O Chefe do Executivo, Chui Sai On, afirmou, hoje (18 de Outubro), durante um encontro com os convidados principais da XXIII edição da Feira Internacional de Macau (MIF) e da Exposição de Serviços e Produtos dos Países de Língua Portuguesa 2018 (PLPEX 2018), que Macau vai desenvolver da melhor forma as vantagens de «Um centro» e «Uma plataforma», o papel de promotor e de coordenador, para além de desempenhar activamente a função de ponte entre a China e os países lusófonos, no sentido de ajudar todos a aproveitarem as novas oportunidades de cooperação e desenvolvimento.
Chui Sai On, que começou por dar as boas-vindas aos convidados em nome do Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), salientou que o território reúne várias características singulares, beneficia das vantagens institucionais de «um país, dois sistemas» e de um bom ambiente socioeconómico, e, por isso, espera que os convidados possam explorar oportunidades de cooperação através da Feira.
Recordou que Macau criou a Comissão para a Construção do Centro Mundial de Turismo e Lazer, a Comissão para o Desenvolvimento da Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa e a Comissão de Trabalho para a Construção de «Uma Faixa, Uma Rota», destacando a intenção de proceder, de forma ordenada, aos respectivos trabalhos, através de um planeamento e criação de mecanismo. Acredita que, ao longo do processo de pôr em prática o desenvolvimento contínuo e das diferentes fases de diversificação económica de Macau, existe um amplo espaço que permite desenvolver a cooperação mútua do território com as cidades e províncias do continente e diferentes países e regiões.
Moçambique é este ano o país parceiro da MIF e o ministro da Indústria e Comércio do país, Ragendra Berta de Sousa, agradeceu ao Governo da RAEM o convite para a participação nesta exposição, considerando que, através da plataforma de Macau, Moçambique pode fortalecer a cooperação com todos os países do mundo e promover adequadamente os seus produtos. Ragendra Berta de Sousa disse ainda esperar, com esta deslocação a Macau, um reforço da cooperação de Moçambique com os países de língua portuguesa, a China interior e as duas Regiões Administrativas Especiais, para haver um alargamento conjunto do mercado.
Em termos de província parceira, a escolha recai este ano sobre Fujian. O vice-governador executivo do Governo Popular da Província de Fujian, Zhang Zhinan, afirmou ter ficado honrado com o convite para organizar uma delegação para a MIF e salientou que o Chefe do Executivo e o Governo da RAEM têm promovido activamente a cooperação entre as duas partes. O responsável lembrou que, no ano passado, durante a visita de Chui Sai On a Fujian, foi discutida a participação de Macau e daquela região na construção do projecto “Uma Faixa, Uma Rota”, tendo-se conseguido uma cooperação em vários domínios e alcançado importantes consensos. E realçou ainda que o secretário do comité provincial de Fujian do PCC, Yu Weiguo, liderou, nos últimos dias, uma delegação de Fujian a Macau, a qual conseguiu obter resultados frutíferos, dinamizando a cooperação bilateral e elevando-a a um outro nível. Além disso, Zhang Zhinan disse esperar que a participação conjunta na construção de “Uma Faixa, Uma Rota” possa desenvolver da melhor forma o papel de ponte entre Fujian e Macau e expandir activamente o comércio com os países de língua portuguesa, em prol de benefícios mútuos.
O encontro contou a presença do director do Gabinete de Ligação do Governo Central na RAEM, Zheng Xiaosong, da comissária do Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros na RAEM, Shen Beili, do vice-governador da província de Jiangsu, Wang Jiang, do subdirector da Comissão Nacional dos Assuntos Étnicos da República Popular da China, Li Chang Ping, vice-presidente do Conselho para a Promoção do Comércio
Internacional da China, Zhang Shenfeng, do conselheiro de segurança nacional e ministro do gabinete do Governo de Myanmar, Thaung Tun, e do ministro da electricidade, indústria, transportes e comunicações de Myanmar, Daw Nilar Kyaw. Estiveram ainda presentes os embaixadores em Pequim de Angola, João Salvador Neto dos Santos, de Cabo Verde, Tânia Romualdo, da Guiné-Bissau, Malam Sambu, de Moçambique, Maria Gustava, de São Tomé e Príncipe, Isabel Maya Jesus da Graça Domingos, e de Timor-Leste, Bendito Freitas, assim como o cônsul-geral de Myanmar na RAEHK, Myat Thuzar Than, e a Conselheira Económica e Comercial do Consulado Geral de Portugal em Macau, Maria João Bonifácio.
Da parte de Macau, participaram o secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, o chefe do gabinete do Secretário para a Economia e Finanças, Teng Nga Kan, o director do Gabinete de Comunicação Social, Victor Chan, e o presidente do Conselho de Administração do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau, Cheong Chou Weng.
Ver galeria