O secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, disse, hoje (25 de Fevereiro), que os trabalhos de mudança do Posto Fronteiriço da Flor de Lótus de Macau para a ilha de Hengqin apresentam muitos desafios, sendo preciso resolver várias questões. Acrescentou que, de acordo com o plano, no final do ano, a primeira fase estará concluída e após a mudança irá aplicar o modelo inovador de “Inspecção Fronteiriça Integral”.
Durante uma ocasião pública, o mesmo responsável, em resposta à comunicação social, disse grupo de trabalho interdepartamental responsável pela mudança do Posto Fronteiriço da Flor de Lótus para a ilha de Hengqin, já realizou várias reuniões, as quais, servem para articular as tarefas com a parte de Zhuhai. Por outro lado, referiu que Macau criou quatro grupos destintos de trabalho para tratar de todas as áreas abrangentes, respectivamente, a passagem fronteiriça, as questões jurídicas, a construção e assuntos genéricos.
Wong Sio Chak explicou que a mudança do Posto Fronteiriço enfrenta questões bastante complicadas e diferentes da Universidade de Macau (UM) e da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, ou seja, ambos os projectos já concluídos foram construídos em terrenos demarcados para Macau, tornando mais fácil definir a jurisdição e resolver quaisquer questões jurídicas, mas o Posto Fronteiriço da Flor de Lótus, na Ilha de Hengqin, não ficará num território demarcado, sendo provável ocupar um ou dois andares num edifício, portanto, envolve questões nas áreas jurídica e de construção assim como diversas normas também serão complicadas, deste modo, as autoridades de Macau, actualmente, mantêm uma comunicação estreita com a parte de Zhuhai, a fim de resolver eventuais dificuldades.
O secretário revelou ainda que, até ao momento, estão ainda por confirmar muitos dos assuntos abrangidos na mudança e por isso ainda não podem ser divulgados. Acrescentou que, de acordo com o planeado, no final do ano, será concluída a primeira fase e após a confirmação dos referidos projectos, os dois governos irão anunciar, de forma conjunta, as respectivas informações.
O mesmo responsável indicou que após a mudança, o posto fronteiriço aplicará o modelo inovador de “Inspecção Fronteiriça Integral”, com o objectivo de permitir aos cidadãos de ambos os dois territórios gozarem de um modelo mais conveniente de passagem fronteiriça.
Relativamente à prevenção da prática de crimes por parte do pessoal das forças de segurança, Wong Sio Chak referiu que as autoridades têm vindo a tomar inúmeras medidas, nomeadamente, através de mecanismos de fiscalização interna e externa, da criação, na internet, do “Alarme da Polícia sempre Soa” e do incentivo à divulgação de quaisquer infracções. Deste modo, o mesmo fez questão de destacar, a importância de levar a cabo a uma maior fiscalização, incluindo por parte da sociedade, no sentido de elevar a qualidade dos serviços prestados, sejam eles a nível moral ou consciência e respeito pela lei.
O secretário referiu que, após a criação do “Alarme da Polícia sempre Soa”, foram divulgados 51 casos, dos quais, 17 estão a ser acompanhados e 34 foram concluídos, onde 17 pessoas estão sob a aplicação da pena de demissão e duas sob aposentação compulsiva.
Relativamente a actividadesilegaisligadas àtrocadedinheiro, Wong Sio Chak revelou que, esta prática tem causado muitos problemas, tais como, crimes de roubo, burla, entre outros, e acrescentou que recentemente implicou ainda um caso de homicídio, o que, segundo o mesmo, teve um impacto negativo na área da segurança. Por isso, revelou que a Polícia Judiciária e o Corpo de Polícia de Segurança Pública, desde Outubro do ano passado, têm efectuado um grande número de acções de inspecção e intercepção no sentido de contribuir para uma maior prevenção e combate.
Referiu também que, em 2018, foram interceptadas pelas autoridades, 3050 pessoas envolvidas em actividades de troca ilegal de dinheiro, sendo que todos foram expulsos de Macau, mas entre estes, 2269 pessoas foram ainda proibidas de entrar novamente no território. Disse ainda que, este ano, a Polícia irá reforçar ainda mais as respectivas acções, revelando que, só em Janeiro um total de 544 pessoas foram interceptadas, das quais, 411 pessoas estão proibidas de entrar novamente em Macau.
Salientou que os referidos números mostram a elevada atenção das autoridades no que diz respeito à segurança nos casinos referindo o grande volume de acções de prevenção e combate. Relativamente à criminalização de actividades de troca ilegal de dinheiro, o secretário, disse ainda ser necessário analisar profundamente a situação e destacou que as autoridades da tutela da segurança irão também dar as suas opiniões sobre esta matéria.