De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 4.º trimestre de 2018, a duração média mensal da carteira de encomendas das empresas inquiridas foi de 2,6 meses, representando um ligeiro decréscimo em relação ao 3.º trimestre de 2018 (2,7 meses).
A carteira de encomendas detidas pelos sectores de “produtos farmacêuticos”, “vestuário e confecções”, “outros sectores” e “equipamentos electrónicos/eléctricos” foi de 4,2, 4,1, 2,4 e 1,6 meses, respectivamente.
No que diz respeito aos mercados de destino das exportações, da análise ao “Índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados”, as empresas inquiridas consideraram, em geral, que o Interior da China e outros países da região Ásia-Pacífico (países da região Ásia-Pacífico com excepção do Interior da China, de Hong Kong e do Japão) eram os mercados de destino com performance relativamente melhor, apresentando um índice de 25,3% e 18,2%, respectivamente.
No que respeita às perspectivas de exportações para os próximos seis meses, as empresas inquiridas que anteciparam uma perspectiva optimista baixaram para 1,2% no trimestre em análise, representando um decréscimo de 7,3 pontos percentuais face ao 3.º trimestre de 2018 (8,5%) e uma descida de 5,4 pontos percentuais perante o mesmo período do ano passado (6,6%). Destas empresas inquiridas, 0,2% previram um “aumento acentuado” e 1,0% um “ligeiro crescimento” nas exportações. As empresas que anteciparam uma evolução menos favorável foram de 15,1%, diminuindo 18,2 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior mas ligeiramente subindo 1,2 pontos percentuais face ao mesmo período do ano passado. De entre estas, 3,0% apontaram para um “ligeiro decréscimo” e 12,1% para um “forte declínio”. As empresas que previram uma situação “semelhante” subiram de 58,2% no trimestre anterior, para 83,7% no trimestre em análise, representando um aumento de 25,5 pontos percentuais. Estes dados reflectem que os empresários industriais inqueridos tomaram uma atitude prudente e expectante à perspectiva do comércio uma vez que o crescimento poderá abrandar face aos conflitos comerciais, ainda não resolvidos, entre a China e os EUA e às crescentes incertezas que a economia global vem a enfrentar em 2019.
No tocante ao mercado de emprego, o número de trabalhadores da indústria transformadora para exportação registou um acréscimo de 3,2% quando comparado com o trimestre anterior e uma descida de 5,1% em comparação com o período homólogo do ano passado. Por outro lado, 51,5% das empresas inquiridas afirmaram ter enfrentado situação da insuficiência de trabalhadores, sendo esta percentagem inferior aos 56,4% verificados no trimestre anterior e ligeiramente superior aos 50,4% no igual período do ano passado. Além disso, 96,8% das empresas inquiridas do sector de “vestuário e confecções” manifestaram uma procura relativamente notável de trabalhadores, o que indicou que a procura de procura de mão-de-obra neste sector era relativamente forte.
De acordo com os resultados do Inquérito, de entre os problemas que afectam as actividades de exportação, 15,3% das empresas exportadoras consideraram o “ insuficiente volume de encomendas” como o maior problema que estavam a encarar, enquanto 5,3% apontaram para “insuficiência de trabalhadores”, 1,5% para “preços mais competitivos praticados no estrangeiro” e 0,1% para “preços elevados das matérias-primas”.
Quanto às perspectivas para os próximos três meses, 22,1% das empresas inquiridas preocuparam-se principalmente com “insuficiente volume de encomendas”, seguindo-se de “salários elevados” (21,7%), “preços mais competitivos praticados no estrangeiro” (19,9%) e “preços elevados das matérias-primas” (16,7%).