De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) referente ao 1.º trimestre de 2018, a duração média mensal da carteira de encomendas detida pelas empresas inquiridas foi de 3,1 meses, superiores aos 2,4 meses registados no trimestre anterior.
A carteira de encomendas detida pelos sectores de “Produtos Farmacêuticos”, “Vestuário e Confecções”, “Outros Sectores” e “Equipamentos Electrónicos/Eléctricos” foi de 5,2, 2,9, 2,9 e 1,6 meses, respectivamente.
No que diz respeito aos mercados de destino das exportações, da análise ao índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados, as empresas inquiridas consideraram, em geral, que o Interior da China e outros países da região Ásia-Pacífico (excluindo o Interior da China, Hong Kong e o Japão) são os mercados de destino com performance relativamente melhor, apresentando um índice de 25,2% e 17,8%, respectivamente. Ao comparar as evoluções dos diferentes mercados com as verificadas no trimestre anterior, a performance da Canadá e de Hong Kong melhorou neste trimestre, registando um índice de 2,9% e 2,7%, respectivamente.
Relativamente às perspectivas de exportações para os próximos seis meses, as empresas inquiridas que antecipam uma perspectiva optimista aumentaram para 13,1% neste trimestre, representando uma subida de 6,5 pontos percentuais face ao trimestre anterior (6,6%) e uma subida de 5,4 pontos percentuais face ao período homólogo do ano passado (7,7%). Destas referidas, nenhuma previu uma subida acentuada, enquanto 13,1% anteviram uma subida ligeira. As empresas que antecipam uma evolução menos favorável foram de 4,8%, menos 9,1 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e mais 1,5 pontos percentuais face ao mesmo período do ano passado. De entre estas, 4% apontaram para um ligeiro decréscimo e 0,8% para um forte declínio. As empresas que prevêem uma situação semelhante subiram, levemente, de 79,5% no trimestre anterior para 81,5% neste trimestre, o que equivaleu a um ligeiro acréscimo de 2 pontos percentuais. Tudo isso reflectiu uma atitude prudente das empresas em relação às perspectivas futuras de exportações.
No tocante ao mercado de emprego, o número de trabalhadores da indústria transformadora para exportação registou uma redução ligeira de 2,8% e 1%, quando comparado com o trimestre anterior e o período homólogo do ano passado. Por outro lado, 64,2% das empresas inquiridas afirmaram ter enfrentado a situação da insuficiência de trabalhadores, sendo esta percentagem superior aos 50,4% e 54,3% verificados no trimestre anterior e no igual período do ano passado. Além disso, 88,4% das empresas inquiridas do sector de “Produtos farmacêuticos” manifestaram uma notável procura em matéria de trabalhadores, o que significou uma grande procura de mão-de-obra neste sector.
Com base nos resultados do Inquérito, de entre os problemas que afectam as actividades de exportação, 6,2% das empresas exportadoras consideraram a “Insuficiência de Trabalhadores” como o maior problema que estavam a encarar, enquanto 2,9% apontaram para “Preços Elevados das Matérias-Primas”, 2,9% para “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” e 2% para “Insuficiente Volume de Encomendas”.
Quanto às perspectivas para os próximos três meses, 23,2% das empresas inquiridas preocupam-se principalmente com “Preços Elevados das Matérias-Primas”, seguindo-se “Salários Elevados” (15,9%), “Insuficiente Volume de Encomendas” (14,1%) e “Insuficiência de Trabalhadores” (7,2%).