O Instituto Cultural (IC), em conjunto com o Centro de Estudos Históricos da Universidade Nova de Lisboa, publicou De Macau a Lisboa – Na Rota das Porcelanas Ming, da autoria de Armando J. G. Sabrosa.
A investigação para este livro centrou-se essencialmente nos dados obtidos através de trabalhos arqueológicos, tendo como grande aliciante abordar todo o processo de comércio e transacção de porcelanas chinesas nos séculos XVI e XVII a partir dos seus vestígios materiais enterrados e submersos, uma área de investigação ainda pouco desenvolvida.
Fonte de motivação suplementar é o facto de nos encontrarmos perante contextos arqueológicos distintos. Por um lado, materiais recolhidos em Macau, um grande centro exportador de porcelana chinesa, originário tanto de contextos religiosos e nobiliárquicos, como da área mercantil. Por outro lado, estudam-se conjuntos portugueses, recolhidos na zona de Lisboa, um grande centro importador e receptor daquelas cerâmicas asiáticas, nomeadamente na zona ribeirinha, no antigo palácio dos Corte-Reais, e na Rua da Judiaria, em Almada. Por fim, o meio de transporte, ou seja, o que liga aqueles dois centros por via marítima: uma das naus da Carreira da Índia, a presumível Nossa Senhora dos Mártires, que, com o porto de destino à vista, naufragou na barra do Tejo com toda a sua valiosa carga.
O autor, Armando J. G. Sabrosa, foi bolseiro do Investigação Académica do IC em 2001. A investigação então realizada deu continuidade aos trabalhos arqueológicos em que participou em Macau, em 1995-96, no Colégio de São Paulo e na Fortaleza do Monte, bem como ao estudo que efectuou sobre o espólio recolhido nas obras dos jardins da Igreja de Santo Agostinho, no mesmo ano. Desafortunadamente, Armando Sabrosa faleceu num trágico acidente de trabalho, em 2006, deixando um número considerável de manuscritos científicos inéditos ou inacabados. Um desses casos é a presente obra.
De Macau a Lisboa – Na Rota das Porcelanas Mingencontra-se à venda por MOP180 na Plaza Cultural, no Centro de Informações ao Público, no Arquivo de Macau e no Centro Ecuménico Kun Iam.