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O IAS desenvolve serviços diversificados para a prevenção e tratamento dos distúrbios do vício do jogo


O Instituto de Acção Social (IAS) tem mantido uma cooperação estreita com os diversos stakeholders no sentido de desenvolver na comunidade serviços diversificados para a prevenção e tratamento dos distúrbios do vício do jogo, empenhando-se em promover a função da rede comunitária de ajuda mútua, com vista à detecção precoce dos potenciais casos carecidos de apoio e, por conseguinte, à prestação dos serviços adequados.

O IAS tem promovido a adesão das instituições particulares ao Sistema de Registo Central dos Indivíduos Afectados pelos Distúrbios do Vício do Jogo, no qual, desde a sua criação em 2011 até à presente data, se registou um total de 1.146 casos relativos a distúrbios do vício do jogo. Em simultâneo, de acordo com o mais recente Relatório do Sistema de Registo Central dos Indivíduos Afectados pelos Distúrbios do Vício do Jogo, referente ao ano de 2018, registou-se no ano transacto um total de 133 casos novos, dos quais a maioria relativa a indivíduos com idades compreendidas entre os 40 e os 49 anos, casados, do sexo masculino e com ensino secundário, tendo os indivíduos com empregos ligados à indústria do jogo um maior peso em termos da distribuição por profissão, com 17,2%. Esses números reflectem o abrandamento do grau de gravidade dos distúrbios do vício do jogo sofridos pelos indivíduos que pediram apoio, tendo-se verificado uma redução da percentagem dos indivíduos que pediram apoio por se encontrarem afectados pelos distúrbios do vício do jogo de grau grave, passando de 85% em 2011 para 35% em 2018. Em paralelo, também se verificou a procura de apoio pelos indivíduos afectados pelos distúrbios do vício do jogo junto das respectivas instituições antes da evolução dos referidos distúrbios para o grau grave, o que significa que a percepção da população de Macau em relação aos distúrbios do vício do jogo tem vindo a aumentar.

Neste contexto, o IAS tem envidado todos os esforços no sentido de cooperar com as instituições particulares e diversos stakeholders, com vista à promoção dos diversos trabalhos de prevenção e tratamento dos distúrbios do vício do jogo, bem como da política de jogo responsável, nomeadamente, através da realização de programas e acções de divulgação subordinados a diversos temas, criação de programas educativos sistemáticos “Gestão racional de recursos financeiros”, destinados aos alunos do ensino primário ao secundário e organização de cursos de formação sobre o aconselhamento para os distúrbios do vício do jogo e o jogo responsável, destinados aos assistentes sociais e operadoras de jogo. Com vista ao aumento da eficácia dos serviços, procedeu-se também à criação e desenvolvimento de plataformas específicas da tecnologia da informação.

Desde 2012, têm vindo a ser instalados na comunidade e nos casinos quiosques informativos sobre o jogo responsável, com o objectivo de divulgar junto da população e dos visitantes de Macau informações sobre a prevenção e tratamento do vício do jogo, bem como os respectivos apoios aos quais se pode recorrer em caso de necessidade. O número de quiosques informativos sobre o jogo responsável foi aumentado de 6 em 2012 para 42 em 2018, sendo de 74% a sua cobertura pelos casinos, percentagem esta que é a maior em relação a todos os casinos do mundo. Em 2019, pretende-se que os referidos quiosques informativos estejam espalhados por todos os casinos existentes em Macau. A par disso, a fim de aumentar a motivação dos jogadores anónimos para procurar ajuda, em 2014, o IAS encomendou ao Gabinete Coordenador dos Serviços Sociais Sheng Kung HuiMacau a prestação do “Serviço de linha aberta de 24 horas para o aconselhamento da problemática do jogo e aconselhamento via internet”, por forma a, através de diversos meios e de fácil acesso, prestar serviços de apoio durante 24 horas às pessoas necessitadas do tratamento do vício do jogo. Até 2018, registaram-se mais de 11 mil pessoas que utilizaram o referido serviço, sendo cerca de 2.500 pessoas o número médio anual de pessoas que procuraram ajuda por iniciativa própria, correspondendo a um aumento de 28% em relação ao ano de 2017.

De acordo com o Inquérito sobre a Participação dos Residentes de Macau nas Actividades do Jogo, que se realiza regularmente, verificou-se que o grau de participação dos residentes de Macau diminuiu de 59,2% em 2007 para 51,5% em 2016; o grau de gravidade dos distúrbios do vício do jogo baixou de 6% para 2,5%; e a percepção dos residentes de Macau relação ao jogo responsável aumentou de 16,2% em 2009 para 63,7% em 2017. Em face destes resultados constata-se que se tornam cada vez mais frutíferos os trabalhos de prevenção e tratamento dos distúrbios do vício do jogo em que o Governo, para a sua implementação, não se tem poupado a esforços.