Os empresários e jovens que trabalham, estudam, fazem estágios e têm projectos empreendedores na Grande Baía discursam entusiasticamente e partilham experiências.
O Secretário para a Economia e Finanças, Leong Vai Tac, reuniu-se hoje (dia 6), em Cantão, com os membros da delegação comercial de Macau, bem como com mais de 30 jovens que estudam, fazem estágios e têm projectos empreendedores naquela cidade, no intuito de ter uma conversa franca com os mesmos. No encontro, os empresários e jovens participantes partilharam as suas próprias experiências empresariais, de estágios e de criação dos seus primeiros negócios na Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, tendo admitido que a integração na Grande Baía os ajudaria não apenas a prospecção de parceria empresarial, mas também o alargamento dos seus próprios espaços de expansão. O Secretário Leong Vai Tac, por seu turno, encorajou os empresários e jovens locais a tirarem pleno proveito das oportunidades oferecidas pela Grande Baía, tomando partes activas no processo de construção do País para terem melhor planeamento da sua vida profissional.
Leong Vai Tac: A saída tem por objectivo o regresso, alargando os horizontes e planeando ofuturo
O mesmo governante manifestou que a construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau é uma estratégia nacional planeada e promovida pelo próprio Secretário-Geral do Comité Central do PCC, Xi Jinping, representando, nesta nova era, uma iniciativa inovadora impulsionadora de formação de uma nova conjuntura para uma plena abertura e, ainda, um novo plano para promover o avanço da grande causa de “Um País, Dois Sistemas”. Disse que o lançamento em breve do “Planeamento e Construção da Região Metropolitana da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau” poderá ajudar a fomentar o livre fluxo de pessoas, mercadorias e fundos entre as regiões inseridas na Grande Baía, contribuirá também para a integração dos cidadãos e empresas locais na Grande Baía, afirmando ter confiança de que as políticas relevantes a ser promovidas no futuro venham a ser mais flexíveis e abertas. O Secretário invocou o conceito de a saída ter por objectivo o regresso, acreditando em que a inserção na Grande Baía poderá ajudar os jovens, profissionais e empresários de Macau a alargarem os seus horizontes, reforçarem as suas capacidades e planearem o seu futuro.
Quanto à questão do desenvolvimento dos residentes de Macau na Grande Baía, o Secretário disse ser necessário que os serviços públicos da RAEM, através do método de “proporcionar o know-how”, prestem apoio aos jovens em matérias de criação de negócios, acesso ao emprego e planeamento da carreira profissional. No que respeita às pequenas e médias empresas locais, o mesmo governante aconselhou que as mesmas deviam aproveitar, de melhor forma, a plataforma da RAEM para estabelecerem parceiras com os seus congéneres e as empresas empreendedoras juvenis localmente constituídas, assim como com as pequenas e médias empresas dos países de língua portuguesa, entrando, em conjunto, no Interior da China, procurando identificar oportunamente as oportunidades empresariais para avançar com projectos mais adequados.
Ao usar palavras, o membro permanente do Comité Provincial de Guangdong do CCPPC sugeriu a cooperação entre o Governo da RAEM e os diversos governos municipais da Grande Baía para a criação de uma base de dados sobre o empreendedorismo e emprego dos cidadãos locais na Grande Baía, estabelecendo, a partir desta base, uma rede mais alargada, ajudando, mediante o desenvolvimento das suas funções como “uma rede de peso apesar da sua dimensão reduzida”, os residentes locais a inserirem na vida da Grande Baía.
Jovens empreendedores: Desenvolver actividades empresariais em conjunto, servindo os resultados alcançados de exemplos para outrem
Tendo sucessivamente o Cantão e a Província de Fujiang como palcos da estreia dos seus negócios, o Sr. Fu disse que para estabelecer um negócio, é indispensável efectuar exploração passo a passo, conhecer mais aprofundadamente as situações empresarias e dominar bem o funcionamento e as técnicas operacionais das actividades do sector pretendidas a criar. Indicou que o início do primeiro negócio depende essencialmente dos esforços dos próprios interessados, apontando, no entanto, o aparecimento de inúmeras plataformas de apoio ao empreendedorismo nos últimos anos, aconselhando o melhor aproveitamento destes instrumentos no planeamento da carreira profissional, incentivando os jovens locais a prospectarem oportunidades empreendedoras no Interior da China e terem coragem para fazer face aos desafios e experimentar variadas aventuras.
