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Tutela da Economia e Finanças inicia gradualmente trabalhos para a participação de Macau na Grande Baía


O secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, disse hoje (20 de Fevereiro) que as «Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau» (doravante «Linhas Gerais») projectam um total de cerca de 300 trabalhos com envolvimento de Macau, sendo 70 da responsabilidade directa da secretaria para a Economia e Finanças. O responsável revelou que as tarefas da competência da sua tutela, bem como os trabalhos interdepartamentais ou transversais a diferentes secretarias têm sido iniciados gradualmente.

Lionel Leong, durante uma ocasião pública, em resposta às perguntas da comunicação social, afirmou que a estratégia nacional de construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, pessoalmente projectada, planeada e promovida pelo Presidente Xi Jinping, dá uma oportunidade ainda melhor a Macau para a concretização do plano de diversificação adequada da economia. Portanto, segundo o secretário, a RAEM deve aproveitar as oportunidades, assumindo a sua missão histórica atribuída para a nova era, trazidas pela integração na conjuntura geral de desenvolvimento nacional.

Quanto aos trabalhos específicos, neste âmbito, Lionel Leong indicou que foi já criado, em 2018, um grupo interdepartamental na tutela da Economia e Finanças que organizou, de forma regular, reuniões, que serviram para definir as metas trimestrais dos trabalhos anuais e das acções concretas a serem executadas pelos serviços competentes, com o objectivo de garantir um acompanhamento ordenado das tarefas relacionadas com a construção da Grande Baía.

O secretário acrescentou que, além dos trabalhos que já começaram a ser executados, Macau deve concentrar-se em alguns pontos importantes para uma melhor participação na construção da Grande Baía. Deve ter em consideração a vantagem global, isto é, qual o papel que cada região participante pode desempenhar e quais as novas vantagens que oferecem com o seu contributo para o desenvolvimento da Grande Baía, e, por outro lado, que vantagens pode a Grande Baía trazer para o desenvolvimento geral do país. Em segundo lugar, é preciso considerar a integração e inovação: a integração na Grande Baía pressupõe uma cooperação e é necessário encontrar uma fórmula inovadora em termos administrativos para lidar com a diferença existente entre os sistemas e o Direito de Guangdong, Hong Kong e Macau, de modo a concretizar-se uma verdadeira integração, devendo ainda haver inovação em termos de pensamento, acção, administração, direito, negócios e indústrias. O terceiro ponto é o benefício para a vida da população: a construção da Grande Baía não visa apenas a relação entre os governos envolvidos ou somente o alagamento do espaço de desenvolvimento para as empresas, procurando-se ainda oferecer benefícios à população para que os residentes usufruam realmente de uma sensação de bem-estar. As «Linhas Gerais» destacam justamente a criação de bairros que ofereçam uma boa qualidade de vida e sejam propícios tanto para habitar, trabalhar como para visitar. O último é um desenvolvimento com qualidade: com a participação de Macau na construção da Grande Baía não se procura apenas um crescimento em termos de quantidade, mas também um desenvolvimento de qualidade, designadamente nas estruturas industriais, eficiência administrativa e qualidade da vida da população.

Relativamente às contrapartidas dos investimentos das Reservas da RAEM em 2018, o mesmo responsável indicou que, em 2017, foram bastante significativas. E explicou ainda que, devido às flutuações registadas, no ano passado, na economia internacional, a Autoridade Monetária de Macau (AMCM) manteve-se atenta a eventuais mudanças no mercado de investimento e procedeu a vários ajustamentos e, assim, conseguiu garantir uma rentabilidade global de 0,33 por cento no investimento das reservas da RAEM, o que é semelhante ao comportamento dos fundos das reservas das jurisdições vizinhas, enquanto, a nível internacional, se verificaram algumas perdas nos investimentos de certos fundos soberanos. Lionel Leong sublinhou também que nas estruturas de investimento das reservas da RAEM, por exemplo, acções, créditos e dívidas, independentemente do saldo ter sido positivo ou negativo, o resultado desses investimentos em 2018 foi superior ao resultado global do mercado. O secretário assegurou que o governo vai continuar a acompanhar de perto as mudanças económicas durante 2019, para ir adequando, oportunamente, as suas estratégias de investimento das reservas.