Os Serviços de Saúde lamentam profundamente a existência de alguns discursos falsos. De forma a salvaguardar a verdade os Serviços de Saúde esclarecem que antes de ter sido convocada uma conferência de imprensa pela família da vítima de violência doméstica, que visou anunciar a recolha de fundos para tratamento no Reino Unido, os serviços governamentais informaram a deputada relevante da existência de uma instituição de caridade disponível para subsidiar a paciente de modo a que esta pudesse receber tratamento cirúrgico. Não é verdade que só tenha sido emitido um comunicado de imprensa devido à conferência de imprensa de angariação de fundos promovida pela vítima e a sua família, existiram outras diligências.
Convém esclarecer que desde o mês de Agosto de 2018 que os Serviços de Saúde encaminharam a paciente, através da Junta para Serviços Médicos no Exterior, para os Serviços de Oftalmologia e de Queimaduras do Hospital de Prince Wales em Hong Kong.
As feridas resultantes das queimaduras que a paciente sofreu estão tratadas e curadas. A paciente foi, também, submetida a várias cirurgias em Hong Kong devido às lesões oculares, incluindo transplante alogénico de membrana amniótica binocular, sutura de transplante de mucosa orbital bilateral, reconstrução conjuntival orbitária bilateral, entre outras. Actualmente a paciente, ainda, continua a ser acompanhada na consulta externa do Serviço de Oftalmologia e de Queimaduras do Hospital de Prince Wales em Hong Kong, sendo que a sua situação clínica e evolução é rigorosamente observada por oftalmologistas.
Os Serviços de Saúde entendem e respeitam a dor e a pressão psicológica que esta situação provoca na paciente e na sua família. Os tratamentos adequados e toda a ajuda viável foi sempre oferecida pelos Serviços de Saúde. Reitera-se que o pedido apresentado pela paciente relativo à cirurgia de Osteo-odonto-keratoprosthesis (OOKP) no Reino Unido, uma vez que o risco desta cirurgia é elevado e o efeito do tratamento não está provado por experiências clínicas em numero elevado e já que o mesmo pode causar várias complicações que são difíceis de curar, a Junta para Serviços Médicos no Exterior não tem condições para aprovar o pedido.
Mesmo que a paciente não reúna as condições necessárias para tratamento no exterior, os Serviços de Saúde respeitam, de forma absoluta a sua vontade.
Quando os Serviços de Saúde tiveram conhecimento da existência de uma manifesta intenção de uma instituição de caridade em apoiar a vítima de forma a que fosse efectuada uma cirurgia no exterior, a instituição médica da Singapura foi contactada de imediato e a paciente e os seus familiares foram, de forma clara, informados da situação de modo a minimizar a pressão psicológica sobre a paciente não houve, de modo algum, intenção de atrasar a informação da decisão relevante.
Esta situação causou alguma alarme e preocupação na sociedade. Como todo este processo envolve o dispêndio elevado de verbas do erário público e como foi anunciada uma angariação de fundos os Serviços de Saúde têm a obrigação de esclarecer e proteger o direito do público à informação, daí ter sido emitido um comunicado público sobre a situação clínica da paciente, os métodos de acompanhamento de forma a evitar mal-entendidos e confusão que podiam daí advir.
Os Serviços de Saúde não estão preocupados nem pretendem proteger exclusivamente a imagem pública. Os Serviços de Saúde lamentam algumas declarações falsas e reiteram que estão e continuam a fazer da melhor forma o trabalho de ligação, coordenação, acompanhamento entre a paciente e a instituição médica da Singapura. Reitera-se que dentro possibilidades existentes tudo será feito para tratar e reabilitar a paciente.