Realizou-se hoje (dia 7), no decorrer do 9.º Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infra-estruturas, a cerimónia de divulgação do “Índice do Desenvolvimento de Infra-estruturas dos Países Abrangidos pela Iniciativa Faixa e Rota (2018)” e do “Relatório da análise do Índice de Desenvolvimento de Infra-estruturas dos Países Abrangidos pela Iniciativa Faixa e Rota (2018)”. As conclusões do relatório da análise indicam que, na sequência do aumento da influência internacional da Iniciativa “Faixa e Rota”, é cada vez mais estreita a cooperação no domínio de conectividade em infra-estruturas entre os países abrangidos, tendo este ano o índice global de desenvolvimento nacional atingido novamente valores significativos. A Indonésia, Singapura, Paquistão, Rússia e Vietnam, são classificados, respectivamente, nos primeiros cinco lugares . Entre os Países de Língua Portuguesa, Brasil, Portugal e Angola aparecem em vários rankings, sendo o Brasil aquele que apresenta maior potencial de desenvolvimento.
O Presidente da Associação Internacional dos Construtores da China, Fan Qiuchen, no decorrer da cerimónia de divulgação, salientou que, o referido Índice, divulgado pela primeira vez no ano passado, atraiu a atenção de grande número de participantes em infra-estruturas transfronteiriças, sendo o mesmo considerado como “barómetro” da cooperação em infra-estruturas no âmbito da Inciativa “Faixa e Rota”, proporcionando indicadores de referência para os operadores do sector de infra-estruturas de todo o mundo. Neste ano, a equipa de análise, aplicando o modelo de análise de indicadores em três dimensões, nomeadamente, o ambiente de infra-estrutura de desenvolvimento, potencial de desenvolvimento e tendência de desenvolvimento, divulgou relatórios de análise dos indicadores respeitantes a 71 países abrangidos pela iniciativa “Faixa e Rota” e os Países de Língua Portuguesa.
Indica o referido relatório que o índice total de desenvolvimento de infra-estruturas dos países abrangidos pela iniciativa “Faixa e Rota” atingiu 124, criando um novo recorde. No índice de países em vias de desenvolvimento abrangidos pela Iniciativa “Faixa e Rota”, a Indonésia figurou, durante dois anos consecutivos, no topo do ranking, estando em posição dianteira no tocante ao ambiente de desenvolvimento, potencial de desenvolvimento e tendência de desenvolvimento. Encontram-se posicionados no 2.º ao 10.º lugares, os seguintes países: Singapura, Paquistão, Rússia, Vietnam, Brasil, Polónia, Turquia, Malásia e Índia. No ranking do índice de desenvolvimento de infra-estruturas dos Países de Língua Portuguesa, figuram nas três primeiras posições, respectivamente, Brasil, Angola e Portugal. No ranking de “ambiente de investimento”, Singapura tomou a primeira posição, ficando Portugal em sexto lugar. Quanto ao ranking de “potencial de desenvolvimento”, a Rússia, Índia e o Brasil ocuparam, respectivamente, as três primeiras posições. No tocante ao ranking de “tendência de desenvolvimento”, a Indonésia posicionou no primeiro lugar, ficando o Brasil, na sétima posição.
O referido relatório de análise revelou a existência, de forma geral, de cinco características no tocante ao desenvolvimento de infraestruturas pelos países abrangidos pela Iniciativa “Faixa e Rota”, nomeadamente: 1. São boas as perspectivas de desenvolvimento de infra-estruturas internacionais, prevendo-se crescimento contínuo no desenvolvimento de infra-estruturas nos próximos três anos. A dinâmica de desenvolvimento na Região do Sudeste Asiático permanece forte. A pontuação dos Países de Língua Portuguesa beneficiou do impulso resultante da subida de pontuação do Brasil, bem como do melhoramento do ambiente e potencial de desenvolvimento que se verificam em Portugal,Angola, entre outros. Os Países de Língua Portuguesa subiram dois lugares no índice de desenvolvimento regional, em relação ao ano anterior. 3. Os sectores de transporte e de energia continuarão a servir de apoio para o desenvolvimento de infra-estruturas internacionais. 4. Face ao contexto da Iniciativa “Faixa e Rota”, denotam-se novas mudanças no modelo de desenvolvimento de infra-estruturas internacionais, dando um novo impulso ao desenvolvimento de infra-estruturas, com o surgimento de novas políticas, novas finanças e novas tecnologias. As instituições financeiras multilaterais, no intuito de impulsionar o desenvolvimento de projectos no âmbito da Iniciativa “Faixa e Rota”, estão a criarum grande número de inovações financeiras, com o consequente melhoramento do ambiente de financiamento e de investimento de infra-estruturas internacionais. 5. Verificou-se um aumento de 6,1% no valor total de novos contratos respeitantes a projectos de infraestruturas dos países abrangidos pela Iniciativa “Faixa e Rota”, sendo de 430,7 mil milhões de dólares americanos o montante total dos novos contratos firmados.
Constam no referido relatório três propostas para o desenvolvimento: 1. Devem os governos aperfeiçoar a concepção por níveis e a comunicação sobre políticas, aprofundando a cooperação em infra-estruturas; 2. Devem as instituições financeiras fortalecer a inovação, e através de finanças verdes, orientar o desenvolvimento sustentável de infra-estruturas internacionais; 3. Devem as empresas aproveitar o “barómetro” da Iniciativa “Faixa e Rota” para explorar o caminho do desenvolvimento que lhe é apropriado.
Estão já disponíveis na internet o “Índice do Desenvolvimento de Infra-estruturas dos Países Abrangidos pela Iniciativa Faixa e Rota (2018)” e o “Relatório da análise do Índice de Desenvolvimento de Infra-estruturas dos Países Abrangidos pela Iniciativa Faixa e Rota (2018)”: www.bridi-research.come http://www.iiicf.org/, sejam bem-vindos a visitar o website e descarregar esses documentos.