Na opiniãodo Sr. Yeong, operador do sector de informática, a criaçãode negóciosprecisa de um ambiente, pelo que dirigiu um apelo aos operadores homólogospara que se reúnam, estimulando-se e apoiando-se mutuamente. Ele sugeriu ainda que o Governo possa introduzir a Macau o ambiente de criaçãode negóciosdo Interior da China, atraindo empresas do exterior, como as da Europa, para vir explorar as suas actividades no território.
OSr. Chan, um operador de farmáciaem Macau e na Grande Baía, admitiua ideia de as empresas e os jovens empreendedores se integrarem no desenvolvimento da Grande Baía, mediante a cooperação, apelando à população de Macau que faça ela própria de exemplo para outrem.
ASra. Ng, que está a criar negócios na Grande Baía, reconheceuque háuma concorrênciaferoz na áreacomercial do Interior da China, no que diz respeito às disputas pelas marcas, talentos profissionais, tecnologias, serviços e capitais. Ela avançou que muitas empresas locais não conheciam as políticas e assuntos fiscais do Interior da China, pelo que propôs a criação de uma plataforma para reforçar as comunicações e assistência, com vista a um desenvolvimento conjugado com a união de esforços, desejando ainda que o Governo proporcione serviços de informações jurídicas e políticas e de consultadoria.
Estudantes de Macau: estágio em Cantão muito proveitoso
O estudante Wong, finalista da Universidade Sun Yat-sen, acrescentou que, tinha efectuadoum estágiono Gabinete de Ligação em Cantãodo Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), no qual conseguiu aprender pensar mais no lugar dos outros, além de adquirir conhecimentos relacionados com o expediente geral e serviços administrativos, o que lhe permitir tirar muitos proveitos. Ele apresentou uma sugestão ao IPIM para que esta instituição, alémda promoção dos planos de estágio, possa prestar aos estudantes serviços de conjugação de emprego e de criação de negócios nas cidades situadas na Grande Baía.
O aluno Wong, que vai partir em breve para Pequim para efeitos de estudo e que esteve em estágio, respectivamente, no Gabinete de Ligação em Cantãodo IPIM e no sucursal do Banco Luso Internacional em Cantão, considerou que o estágio ajudou-o a conhecer o funcionamento do sector bancário e aumentar a sua capacidade de trabalho.
Médicas na Grande Baía: autorização de residência no interior da China de pessoas oriundas de Hong Kong, Macau e Taiwan facilita a vida
A Sra. Tam, que é uma médica e que trabalha num hospital no Interior da China desde há 18 anos, recordou que ficou a trabalhar no Interior da China após a conclusão do seu estudo na Universidade Sun Yat-sun, tendo testemunhado as mudanças ocorridas no Interior da China ao longo desses 18 anos. Ela acrescentou que, com alterações nas políticas do País, têm sido fornecidas cada vez mais medidas facilitadoras para os residentes de Hong Kong e de Macau, no que diz respeito ao seu estudo e à sua vida quotidiana no Interior da China, particularmente após o lançamento da referida política de autorização de residência, que aumentará de forma considerável as garantias e conveniências aos residentes de Macau que vivem no Interior da China.
A Sra. Wong, proprietária de uma fábrica farmacêutica, apontou que a medicina tradicional chinesa(MTC)tem uma longa história em Macau, pelo que o desenvolvimento da MTC de Macau, tanto a nívelacadémicocomo a nível empresarial, tem mais vantagens em comparaçãocom as cidades vizinhas, especialmente com o apoio prestado pelo Governo Central a Macau para a sua transformação como uma plataforma para o desenvolvimento científico e industrial da medicina tradicional chinesa. Neste contexto, o sector em causa deve aproveitar de melhor forma as políticasconcedidas pelo Governo Central e a plataforma da Grande Baía, renunciar osconceitos atrasados e desenvolver novas ideias.
