Organizado conjuntamente pela Agência para a Promoção de Investimento e Exportações de Moçambique (APIEX), pelos Serviços do Comércio da Província de Fujian e pelo Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), o “Fórum para o Comércio e o Investimento entre Moçambique, Província de Fujian e Macau”, que teve lugar hoje (dia 18), atraiu cerca de 300 representantes governamentais, empresariais e de associações comerciais, tendo sido celebrados, no total, 8 protocolos de projectos de cooperação no decorrer do Fórum.
O Ministro da Indústria e Comércio de Moçambique, Dr. Ragendra Berta de Sousa, recordou, na sua intervenção, que Moçambique é um país rico em recursos agrícolas, minerais, piscatórios e de gás natural, os quais são considerados áreas com grande potencialidade de investimento. O Ministro referiu ainda que se espera poder aperfeiçoar as infra-estruturas nacionais, no sentido de estabelecer uma ligação entre as regiões do Sul e do Norte através da construção de vias rodoviárias e fluviais, com o objectivo de facilitar a circulação de mercadorias. O Ministro manifestou ainda a sua esperança na expansão das oportunidades de investimento, de cooperação e de intercâmbio com a China.
O Vice-Governador Executivo do Governo Popular da Província de Fujian, Dr. Zhang Zhinan, indicou que, nos últimos anos, a Província de Fujian e Macau têm-se integrado, activamente, na implementação da iniciativa “Uma Faixa, Um Rota”, assinando um conjunto de acordos de cooperação em matéria de economia e comércio, convenções e exposições, entre outros. Espera-se que a Província de Fujian se empenhe em reforçar trocas comerciais com os Países de Língua Portuguesa, tais como Moçambique, através de Macau enquanto plataforma sino-lusófona. Espera-se também que se empenhe em promover as vantagens complementares de todas as partes quanto a recursos e estrutura industrial, em impulsionar a cooperação nas áreas de pesca, de construção, de infra-estruturas e de exploração de recursos e em criar mais novos pontos de crescimento económico.
O Secretário para a Economia e Finanças do Governo da RAEM, Dr. Leong Vai Tac, frisou que, servindo de plataforma sino-lusófona, Macau continuará a desempenhar o papel singular de ponte de ligação, de acordo com as necessidades do país e do desenvolvimento local. Por um lado, Macau esforça-se por auxiliar as províncias e cidades do Interior da China, tais como a Província de Fujian, a ampliarem, de forma mais aprofundada, o mercado dos Países de Língua Portuguesa, e a estreitarem os contactos com o continente africano por via de Moçambique, com o objectivo de alargar efectivamente a cooperação económica e comercial no estrangeiro; por outro lado, Macau irá empenhar-se, activamente, em ajudar as empresas dos Países de Língua Portuguesa, tais como Moçambique, a organizarem encontros com a Província de Fujian e as regiões vizinhas, para que tais empresas expandam os seus horizontes, encontrem um mercado chinês maior e concretizem o desenvolvimento sustentável e a diversificação adequada da economia local, em simultâneo com o reforço da cooperação multilateral e diversificada.
No decorrer do Fórum, foram celebrados, no total, oito protocolos de projectos de cooperação nas áreas de serviços médicos, medicamentos tradicionais chineses, tecnologia, protecção do meio ambiente, etc., sobretudo entre Macau e a Província de Fujian, e entre Moçambique e a Província de Fujian, assim como entre as empresas, associações comerciais e instituições académicas dos três territórios. A par disso, o Presidente do IPIM, Dr. Jackson Chang, o Director dos Serviços do Comércio da Província de Fujian, Dr. Wu Nanxing, e o Director-Geral da Agência para a Promoção de Investimento e Exportações de Moçambique (APIEX), Dr. Lourenço Sambo, explicaram aos participantes os respectivos ambientes de negócios e as vantagens singulares dos três territórios.
Na Sessão de Análise de Mercados, os representantes empresariais e institucionais dos três territórios discutiram as novas oportunidades de negócio sino-lusófonas, e todos concordaram quea cooperação económica e comercial entre a China, Macau e Moçambique baseia-sena complementaridade dos recursos vantajosos próprios. Moçambique possui recursos abundantes de gás natural, a China, por sua vez, dispõe de tecnologia avançada em termos de exploração de recursos e de infra-estruturas, enquanto que Macau, servindo de Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, possui as vantagens inatas da língua e do sistema jurídico, entre outros, pelo que se pode promover o estabelecimento dos laços de amizade entre os três territórios. Acredita-se que o futuro estreitamento do intercâmbio e da cooperação entre todas as partes contribuirá para a concretização da prosperidade económica conjunta e do desenvolvimento de benefícios mútuos.
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