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Governo faz balanço sobre os trabalhos de protecção civil

Governo faz balanço sobre os trabalhos de protecção civil

O secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, acompanhado com outros representantes dos membros da Estrutura de Protecção Civil, fez, na noite do dia 16 de Setembro, no Centro de Operações de Protecção Civil, um balanço sobre os trabalhos de protecção civil realizados durante a passagem do tufão Mangkhut e apresentaram os que serão executados depois de baixados ou cancelados todos os sinais de tempestade tropical.

A apresentação do balanço contou a presença do comandante-geral dos Serviços de Polícia Unitários e comandante de acção conjunta da estrutura de protecção civil, Ma Io Kun, do director dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos, Raymond Tam, do presidente do Conselho de Administração do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, José Tavares, do director dos Serviços para os Assuntos de Tráfego, LamHin San, e do gestor do centro de despacho do sistema da direcção e da rede de energia eléctrica da CEM, Charles Leong.

Na ocasião,Wong Sio Chak indicou que tal como o tufão “Hato”, que afectou Macau no ano passado, o “Mangkhut” é uma calamidade naturalgrave que teve impacto no território, e que levou ao içar do sinal no 10 de tempestade tropical, mantendo-se por nove horas, período mais longo de tempo registado desde 1968. Acrescentou que, embora a chegada deste tufão tenha afectado seriamente Macau, os vários serviços e toda a população mostraram um progressoóbvio em como responderam a esta calamidade, depois de um ano de preparação, nomeadamente o mecanismo de emergência, coordenação departamental, consciência e capacidade de resposta a tufão e eficiência na divulgação de informação.

O mesmo responsável disse ainda que, sob a liderança do Chefe do Executivo, os vários serviços públicos, o Centro de Protecção Civil, os membros da referida estrutura, bem como, toda a população, uniram-se e apoiaram-se mutuamente para enfrentar de forma eficiente este tufão, a fim de reduzir, ao máximo, vítimas e prejuízos materiais e, por isso, agradece sinceramente o apoio e a participação dos cidadãos.

Wong Sio Chak referiu ter sido decidido que, assim que fosse cancelado o sinal no8, o pessoal dos cincos serviços da sua tutela e do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais iniciariam as acções de limpeza de obstáculos e de barreiras, para tentar a abrir as ruas principais, antes da manhã do dia 17 (segunda-feira), numa cooperação com as associações cívicas e vários sectores profissionais, no sentido de recuperar, o mais breve possível, a normalidade da cidade e a vida dos residentes.

Por sua vez, o comandante-geral dos Serviços de Polícia Unitários e comandante de acção conjunta da estrutura de protecção civil, Ma Io Kun, indicou que, até às 21h00 do dia 16 (Domingo), o COPC registou135 consultas de informação, 182 incidentes e 18 feridos. Relativamente à evacuação das zonas baixas, os cincos serviços da área de segurança transportaram 5650 pessoas a residir em pisos baixos, e os centros de abrigo registaram um total 1280 pessoas. Foram ainda verificados19 casos de cobrança excessiva de tarifa, oito casos de recusa de transporte, dois casos de exploração ilícita de serviço de táxi.

Quanto ao balanço sobre os trabalhos actuaisde protecção civil, o mesmo responsável considerou que a população está mais consciencializada para a prevenção e que a capacidade de resposta é mais elevada, ao conseguir obter antecipadamente informação para tomar as devidas medidas de precaução e preparação. Por essa razão considera que a situação da cidade e ordem pública foi boa. Além disso, as medidas de protecção civil em resposta ao tufão e às condições de“Storm Surge”alcançaram os resultados previstos, protegendo efectivamente a segurança e bens dos cidadãos, porém, a ameaça do tufão ainda não desapareceu, o que leva ao empenho de todos os membros da estrutura de protecção civil em continuar a esforçar-se para garantir a segurança da população.

Na mesma ocasião, director dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos, Raymond Tam, explicou que o Tufão“Mangkhut” estava a cerca de 200 km a oeste do território, a mover-se para o interior do continente e a enfraquecer. No entanto, aregião iria continuar a ser afectada poraguaceiros e ventos fortes, prevendo-se, assim, a manutenção do sinal n. 8 por mais algumtempo. Indicou a possibilidade do mesmo sersubstituído, na madrugada do dia 17, pelo sinal n. 3. Revelou ainda que as inundações mais graves registaram-se, entre as15h00 e as17h00 do dia 16, nomeadamente no Porto Interior com o nível da água a chegar aoscerca de 1,9 metros, tendo começado a descer posteriormente de forma gradual, prevendo-se que recuaria por completopor volta das 23h00.

O presidente do Conselho de Administração do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, José Tavares, garantiu que o IACM iria iniciaros trabalhos de limpeza de obstáculos, de barreiras e de lixos, assim que o sinal baixasse para o sinal n.3. Contudo, apela aopúblico para reservar em casa os lixos domésticosque podem ser colocados, a partir das 07h30 do dia 17, nos 45 pontos de recolha de lixo, e outros depósitos de lixos fechados e contentores de compressão de lixo, a fim de tornar mais rápido e facilitar o processo de recolha.

Por último, odirector dos Serviços para os Assuntos de Tráfego, Lam Hin San, referiu que dos44 auto-silos públicos, sob a tutela da DSAT, nove foramafectados ligeiramente, ou seja, as novas comportas contra inundações surtiram efeito, e entrou pouca água, portanto, assim que o tufão passar e for seguro, a DSAT e as empresas de gestão irão proceder àsreferidas inspecções e reparações, com o objectivo de reabrir ao público, o mais breve possível.

Acrescentou que na altura do tufão Hato, mais de 80 semáforos foram afectados, e desta vez forammais de 20, os quais serão recuperados pelosserviços competentes, assim quepossível, com o objectivo do trânsito regressar ànormalidade. Quanto aos autocarros, o mesmo responsável indicou que, considerando a experiência do tufão Hato, durante o qualde 1/4 do total de autocarros foi afectado, desta vezcerca de 900 autocarros foram colocadosem lugarmais seguro.

Entretanto, o gestor do centro de despacho do sistema da direcção e da rede de energia eléctrica da CEM, Charles Leong, indicou que depois de içado o sinal do tufão, a CEM fiscalizou de perto o nível da água, não tendo registado grande impacto no fornecimento de electricidade a Macau, durante a manhã do dia 16 (Domingo). No entanto, por volta do meio-dia a CEM verificou que o nível da água começou a atingir a linha de alerta, e por isso para garantir a segurança pública e das instalações públicas, com o objectivo de restabelecer o fornecimento de electricidade o mais rápido possível depois da drenagem da água, decidiu executar, pelas 13h00, medidas de contingência que implicaram a suspensão de fornecimento de energia eléctrica, o que afectou 20 mil clientes entre às 13h00 e 15h30. Entretanto, cerca das 20h00, a equipa de reparação da CEM deslocaram-se às zonas onde tinha sido imposta a suspensão de electricidade para procederem ao seu restabelecimento, revelando que um dos postos de transformação de electricidade já está a funcionar e que os trabalhos vão continuar durante a noite para restabelecer por completo o fornecimento de electricidade.

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