A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) disponibiliza os resultados do Inquérito às Necessidades de Mão-de-obra e às Remunerações referentes ao terceiro trimestre de 2018. O âmbito estatístico deste trimestre engloba as “indústrias transformadoras”, os “hotéis”, os “restaurantes e similares”, os “seguros”, as “actividades de intermediação financeira”, a “produção e distribuição de electricidade, gás e água”, as “creches” e os “serviços de idosos”. Todavia, o objecto estatístico exclui os trabalhadores por conta própria, os mediadores e os agentes não directamente vinculados às companhias de seguros.
No fim do terceiro trimestre de 2018 laboravam nos “hotéis” 58.255 trabalhadores a tempo completo, registando-se um acréscimo de 6,8%, em relação ao fim do trimestre homólogo de 2017. Em Setembro deste ano a remuneração média (excluindo as participações nos lucros e os prémios) destes trabalhadores correspondeu a 18.040 Patacas, mais 4,9%, em termos anuais. Os “restaurantes e similares” empregavam 25.384 trabalhadores a tempo completo (-1,9%, em termos anuais), cuja remuneração média se cifrou em 9.790 Patacas (+5,5%).
As “indústrias transformadoras” empregavam 9.544 trabalhadores a tempo completo (-3,2%, em termos anuais), cuja remuneração média foi de 11.750 Patacas (+9,5%). Laboravam na “produção e distribuição de electricidade, gás e água” 1.118 trabalhadores a tempo completo, número idêntico ao do trimestre homólogo do ano transacto. A remuneração média destes trabalhadores fixou-se em 32.190 Patacas, menos 6,0%, em termos anuais.
Nos “seguros” laboravam 594 trabalhadores a tempo completo (+6,5%, em termos anuais), cuja remuneração média alcançou 27.570 Patacas (+3,1%). Havia nas “actividades de intermediação financeira” 412 trabalhadores a tempo completo (+2,0%, em termos anuais), cuja remuneração média atingiu 14.770 Patacas (-1,7%).
As “creches” e os “serviços de idosos” empregavam 1.473 trabalhadores a tempo completo (+4,5%, em termos anuais) e 810 trabalhadores a tempo completo (+7,7%), respectivamente, cujas remunerações médias foram de 15.320 Patacas (+4,4%) e 15.610 Patacas (+10,9%), respectivamente.
Relativamente ao número de vagas, no fim do terceiro trimestre do corrente ano existiam 2.436 postos vagos nos “hotéis” e 2.319 nos “restaurantes e similares”, tendo-se registado crescimentos de 215 e 147 vagas, respectivamente, face ao fim do trimestre homólogo do ano passado. Por seu turno, apenas o nível académico inferior ou equivalente ao ensino secundário geral foi requerido em 75,8% e 57,1% dos postos vagos das “indústrias transformadoras” e dos “serviços de idosos”, respectivamente. O domínio do inglês foi exigido em todas as vagas das “actividades de intermediação financeira”. O mandarim e o inglês foram requeridos em 72,6% e 42,9% das vagas dos “hotéis”, respectivamente.
Durante o trimestre de referência, nos “hotéis” a taxa de recrutamento de trabalhadores (6,4%) e a taxa de rotatividade de trabalhadores (5,2%) cresceram 0,3 e 0,5 pontos percentuais, respectivamente, em termos anuais, reflectindo que os recursos humanos foram relativamente estáveis neste ramo de actividade económica. Nos “restaurantes e similares” a taxa de rotatividade de trabalhadores (5,7%) desceu 0,8 pontos percentuais, em termos anuais, enquanto a taxa de vagas (8,4%) e a taxa de recrutamento de trabalhadores (5,9%) subiram 0,7 e 0,5 pontos percentuais, respectivamente, indicando que a perda de recursos humanos neste ramo de actividade económica melhorou ligeiramente.
Nos ramos de actividade económica inquiridos, durante o terceiro trimestre deste ano 241.250 participantes frequentaram cursos de formação proporcionados pelos estabelecimentos (nomeadamente, cursos organizados pelos estabelecimentos, realizados em conjunto com outras instituições ou subsidiados pelos estabelecimentos), tendo aumentado 8,2%, em termos anuais. Refira-se que nos “hotéis” havia 236.751 participantes em cursos de formação e que a maioria destes formandos (48,5%) frequentou cursos de “serviços”, seguindo-se os formandos dos cursos de “comércio e gestão” (40,1%). A maior parte dos formandos dos “hotéis” participou em cursos durante as horas de expediente. No que concerne ao pagamento, os encargos de formação de mais de 80% dos formandos da maioria dos ramos de actividade económica foram pagos pelos próprios estabelecimentos, no entanto, os encargos de formação de apenas 33,6% dos formandos das “creches” foram pagos pelos estabelecimentos.