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Serviços de Saúde confirmam caso de sarampo importado


Os Serviços de Saúde confirmaram esta sexta-feira (8 de Fevereiro) um (1) caso de sarampo importado, apelando aos pais dos bebés que, ainda, não tenham administrado a vacina anti-sarampo para prestar mais atenção à prevenção.

De acordo com a investigação do Centro de Prevenção e Controlo da Doença, o caso foi detectado num homem, residente de Macau, com 38 anos de idade, trabalhador no casino Grand Lisboa. No dia 1 de Março apresentou sintomas de febre, corrimento nasal, tosse, dores de garganta e desconforto ocular, tendo recorrido a uma clínica da empresa. No dia 3 de Março, apresentava sintomas de erupção cutânea facial e no pescoço, tendo recorrido ao Serviço de Urgência do CHCSJ. No dia 6 de Março, os sintomas agravaram, a erupção cutânea espalhou-se para o tronco e membros, dirigiu-se ao Serviço de Urgência do Hospital Kiang Wu para tratamento médico. No dia 8 de Março, foi confirmado pelo Laboratório de Saúde Pública dos Serviços de Saúde que os resultados de IgM e PCR contra o sarampo foram positivos.

O paciente nasceu no interior da China e não estava vacinado contra o sarampo. De momento encontra-se hospitalizado na enfermeira de isolamento no Hospital Kiang Wuainda tem febre. O paciente durante o período de incubação deslocou-se duas vezes a Sha xi em Zhongshan tendo lá permanecido uma noite.

De acordo com o historial de viagens e o tempo de início dos sintomas, este é classificado como um caso importado de sarampo. Os familiares do paciente não apresentaram sintomas semelhantes. Os Serviços de Saúde estão a acompanhar o estado clínico das pessoas que estiveram em contacto com a paciente antes e após o início de sintomas da doença.

Desde o Janeiro de 2019 foram registados três casos de sarampo importado e dois casos relacionados com sarampo importado. Em 2018 foram registados três casos de sarampo importado, mas não foi registado nenhum caso relacionado de sarampo importado.

O Sarampo é uma doença transmissível aguda por tracto respiratório, causada pelo vírus do sarampo, as vias de transmissão são as gotículas de saliva expelidas, podendo, todavia, ainda ser transmitida por contacto directo com as secreções infectadas e objectos contaminados de doentes. De um modo geral, o período de incubação é de 7 a 18 dias, podendo ser um período mais comprido de 21 dias. O período de transmissão varia de três dias a uma semana depois do aparecimento de exantema. Os principais sintomas são febre prodrómica (superior a 38ºC), enantema bucal (Koplik spot), exantema manuculopapular generalizado, conjuntivite, tosse e corrimento nasal. Em geral, o exantema maculopapular aparece três dias após a ocorrência de sintomas. A face e atrás das orelhas são o local de início do exantema, que afecta depois o pescoço, o corpo, os quatro membros e no fim, palma das mãos e planta dos pés, com a duração de 4 a 7 dias e, ao desaparecer, há fragmentos de pele e sedimentos. O sarampo é altamente contagioso, sendo uma doença muito comum em crianças na época com baixa taxa de cobertura vacinal. O sarampo é uma doença auto-limitante, sendo a maioria dos sintomas considerados ligeiros. Não havendo nenhum tratamento específico, o Sarampo pode causar complicações como encefalite, pneumonia. A taxa de mortalidade é de 1/1000 a 1/100.

A Região Administrativa Especial de Macau obteve a acreditação de irradicação do Sarampo da Organização Mundial da Saúde em 2014. No entanto, a epidemia do sarampo ainda existe em várias partes do mundo, especialmente no Interior da China, Sudeste Asiático, Sul da Ásia e Europa.

Para proteger a saúde das crianças, os Serviços de Saúde apelam aos pais para que cumpram o Programa de Vacinação da RAEM, levando os seus filhos periodicamente para vacinação, chamando a atenção do público para:

1. A vacinação é a medida mais eficaz para prevenir a infecção do sarampo. Todas as crianças devem receber duas doses de vacinas, para efeito completo de imunidade, contra o sarampo, após o 1º aniversário;

2. Não viaje com crianças que não tenham completa imunidade para viajar ao exterior ou para lugares lotados com visitantes;

3. As pessoas que cuidam de bebés e crianças, como cuidadores domésticos e trabalhadores de creches devem ser vacinados contra o sarampo;

4. Peste atenção à cortesia do tracto respiratório, não toque nos olhos, nariz e boca antes de lavar as mãos;

5. Pessoas imunocomprometidas devem evitar deslocar-se aos locais lotados ou instituições médicas;

6. Caso apareçam sintomas suspeitos, devem usar máscara e recorrer à consulta médica.

Caso tenham dúvidas, os residentes podem ter acesso à página electrónica dos Serviços de Saúde (http://www.ssm.gov.mo) ou ligar para a linha verde n.º 28 700 800.