A Autoridade Monetária de Macau (AMCM) subiu hoje (27 de Setembro de 2018), em 25 pontos-base, a taxa de redesconto, para 2,5%. Nesta conformidade, a taxa de juro subiu, pela terceira vez, desde o início do ano.
Atendendo à indexação da Pataca (MOP) ao Dólar de Hong Kong (HKD) e, com a finalidade de salvaguardar o funcionamento eficaz do regime de indexação cambial da MOP ao HKD, é justificada a uniformização, em princípio, da evolução da política de taxas de juro. Assim, a AMCM seguirá a subida de 25 pontos-base da taxa de juro indicadora, anunciada pela “Hong Kong MonetaryAuthority”. O ajustamento da taxa de juro, em Hong Kong, resultou, de igual modo, do regime de indexação do HKD ao Dólar americano (USD), na medida em que a Reserva Federal dos Estados Unidos da América (EUA) tomou a decisão, em 26 de Setembro (hora dos EUA), de subir em 25 pontos-base a taxa de juros indicadora.
Considerando que a taxa de juro básica aumentou em 50 pontos-base no primeiro semestre deste ano, a taxa de juro do mercado monetário local mostrou uma tendência ascendente relativamente notória. Em resposta às mudanças no mercado financeiro e à tendência prevista dos custos de capital, as taxas de juro nas categorias de depósitos individuais aumentaram recentemente, pelo que se prevê o ajustamento gradual por parte dos bancos locais das taxas de juro ao nível de retalho, incluindo as taxas de juro de empréstimos.
O Governo da RAEM reitera que o aumento de taxa de juro de empréstimo fará, no futuro, aumentar os encargos financeiros dos créditos, especialmente em empréstimos hipotecários com denominações relativamente grandes. Assim, os cidadãos devem ponderar com prudência sobre a sua própria capacidade de reembolso dos empréstimos, antes de decidir contrair quaisquer empréstimos. Por outro lado, o sector bancário de Macau deve proceder à avaliação da sua situação de funcionamento, face aos impactos emergentes da evolução das taxas de juro, assegurando uma boa gestão dos potenciais riscos.