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Chefe do Executivo e ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal presidem à 5ª Reunião da Comissão Mista

Chefe do Executivo, Chui Sai On, e ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Augusto Santos Silva, presidem à 5ª Reunião da Comissão Mista Macau-Portugal.

O Chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), Chui Sai On, e o Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Augusto Santos Silva, presidiram à 5ª Reunião da Comissão Mista Macau-Portugal, que se realizou esta manhã (20 de Outubro), na Sede do Governo. Durante o encontro, as partes fizeram uma análise retrospectiva dos resultados da cooperação nas áreas da educação, língua e cultura, bem como no sector comercial. O encontro serviu, por outro lado, para uma abordagem às perspectivas de desenvolvimento.

Na reunião, o chefe da delegação da RAEM, Chui Sai On, disse que o governo local atribui muita importância às relações com Portugal e pretende promover a cooperação bilateral, com pragmatismo, envidando esforços para que Macau se torne na ponte entre a China e os países de língua portuguesa. Na breve apresentação que fez sobre o desenvolvimento geral do território referiu que a RAEM segue na direcção da criação de um “Centro Mundial de Turismo e Lazer” e de uma “Plataforma de Serviços para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa”. E vai empenhar-se em participar na construção da “Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”, bem como na iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, acelerando, assim, a sua integração na conjuntura de desenvolvimento do país.

O Chefe do Executivo também falou da vontade de reforço da cooperação em matéria de relações internacionais, de modo a elevar-se a capacidade e influência internacional. Macau irá aproveitar essa oportunidade para ultrapassar os desafios e, através da parceria portuguesa, concretizar o desenvolvimento que se deseja benéfico para ambos os lados.

Por sua vez, Augusto Santos Silva referiu a importância da Comissão Mista Macau-Portugal, realçando que é a quinta em sete anos, desde a primeira realizada em 2011, o que prova a intensidade e excelência dos contactos bilaterais entre os dois governos. O ministro espera ainda que Portugal possa concretizar os assuntos definidos na reunião de hoje.

O mesmo responsável recordou que no próximo ano será celebrado o quadragésimo aniversário das relações diplomáticas entre a República Popular da China e a República de Portugal, uma data que se reveste de grande importância. Augusto Santos Silva destacou igualmente os laços profundos entre as duas partes, nomeadamente na área da economia e comércio, indicando que, quer no comércio, quer no investimento, a relação com a República Popular da China tem sido decisiva, tendo sido alcançados resultados frutíferos.

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal também salientou que no ano de 2019 são igualmente assinalados os 20 anos da transferência da Administração, isto é, do regresso de Macau plenamente à sua mãe pátria. E no quadro de relacionamento excelente entre a República Popular da China e a República Portuguesa, Augusto Santos Silva sublinhou os laços específicos entre Portugal e Macau, derivados da intensidade de cooperação recíproca. E fez votos para que a reunião da comissão mista venha a contribuir para a promoção dessas relações e respectivo desenvolvimento.

Durante a reunião, os dois responsáveis abordaram temas relacionados com a educação, língua e cultura, com o desenvolvimento económico e o empreendedorismo jovem. Também fizeram uma análise dos resultados da cooperação obtidos até agora e, olhando para o futuro, trocaram opiniões sobre novas formas de desenvolvimento.

De seguida, num balanço sobre a 5ª Reunião da Comissão Mista Macau-Portugal, Chui Sai On afirmou que foram alcançados resultados positivos em termos de cooperação. O Chefe do Executivo da RAEM frisou ainda a importância da existência de professores de língua portuguesa no território, o que possibilitará, no âmbito da “Plataforma de Serviços para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, reforçar o ensino da língua portuguesa, tornando Macau numa base de formação de quadros qualificados nesse idioma.

Em simultâneo, o governo tem incentivado os jovens de Macau a virarem atenções para as indústrias mais inovadoras e no futuro irá apoiá-los em deslocações a Portugal, com as quais poderão procurar oportunidades ao nível do empreendedorismo. Por outro lado, Chui Sai On acrescentou que, no que concerne à cooperação nas áreas tecnológica e de protecção de consumidores, Macau e Portugal registaram avanços positivos. Considerou ainda que a reunião teve resultados bastante satisfatórios e espera que, de acordo com o mecanismo de cooperação, se possa definir o mais brevemente possível a data da próxima reunião, para que haja uma boa preparação em prol de efeitos pragmáticos. Já Augusto Santos Silva disse que, além da solidificação dos resultados da cooperação, no futuro tem de se construir o “palco” para que responsáveis de cada uma das áreas possam desempenhar o seu papel.

Estiveram presentes na 5ª Reunião da Comissão Mista Macau-Portugal, a chefe do Gabinete do Chefe do Executivo, O Lam, o director do Gabinete de Comunicação Social, Victor Chan, a coordenadora do Gabinete de Protocolo, Relações Públicas e Assuntos Externos, Lei Ut Mui, a chefe da Delegação Económica e Comercial de Macau, em Lisboa, O Tin Lin, o coordenador do Gabinete de Apoio ao Ensino Superior, Sou Chio Fai, o presidente do Instituto de Promoção do Comércio e Investimento de Macau, Jackson Chang, o director dos Serviços de Economia, Tai Kin Ip, e a presidente do Instituto Cultural, Mok Ian Ian.

Já a delegação portuguesa contou com o embaixador de Portugal em Pequim, José Augusto Duarte, o secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, o cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Paulo Cunha Alves, o director-geral de Política Externa do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Pedro Costa Pereira, e o presidente do Conselho de Administração da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, Luís Castro Henriques.

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