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Serviços de Saúde reforçam medidas em postos fronteiriços devido ao Vírus Ébola e Febre Amarela


Recentemente foram detectados focos graves de Vírus Ébola na República Democrática do Congo, Africa Ocidental e de Febre-Amarela no Brasil. De modo a que sejam detectados, de forma precoce, eventuais doentes e prevenir a transmissão transfronteiriça destas doenças, os Serviços de Saúde, com a cooperação do Corpo de Polícia de Segurança Pública, reforçaram, desde sexta-feira, 25 de Maio, as medidas de vigilância sanitária nos principais postos fronteiriços entre as quais se inclui a inquirição e inspecção, realizadas por agentes de saúde dos postos fronteiriços, a todos os portadores de passaportes das regiões afectadas.

Caso sejam detectadas pessoas, provenientes dos países e regiões influenciados pelos surtos, que demonstrem ou aparentem manifestar sintomas suspeitos da doença com vírus Ébola ou da Febre-Amarela, os Serviços de Saúde encaminharão estas pessoas para o Centro Hospitalar Conde de São Januário onde serão avaliadas e onde serão realizados exames específicos. Caso as pessoas não manifestem sintomas os agentes dos Serviços de Saúde irão seguir o estado clínico através de telefone.

Desde Maio de 2018 que a República Democrática do Congo na Africa Ocidental foi identificada como tendo um surto da doença com vírus Ébola. A doença com vírus Ébola é uma doença viral aguda e grave, o seu período de incubação vária de 2 a 21 dias. Os sintomas são caracterizados pelo início súbito de febre, fraqueza intensa, dores musculares, dor de cabeça e dor de garganta seguido por vómitos, diarreia, erupção cutânea, deficiências da função renal e hepática, e, em alguns casos graves, pode, ainda, ocorrer hemorragia interna e externa, e até morte. Alguns morcegos frugívoros são considerados os hospedeiros naturais do vírus Ébola. Os chimpanzés, gorilas, macacos, antílopes florestais e porcos também podem ser eventuais portadores do vírus Ébola.

O vírus Ébola pode ser transmitido como uma infecção resultante do contacto directo com o sangue, secreções, órgãos ou outros fluidos corporais de animais infectados ou de pessoas infectadas, e contacto indirecto com ambientes contaminados com fluídos. Cerimónias fúnebres em que os indivíduos têm contacto directo com o corpo da pessoa falecida, também podem desempenhar um papel na transmissão de Ébola.

O vírus Ébola foi confirmado pela primeira vez em 1976, tendo havido posteriormente surtos ocasionais em alguns países africanos, entre os quais o surto da vírus Ébola da Africa Ocidental em 2014 foi mais grave tendo infectado mais de 28 mil pessoas e causado mais de 12 mil mortes.

Os Serviços de Saúde alertam que não existe, ainda, nenhuma vacina que previna a infecção com vírus Ébola. Apesar de Macau, mercê da sua localização, ter pouco contacto com os países até agora identificados e de não haver um risco elevado de poder ser afectado, os Serviços de Saúde desde a notificação efectuada pela OMS, têm estado atentos ao desenvolvimento epidemiológica das regiões envolvidas. Em simultâneo, os Serviços de Saúde vão aplicar as respectivas medidas para corresponder a mudança epidemiológica.

Como esta situação merece toda a atenção os Serviços de Saúde recomendam, ainda, aos cidadãos que pretendam viajar para as regiões infectadas que devem proceder a uma rigorosa avaliação de todos os seus movimentos em zonas de contágio. Caso permaneçam nas regiões afectadas, devem prestar atenção à higiene individual e ambiental, lavar com frequência as mãos seguindo os procedimentos correctos, evitando ao máximo ter contacto com animais, não comer carne que não esteja totalmente cozida, consumir as frutas e vegetais descascados e limpos. Caso não seja estritamente necessário devem abster-se de entrar em hospitais ou efectuar visitas a famílias que possam ser consideradas de risco.

Caso tenha viajado para as zonas de risco e notar sintomas de febre, diarreia, vómitos, erupção ou sangramento num espaço de 21 dias após o regresso deve imediatamente recorrer ao médico, informando-o sobre o percurso da sua viagem.

Por outro lado, a Febre-Amarela é uma doença transmissível aguda, contraída principalmente através de picadas de mosquitos Aedes, em regiões trópicais da América Central e do Sul e da África. Os sintomas clínicos da doença são essencialmente febre, icterícia, sangramento. Após a infecção só cerca de 5% a 20% das pessoas apresentam sintomas clínicos e apenas uma minoria das pessoas apresentam sintomas graves ou até mortais. Ainda não existe tratamento específico contra a Febre-Amarela, baseando-se principalmente em tratamentos sintomáticos e de suporte. Contudo existem vacinas para a prevenção da mesma.

Os Serviços de Saúde apelam aos residentes que queiram viajar para Brasil ou outros países e territórios onde existam surtos de febre-amarela, devem recorrer ao Centro de Saúde de Tap Seac ou Centro de Saúde dos Jardins de Oceano de Taipa para que sejam submetidos à vacina contra a febre-amarela, pelo menos dez (10) dias antes de viajar para os países afectados. Durante a estadia, devem tomar medidas para evitar picados de mosquitos, tais como, devem vestir roupas de cores claras e com mangas compridas e ficar alojados em sítios com ar condicionado ou instalações antimosquitos. No exterior devem aplicar repelente antimosquitos. Caso haja suspeita de ter contraído a febre-amarela, devem recorrer atempadamente à consulta médica.

Para mais informações ou dúvidas, os residentes podem ligar para a linha aberta das doenças transmissíveis dos Serviços de Saúde n.º 2870 0800 ou consultar o endereço electrónico dos Serviços de Saúde sobre Informações de doenças transmissíveishttp://www.ssm.gov.mo/csr/.



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