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Empenho total no trabalho de combate ao tufão “Mangkhut”, dando-se prioridade à vida e segurança da população

Chefe do Executivo, Chui Sai On, convoca reunião, no Centro de Operações de Protecção Civil, para auscultar os membros da estrutura de protecção civil sobre os trabalhos preparativos e de resposta ao tufão "Mangkhut" e para dar as instruções necessárias.

O Chefe do Executivo, Chui Sai On, convocou, hoje (13 de Setembro), uma reunião, no Centro de Operações de Protecção Civil (COPC), para auscultar os membros da estrutura de protecção civil sobre os trabalhos preparativos e de resposta ao tufão "Mangkhut". Esses responsáveis receberam instruções para se empenharem nas medidas de contingência, se mobilizarem de forma séria na sua execução e adoptarem, desde já, um espírito combativo que antecipe o pior dos cenários.

O líder do Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) exortou a um trabalho conjunto para a organização adequada dos trabalhos de combate ao "Mangkhut" e afirmou ainda que o Executivo irá proteger, com firmeza, a cidade e toda a população, sendo os trabalhos prioritários a garantia da vida e da segurança das pessoas. Na reunião desta tarde, presidida por Chui Sai On, estiveram presentes o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, o comandante-geral dos Serviços de Polícia Unitários e comandante de acção conjunta da estrutura de protecção civil, Ma Io Kun, o director-geral‎ dos Serviços de Alfândega, ‎Vong Iao Lek, e os representantes dos 29 membros da estrutura da protecção civil.

Depois de ouvir as intervenções de Wong Sio Chak, Ma Io Kun e do responsável dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG), Chui Sai On disse que tem seguido atentamente as informações que lhe foram chegando da protecção civil e dos SMG, que apontam para um grande impacto do tufão "Mangkhut" no território. A situação exige, portanto, uma resposta séria da parte de Macau e implica uma revisão e reforço dos trabalhos já em curso, acrescentou.

Chui Sai On indicou ainda que o governo tem, nos últimos tempos, atribuído grande importância aos trabalhos de prevenção e de redução de danos provocados por calamidades. Segundo o mesmo responsável, o Executivo está agora em alerta máximo e já procedeu a melhorias, dentro do possível, que envolveram um grande volume de trabalho. Além disso, salientou que a protecção de todos os habitantes e da cidade só pode ser assegurada com o empenho de toda a sociedade, com confiança e havendo colaboração na coordenação dos trabalhos do governo, exortando assim a uma união em força para se enfrentarem os desafios que possam surgir com as catástrofes naturais.

O Chefe do Executivo exorta a sociedade a ter cuidados redobrados e a tomar as devidas precauções. Mas apela também à calma e pede às pessoas para não entrarem em pânico, indicando que o mais importante é que vão seguindo as informações divulgadas pelo governo e adoptem as recomendações transmitidas.

De acordo com o mesmo responsável há vários trabalhos que devem ser realizados e seis aspectos a ter em conta. O primeiro passa pelo empenho na resposta, por uma atitude séria na organização dos trabalhos e pela adopção de um espírito de combate, pelos membros da estrutura da protecção civil face ao perigo colocado pelo "Mangkhut", devendo estes estar preparados para o pior dos cenários e manter-se nos seus postos para haver um trabalho conjunto de combate ao fenómeno meteorológico.

A par disso, deve existir um reforço na monitorização dos trabalhos de previsão e um acompanhamento constante da trajectória do "Mangkhut". Os SMG e os restantes serviços deverão intensificar a cooperação entre si na análise à evolução da situação e estar preparados para partilhar, a qualquer momento, informações com os serviços homólogos da China interior, Hong Kong e outras entidades internacionais da área. Essa troca de dados e a monitorização mútua do tufão irão permitir elevar o nível de rigor das previsões, devendo os esforços culminar igualmente na extensão do período de previsão que dará a Macau dados fiáveis para o combate ao fenómeno.

O terceiro ponto refere a necessidade de se intensificar a campanha de sensibilização para o tufão, com uma actualização sistemática e frequente das informações. Os diversos serviços devem utilizar igualmente todos os meios ao seu alcance para levar essas informações até ao público. As acções de sensibilização devem alertar a população e turistas para a importância de tomarem medidas de segurança de forma antecipada.

Chui Sai On destacou também a relevância da coordenação dos trabalhos de combate a inundações e marés altas, com a garantia do normal funcionamento de toda a cidade através de um reforço de equipamentos. Quanto aos equipamentos relacionados com o abastecimento de água, electricidade e de telecomunicações, têm de ser fiscalizados e protegidos de modo a assegurar-se o seu regular funcionamento. Simultaneamente, deve-se atribuir máxima atenção à eficácia das estruturas que impedem o deslizamento de terras e ao perigo de colapso de edifícios velhos, assim como ocorrência de desastres subsequentes como a queda de árvores nas ruas mais arborizadas de Macau.

No quinto ponto, o Chefe do Executivo disse que deve persistir o princípio de ter por base a população, evitando-se o perigo com a execução adequada dos trabalhos. É importante a boa preparação para a evacuação das zonas baixas da cidade em situações de “Storm Surge”, com os 16 centros de acolhimento de emergência plenamente prontos para o alojamento adequado de cidadãos, especialmente para prestar cuidados aos grupos mais vulneráveis.

Por último, ainda no âmbito do reforço da sensibilização por parte dos serviços competentes, espera-se uma intensificação da consciencialização dos cidadãos para as acções de prevenção de catástrofes. Esses serviços devem ainda tomar medidas oportunas para o controlo do tráfego, para o encerramento de áreas consideradas perigosas e dos parques de estacionamento subterrâneo, e colocarem com antecedência os sinais de aviso e alerta, bem como orientarem os cidadãos para se prevenirem de desastres e fugirem aos perigos.

Na reunião, o director substituto dos SMG, Tang Iu Man, afirmou que, nos próximos três a quatro dias, o “Mangkhut” deverá movimentar-se para oés-noroeste, sendo reduzidas as mudanças face à previsão realizada ontem. Referiu ainda ser elevada a possibilidade do tufão atingir directamente as Filipinas, no sábado, entrando logo de seguida no Mar do Sul da China e afectando Macau com mais intensidade no domingo. Mas, o mesmo responsável evidenciou também a forte possibilidade do super tufão, ao chegar à zona da península de Leizhou e Zhanjiang se afastar de Macau, provocando um impacto menor do que inicialmente previsto.

Tang Iu Man disse ainda acreditar que, apesar das previsões do SMG sofrerem pequenas alterações e de actualmente os ventos máximos no centro do tufão rondarem os 240 km/h, a passagem pelas Filipinas irá enfraquecer a sua intensidade. Contudo, o mesmo poderá ainda sustentar uma força de 200 km/h, o que mantém não só o nível de super tufão como a ideia de que não se deve negligenciar o seu impacto em Macau.

Antes de terminar a reunião, Wong Sio Chak reiterou, junto dos membros da estrutura de protecção civil, a importância de uma divulgação mais atempada, frequente e eficaz de informações relacionadas com o tufão, especialmente nos pontos que respondem às preocupações da população. Ao mesmo tempo, insistiu, junto dos serviços e membros da estrutura de protecção civil, na necessidade de rever o mecanismo e as directrizes já existentes e avaliá-las, aperfeiçoá-las de forma constante. Os equipamentos devem estar igualmente em ordem para o pessoal poder operá-los eficazmente.

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