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Cigarros electrónicos podem conter ingredientes ilegais e não identificados – Serviços de Saúde


Os Serviços de Alfândega do Porto de Jiuzhou de Zhuhai detectaram que um dos componentes de um óleo destinado aos cigarros electrónico era marijuana. Tendo em conta esta situação os Serviços de Saúde consideram ser importante alertar a população que não deve usar cigarros electrónicos pois os mesmos podem por em risco, além da sua saúde, a sua vida e conter substancias ilegais.

Após a entrada em vigor das alterações à Lei n° 5/2011 sobre o Regime de prevenção e controlo do tabagismo, que ocorreu em 01 de Janeiro de 2018, definiu que o cigarro electrónico consiste num produto, ou qualquer componente desse produto, que pode ser utilizado para inalar vapor, com ou sem nicotina, por meio de boquilha, incluindo um cartucho, um reservatório, bem como o dispositivo sem cartucho ou reservatório e integrado na área de regulação.

Em Macau, actualmente, a venda de cigarros electrónicos é proibida, além da publicidade e promoção serem limitadas.

Utilizar o cigarro electrónico nas áreas onde é proibido fumar também é considerada infracção. Os produtos de tabaco aquecidos e não queimados (por exemplo:IQOS) possuem as mesmas características estruturais definidas pela lei para cigarros electrónicos pois satisfazem a definição de cigarros electrónicos de Macau, portanto são regulados pela legislação existente.

Popularização do cigarro electrónico causa preocupação

Segundo a Organização Mundial da Saúde a utilização do cigarro electrónico está a crescer de forma súbita, o que é preocupante. Aliás os números de utilização mundial de cigarro electrónico apontam para um crescimento gradual e popular junto das camadas mais jovens. Também o “Estudo Sobre o Consumo do Tabaco pelos Jovens de Macau 2015”, evidencia que taxa de consumo de produtos de tabaco, nos últimos 30 dias, entre jovens com idades compreendidas entre os 13 e os 15 anos, aponta para uma utilização de 2,7% de cigarros convencionais e de 2.6% para cigarros electrónicos números que também merecem atenção.

Os fornecedores para aumentar os clientes e para promover o consumo de tabaco particularmente junto dos jovens e dos não fumadores, estão a transformar alguns cigarros electrónicos em formas atractivas, como brinquedos ou rebuçados, com menções a diferentes sabores, induzindo os consumidores à compra. Estes produtos empregam, ainda, palavras deslumbrantes e exageradas de marketing para enganar os consumidores, e até mesmo cobrir seus potenciais riscos à segurança e à saúde com palavras como “menos prejuízo”

Cigarros electrónicos contêm substâncias nocivas

De facto, o cigarro electrónico não é composto, unicamente por vapores ou fumo para ser inalado. A composição do dissolvente ou das preparações do cigarro electrónico é complexa e incluem diferentes substâncias tais como a nicotina, propilenoglicol, formaldeído ou acetaldeído, dietilenoglicol, cotinina, anabasina, nitrosaminas, todas elas com potenciais riscos para a saúde. O vapor produzido pelo cigarro electrónico (aerossol de primeira ou segunda mão) contém uma porção de substâncias tóxicas (por exemplo, glioxal e formaldeído), metais pesados (chumbo, crómio, e níquel, entre outros), propano-1,2-diol, alguns compostos orgânicos voláteis, e nicotina. Elementos que podem ter efeitos na saúde dos utilizadores e de outras pessoas.

Os cigarros electrónicos não ajudam à cessação tabágica

Alguns fabricantes de cigarros electrónicos alegam que o consumo do seu produto é mais seguro e que prejudica menos do que o consumo do cigarro, ou aproveitam a “cessação tabágica”, para atrair os fumadores que tenham vontade de cessar o tabagismo para passarem a consumir o cigarro electrónico. Contudo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que neste momento ainda não há provas suficientes que evidenciem que o cigarro electrónico possa ajudar eficazmente a cessação tabágica. Aliás, a OMS indica que os jovens que nunca fumaram, após o consumo de cigarro electrónico, a probabilidade de fumar pode duplicar. Os cigarros electrónicos são considerados um passo para o consumo de produtos de tabaco, o que leva aos jovens ao aumento de probabilidade no consumo de cigarros tradicionais.

Os cigarros electrónicos como objecto de consumo de drogas

Actualmente, não existem os padrões de substâncias de cigarros electrónicos (óleo de cigarro electrónico e cartucho). Cada fabricante tem a sua concepção e substâncias de produtos de tabaco, há grandes diferenças. A qualidade de prate dos produtos pode ser considerada boa mas há uma outra parte que é má, além de que a composição e concentração do material são desconhecidas. Nos últimos anos, tem sido detectado que há pessoas que aproveitam os cigarros electrónicos, de forma ilegal, para ser o objecto de consumo de drogas.

Segundo o relatório publicado pelo Journal Pediátrico JAMA (JAMA Pediatrics), foi realizado um inquérito em 2016, no qual que um quarto de mais de 20.000 estudantes americanos, com a idade superior a 12 anos, tinha consumido os produtos contidos cannabis e tetrahidrocanabinol (THC), através dos cigarros eletrónicos. O THC é a principal substância psicoativa dos ingredientes da cannabis, que a dependência é fácil. Após esse consumo, pode causar grave dano ao cérebro de jovens, afectando a aprendizagem e a memória.

Os Serviços de Saúde frisam que quer o cigarro electrónico quer os cigarros tradicionais também contém substâncias nocivas que põem em risco à saúde das pessoas. Mais, o cigarro electrónico não foi reconhecido como um método de cessação tabágica segura e a probabilidade dos jovens que utilizam os cigarros electrónicos poderem vir a fumar é elevada. Além disso, os Serviços de Saúde alertam os jovens que a maioria dos cigarros electrónicos possuem uma bateria (pilha) situação que em alguns modelos provocou explosões e originou, muitos ferimentos graves aos utilizadores.

Os Serviços de Saúde apelam aos sectores da sociedade que devem afastar-se do tabagismo, com o mais cedo possível de cessação tabágica, no sentido de assegurar a saúde própria e as pessoas ao seu redor.



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