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Serviços de Saúde confirmam mais um caso importado de malária


Os Serviços de Saúde confirmaram hoje (dia 12 de Setembro) a detecção de mais um (1) caso importado de malária, apelando aos residentes a tomar precauções em caso de deslocação a zonas infectadas.

O paciente de sexo masculino tem 56 anos de idade, residente de Macau na zona da Areia Preta, viajou, no dia 16 de Agosto, com sua mulher para Moçambique-África. Após a chegada a Macau, no dia 4 de Setembro, a sua mulher manifestou os primeiros sintomas e no dia 7 de Setembro foi diagnosticada como caso importado de malária. Por sua vez, o paciente, marido do primeiro caso diagnosticado, que regressou dias mais tarde, manifestou no dia 8 de Setembro, ainda em Moçambique, sintomas de febre, dores musculares e dores de cabeça. No dia 10 de Setembro, regressou para Macau e recorreu ao Centro Hospitalar Conde de São Januário tendo sido submetido à recolha de sangue para análise laboratorial. Os resultados revelaram a presença de malária.

Devido à história de viagem, o período de apresentação de sintomas e os resultados do teste laboratorial, este caso foi classificado como caso importado e também o segundo caso registado de malária, em Macau, desde o início do ano. O filho que reside com o infectado ainda não apresentou nenhum sintoma parecido.

Malária é uma doença infecciosa grave e fatal, causada pelos protozoários parasitas do género Plasmodium e que se classifica em quatro tipos: “Plasmodium vivax, Plasmodium falciparum, Plasmodium malarie e Plasmodium ovale”. A malária ocorre frequentemente em regiões com clima quente, como África, regiões tropicais e subtropicais, como América Latina e regiões do Sudeste Asiático. A malária é transmitida pelo mosquito fêmea do género Anopheles infectado e através da picada do mosquito fêmea do género Anopheles ao doente malário, este mosquito fica infectado e quando pica outra pessoa transmite a malária. A malária não se transmite entre as pessoas, contudo, através da transfusão de sangue infectado ou produtos derivados de sangue infectado, transplantação de órgãos ou partilha de seringas também pode ser transmitida a malária. Também se pode transmitir através da gravidez ou do parto, ou seja da mãe para o feto e da mãe para o recém-nascido. O período de incubação varia com os diferentes géneros de parasitas, e de um modo geral, o aparecimento de sintomas varia de 7 a 30 dias a contar da picada do mosquito infectado. Os sintomas consistem em febre intercalada, calafrios, suores, dores de cabeça, fadiga e dores musculares, entre outros. As complicações consistem em anemia, disfunção hepática e renal, convulsões, inconsciência e coma, e caso não se recorra atempadamente ao médico pode causar a morte. Presentemente, existem medicamentos eficazes para tratar da malária e é muito importante o diagnóstico e tratamento precoce para curar a malária.

As fontes de proliferação de mosquitos da malária (Anopheles) são as lagoas, pântanos, ribeiras, mas são raros os casos em Macau, pelo que esse tipo de mosquitos não é comum e o seu risco de proliferação é baixo.

As medidas para a prevenção da malária são as seguintes:
1. Adoptar medidas eficazes anti-mosquito, evitando as picadas dos mosquitos.
2. Não existe vacina para prevenir a malária. Caso necessite de se deslocar às zonas afectadas com malária, deve adoptar medidas de prevenção e obter medicamentos de prevenção em caso de necessidade. Esses medicamentos necessitam de ser administrados antes da partida, assim como devem ser administrados durante a viagem até 4 semanas após a partida da zona afectada.
3. Em caso de aparecimento dos sintomas da malária durante a viagem ou depois do regresso a Macau, deve de imediato recorrer-se ao médico e informá-lo sobre os países visitados.
4. As grávidas devem evitar deslocar-se às zonas afectadas com malária.

Em caso de dúvida, pode ligar para a linha das doenças transmissíveis dos Serviços de Saúde (28700 800) ou consultar o endereço electrónico dos Serviços de Saúde sobre Informações de doenças transmissíveis http://www.ssm.gov.mo/csr/.