pramudwinai, realizaram, esta tarde (9 de Maio), uma conferência de imprensa conjunta, em Banguecoque, no âmbito da visita de dois dias de uma delegação da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) à capital tailandesa. O líder do Governo da RAEM indicou que a Tailândia é um importante parceiro de cooperação e sugeriu um aproveitamento conjunto das oportunidades trazidas pela iniciativa “Uma Faixa, uma Rota”, com cada uma das partes a explorar as suas próprias vantagens na promoção de negócios. Em termos gerais, Chui Sai On manifestou muita confiança na cooperação futura entre os dois territórios.
Nestas declarações aos jornalistas, o Chefe do Executivo revelou que antes da conferência de imprensa, testemunhou, ao lado do ministro tailandês, a assinatura do memorando de entendimento para geminação de cidades entre a RAEM da República Popular da China e a Província de Phuket do Reino da Tailândia. E acrescentou que o governo irá organizar, em Banguecoque, o “Fórum Internacional de Desenvolvimento da Medicina Tradicional 2018 (Tailândia)”, uma exposição de fotografias subordinada ao tema "Um País, Dois Sistemas" e "Uma Faixa, Uma Rota", assim como uma sessão de apresentação sobre turismo e ambiente de investimento entre Macau e a Tailândia. As iniciativas visam fomentar a cooperação e aprofundar as relações amistosas entre os dois lados.
O líder do Governo da RAEM frisou que, com o apoio do Governo Central, Macau está empenhada em participar no desenvolvimento da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” e na construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, bem como em elevar o seu desempenho enquanto Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa. A Tailândia, tal como os restantes países do sudeste asiático, é um parceiro importante para Macau, adicionou, sugerindo ainda que Macau e a Tailândia aproveitem bem, fazendo uso das suas vantagens, as oportunidades de desenvolvimento disponibilizadas pela iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, promovendo-se simultaneamente a amizade. Chui Sai On manifestou ainda a sua total confiança no sucesso da cooperação futura.
O mesmo responsável indicou ainda que os dois territórios têm mantido sempre uma comunicação estreita e fortalecido progressivamente as relações comerciais, económicas, turísticas, e socioculturais, havendo grandes expectativas especificamente na cooperação na área do comércio. Segundo Chui Sai On, várias entidades ligadas ao comércio e à economia têm participado, de forma activa, nas exposições e convenções de marcas em Macau e o próprio Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau organizou já diversas visitas à Tailândia para promover as políticas da RAEM na área, o intercâmbio no sector, e as oportunidades de negócio.
O Governo da RAEM pretende igualmente desenvolver acções com a Tailândia nas áreas do ensino e da medicina tradicional, assim como nos mercados lusófonos. O propósito passa por incrementar a cooperação estratégica entre os dois territórios, desempenhando Macau plenamente o seu papel de Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Chui Sai On lembrou, neste contexto, que a Fundação Macau lançou a bolsa de estudo "Uma Faixa, Uma Rota" que abre as portas de Macau a estudantes da Tailândia que queiram aperfeiçoar os seus conhecimentos.
Ao falar à comunicação social, Don Pramudwinai adiantou que durante o almoço de trabalho discutiram-se assuntos relacionados com a possibilidade de cooperação em várias áreas, incluindo economia, comércio, turismo, saúde pública, medicina tradicional chinesa, inovação, empreendedorismo e indústrias culturais. A par disso, a iniciativa «Uma Faixa, Uma Rota», a construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, e a cooperação do Grande Delta do Rio das Pérolas, foram temas que também mereceram a atenção dos participantes, que debateram igualmente de que forma as partes podem impulsionar a cooperação, no actual quadro estratégico de desenvolvimento geral da China.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Tailândia sublinhou que, da sua parte, a Tailândia está disposta a servir de plataforma para Macau ter acesso ao centro de comércio e investimento dos países da ASEAN, de que fazem parte o Camboja, Laos, Myanmar e Vietname, entre outros, esperando, ao mesmo tempo, que a RAEM possa ser a porta de entrada da Tailândia no mercado do sul da China. O mesmo responsável manifestou ainda vontade de ver mais empresas de Macau a investirem na Tailândia, nomeadamente nas regiões que constituem o corredor económico do leste do país.