O secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, referiu, hoje (28 de Agosto), que o trabalho de segurança e operações de execução da lei, na segunda metade do ano 2018, está a desenvolver progressivamente conforme as linhas das acções governativas definidas para 2018. As autoridades continuam a supervisionar, estreitamente, as tendências de desenvolvimento da criminalidade, aplicando, em tempo oportuno, as medidas específicas de prevenção e combate. Além disso, as autoridades continuam a divulgar, junto dos cidadãos e sectores de sociedade, mensagens sobre a prevenção de crime, deveres no cumprimento da lei e prestação de apoio à Polícia no combate ao crime, de forma a elevar a consciência da população a zelar pela sua segurança, de modo a compreender e articular os trabalhos de execução da lei, desencadeados pela Polícia na salvaguarda da tranquilidade pública.
O secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, apresentou hoje o balanço da criminalidade da primeira metade de 2018 e referiu que mesmo que, a primeira metade de 2018, tenha registado uma subida de 2,8% na criminalidade geral, comparativamente ao período homólogo do ano anterior, os crimes de violência grave continuam a registar zero casos, ou a manter uma baixa percentagem. A grande diminuição dos crimes violentos significa que os diversos crimes de ameaça à segurança da vida e dos bens dos residentes foram controlados eficazmente. Por isso, a segurança na primeira metade revela que Macau, em geral, continua a manter um ambiente estável e bom.
Segundo os dados estatísticos, houve um acréscimo de 191 casos na criminalidade geral em Macau, ou seja, uma subida de 2,8%, a qual se verifica, principalmente, nos crimes contra os bens patrimoniais, designadamente crime de “furto”, de “usura”, de “burla” e de “apropriação ilegítima em caso de acessão ou de coisa achada”.
Na primeira metade, deste ano, registou-se ainda um caso de homicídio enquanto o crime de fogo posto registou 25 casos, representando uma descida de dois casos que equivale a uma redução de 7,4%, comparado com o período homólogo. Entretanto, conforme investigação policial, vários casos de fogo posto foram provocados por beatas de cigarro deixadas em lugar inapropriado ou por brincadeira de crianças, pelo que a Polícia tem utilizado canais diferentes para promover a educação cívica através de várias campanhas de sensibilização.
Registou-se uma subida para 61 casos na “criminalidade relacionada com a burla telefónica”, onde os meios mais utilizados nos estratagemas fraudulentos foram: “advinha quem sou eu” e “fazer-se passar por funcionário de órgãos estatais ou funcionário do Departamento de Migração do CPSP”. Assim que as autoridades de segurança continuam a tomar, em todos os aspectos, medidas para a prevenção e combate ao crime de “burla telefónica”, incluindo a comunicação estreita com a Autoridade Monetária de Macau e o sector bancário, tendo estabelecido com o Departamento de Segurança Pública da Província de Guangdong o mecanismo de comunicação e de rastreio rápido e suspensão urgente de transferência bancária, bem como a criação de uma linha aberta que permite consultar informações sobre prevenção de burla.
Entretanto, em relação às actividades relacionadas com as estações emissoras de mensagens spam, a Polícia Judiciária concluiu os trabalhos de estudo legislativo para a revisão da Lei de Combate ao Crime Informático. As autoridades irão acompanhar, com rapidez, o processo de revisão legislativa e incrementar esforços para que a revisão da lei seja concluída no próximo ano.
Nos primeiros seis meses de 2018 registou-se um decréscimo do número de crimes de tráfico e de consumo de drogas, representando uma descida de 13,9% e 34,1%, respectivamente; porém, as autoridades continuam a reforçar a prevenção e o combate ao crime de estupefacientes. Recentemente foi instalado um aparelho de inspecção corporal de raios X no posto fronteiriço de Macau, na Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, com vista a articular com a circulação de veículos e prevenir melhor o combate ao crime.
O mecanismo de prevenção e combate à migração clandestina continua a obter bons resultados, sendo que as autoridades de segurança desmantelaram vários grupos criminosos o que veio marcar um decréscimo do número de imigrantes ilegais interceptados.
No que diz respeito à “delinquência juvenil”, na primeira metade do ano, registaram-se 28 casos envolvendo 50 jovens, o que representa um aumento de 7 casos e de 28 jovens, comparativamente ao mesmo período homólogo de 2017. Entre os casos registados, a maioria estava ligado com o crime de ofensas simples à integridade física e fogo posto. Assim, para além de serem reforçados os mecanismos existentes, as autoridades desenvolvem mais canais para intensificar a cooperação com as escolas, os sectores de sociedade e grupos juvenis, bem como promovem actividades de sensibilização sobre a prevenção e combate à criminalidade.
O secretário Wong Sio Chak revelou ainda que, no fim de Setembro do corrente ano, irá ter uma conversa franca com os jovens sobre o tema “conceito do policiamento moderno e cultura policial”, mostrando-se convicto de que esta acção poderá auxiliar no crescimento saudável e no sucesso dos jovens.
Relativamente aos crimes transfronteiriços, as autoridades polícias das regiões de Guangdong, Hong Kong e Macau realizaram a Operação “Trovoada 18” e sob a coordenação dos Serviços de Polícia Unitários continuarão a manter uma comunicação estreita no intercâmbio de informações com ambas as entidades policiais da China interior e de Hong Kong no sentido de assegurar a segurança de Macau.
Quanto ao impacto do desenvovimento do sector do jogo, Wong Sio Chak afirmou que, na primeira metade de 2018, as autoridades instauraram um total de 840 processos-crime (inquéritos e denúncias), o que representa uma descida de 3,3%, comparativamente ao período homólogo de 2017. E entre os 144 procedimentos de “crime de sequestro”, dos quais 135 tiveram origem na prática do crime de usura, o que representa uma descida de 41%, comparativamente ao mesmo período do ano transacto. Foram instaurados, ainda, um total de 261 procedimentos por “crime de usura”, dos quais 254 relacionados com o jogo, o que representa uma subida de 38%, comparativamente ao período homólogo do ano de 2017.
Até ao presente, a polícia ainda não recebeu informações sobre qualquer anormalidade no comportamento de associações secretas devido ao ajustamento das receitas do jogo. Portanto, o ajustamento e o desenvolvimento no sector, não trouxe, até ao momento, quaisquer consequências negativas para a segurança de Macau.
Para além disso, nos últimos anos, existem grupos criminosos que aproveitam o renome do sector de jogo da cidade para estabelecer páginas internet falsas, em actividades de apostas online ou prática de burlas. As autoridades verificam e analisam, activamente, estes tipos páginas solicitando às empresas, com domínios registados em servidores estrangeiros, que procedam à exclusão ou bloqueio dos mesmos, no sentido de prevenir eventuais fraudes. Até ao momento foram bloqueados ou retirados da internet 90 páginas suspeitas.