A Organização Mundial da Saúde confirmou o aparecimento do primeiro caso importado da infecção pela Síndrome respiratória do Médio Oriente-Mers-Cov na Coreia do Sul.
A infecção foi detectada e confirmada num homem, de 61 anos de idade, de nacionalidade coreana, que entre 16 de Agosto e 6 de Setembro realizou actividades comerciais no Kuwait. Ainda durante a estadia no local manifestou no dia 28 de Agosto, diarreia tendo recorrido ao hospital local para consulta médica.
No dia 06 de Setembro, de avião, o paciente regressou via Dubai à Coreia do Sul onde chegou no dia 07 de Setembro tendo recorrido ao Samsung Medical Center em Seoul onde apresentou febre e diarreia além de lhe ter sido diagnosticada uma pneumonia.
De acordo com o historial da viagem, o doente foi considerado como caso suspeito de infecção pela Síndrome respiratória do Médio Oriente-Mers-Cov e foi transferido para unidade de isolamento do hospital anexo à Universidade de Seoul.
As análises efectuadas no dia 08 de Setembro confirmaram por reacção positiva para o vírus da Síndrome Respiratória do Médio Oriente-Mers-Cov.O estado clínico do doente é considerado estável, tinha contactado com camelo antes do surgimento da doença.
Este é 1º caso confirmado de infecção pela Síndrome Respiratório do Médio Oriente-Mers-Cov na Coreia do Sul após a ocorrência do surto de Síndrome Respiratória do Médio Oriente-Mers-Cov em 2015.
Até ao dia 09 de Setembro, a Organização Mundial de Saúde registou mundialmente 2.249 casos de infecção pelo coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente, dos quais resultaram pelo menos 798 mortes. Os países do Médio Oriente afectados abrangem a Arábia Saudita, o Qatar, a Jordânia, os Emirados Árabes Unidos, Omã, o Kuweit, o Lémen, o Líbano e Irão. Existem também casos reportados nos Estados Unidos da América, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Itália, Espanha, Grécia, Holanda, Algeria, Áustria, Turquia, Egipto, Tunísia, Malásia, Filipinas, China, Tailândia, Coreia e Bahrein, todos estes casos, estão directa ou indirectamente relacionados com os países do Médio Oriente.
CORONAVIRUS
No período inicial da infecção pelo coronavírus da síndrome respiratória do Médio Oriente, os sintomas apresentados são de infecção respiratória, tais como, febre e tosse, que se agravam muito rapidamente e suscitam uma taxa de mortalidade mais elevada. Os pacientes de doenças crónicas com imunidade relativamente baixa e os idosos são particularmente vulneráveis, sendo possível manifestarem sintomas atípicos. Segundo as informações disponíveis, ainda são desconhecidas a origem e a via de transmissão deste vírus, sendo provável que o vírus esteja hospedado nos animais dos países onde ocorreram mais casos de infecção, como por exemplo, nos camelos. O vírus pode ser transmitido através de contacto próximo entre os seres humanos. Em diversos hospitais há casos de transmissão entre os doentes e também entre os doentes e os profissionais de saúde. Portanto, a OMS sugere que se tomem medidas de prevenção em resposta à transmissão de gotículas, quando se prestam cuidados de saúde para os doentes com sintomas de infecção respiratória aguda, evitando a disseminação através do contacto e através dos olhos. Quando se prestam cuidados de saúde aos casos prováveis ou confirmados definitivamente, devem ainda ser tomadas medidas preventivas para protecção da disseminação através da atmosfera em particular em situações em que possam ser produzidos aerossóis.
Os Serviços de Saúde reforçaram a monitorização e a vigilância epidemiológica quanto à pneumonia de causa desconhecida e à infecção respiratória colectiva. Até ao momento não foi detectada qualquer situação anómala. Os Serviços de Saúde sensibilizam os trabalhadores de saúde da primeira linha para a necessidade de se manterem em alerta, especialmente para os indivíduos que sejam oriundos do Médio Oriente ou que tenham efectuado viagens recentes ao Médio Oriente. Os casos suspeitos devem ser comunicados em tempo oportuno e devem ser tomadas medidas para o controlo da infecção. Os cidadãos que viajem para o exterior, em particular, para a região do Médio Oriente, devem tomar atenção:
- Prestar atenção à higiene pessoal e alimentar;
- Evitar a deslocação a hospitais locais ou ter contactos com doentes locais
- Evitar ter contacto com os animais (em particular, camelos) e evitar deslocações a quintas ou estábulos;
- Evitar consumir bebidas (como por exemplo, leite fresco do camelo) e comidas que não sejam submetidas a adequado tratamento
Em caso de indisposição após regresso a Macau, devem recorrer ao médico o mais rápido possível, informando-lhe pormenorizadamente a história de viagem.
Para mais detalhes sobre os coronavírus da síndroma respiratória do Médio Oriente, podem consultar a página electrónica dos Serviços de Saúde (em chinês : http://www.ssm.gov.mo/portal/csr/ch/main.aspx; em português: http://www.ssm.gov.mo/Portal/csr/pt/main.aspx), ou ligar para a linha aberta dos Serviços de Saúde n.o 2870 0800