O 18.º Festival Fringe da Cidade de Macau, organizado pelo Instituto Cultural (IC), terminou com sucesso (27 de Janeiro) e incluiu 18 programas e 10 actividades de extensão numa duração de 17 dias. O Fringe Festival deste ano teve como tema “Extra.Ordinário”, artistas de todo o mundo levaram o público a romper as barreiras e as convenções e a redescobrir o excepcional da vida quotidiana.
O Festival Fringe deste ano fez ecoar o tema e pôr em prática o conceito “Todos ao redor da Cidade, os nossos palcos, os nossos espectadores, os nossos artistas”, apresentando uma variedade de programas criativos e diversos, tendo ainda alguns deles sido apresentados em locais inesperados, o que trouxe surpresas ao público. O programa Pequeno Escape contou a história da vida entre as prateleiras de um supermercado; Wet Sounds realizou um concerto nas águas duma piscina; e a galeria também se transformou num local para Transmissão Silenciosa; Sê Meu Velho Amigo foi interpretado por um grupo de actores idosos, relembrando os velhos sentimentos de Macau e levando o público ao túnel do tempo das memórias através do apertar de mãos, uma actuação tocante e aconchegante. A presente edição do Festival Fringe foi calorosamente apoiada pelo público tendo obtido resultados muito positivos em todas as actuações, alguns ingressos esgotaram rapidamente após colocação à venda.
Além disso, muitos programas e acções artísticas penetraram na comunidade e incentivaram o público em geral a participar no evento: os artistas da Associação de Arte e Cultura-Comuna de Pedra interagiram com o bairro da Rotunda de Carlos de Maia através das 100 Horas no meio de uma atmosfera muito animada; Flash Mob – Phubber Drama apanhou phubbers em paragens de autocarro junto do Templo de Kun Iam Tong e do Edifício da Administração Pública para começar uma actividade interactiva plena de diversão e reflexão. O espectáculo Conjunto de Música Urbana Interactiva, mostrou, na Praça de Jorge Álvares, uma instalação com desenhos de diferentes instrumentos musicais para o público tocar música, trazendo alegria ilimitada aos participantes.
As actividades de extensão foram igualmente empolgantes: No “Workshop de Mímica de Edi”, o mimo francês e o praticante de sombras Edi Rudo ensinaram às famílias participantes a manipular coisas imaginadas como tocar em paredes, subir escadas e empurrar objectos pesados, para criar uma bela diversão a pais e filhos; a artista americana Morgan O’Hara dirigiu “O Ciclo da Vida - Workshop de Desenho” a explorar a “morte” e a “incompletude” da vida. A fim de fortalecer o intercâmbio artístico entre regiões, o Festival Fringe continuou a realizar a Sessão de Partilha “Intercâmbio Fringe: Contacto com outros Festivais” e convidou curadores de actividades artísticas e cénicas de Adelaide, Seul e Chongqing para compartilhar suas actividades festivas e culturas locais, fornecendo informações práticas para profissionais do sector interessados em actuar fora de Macau.
A realização bem sucedida do Festival Fringe da Cidade de Macau depende do apoio dos trabalhadores de arte, residentes, instituições e espaços comerciais e, futuramente, o IC continuará a promover a diversificação e inovação para actuações, rompendo molduras tradicionais, construindo plataformas para os trabalhadores de arte para expandir o espaço de desenvolvimento e apresentar um programa cultural diversificado para o público.
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