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Realizado com sucesso o “Encontro de Intercâmbio sobre as Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e o Futuro de Macau”

Realizada com sucesso o Encontro de Intercâmbio sobre as ‘‘Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía Guangdong – Hongkong – Macau’’ e o Futuro de Macau

O “Encontro de Intercâmbio sobre as Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e o Futuro de Macau” teve lugar no dia 19 de Março de 2019, na Torre de Macau, organizado pela Direcção dos Serviços de Estudo de Políticas e Desenvolvimento Regional do Governo da Região Administrativa Especial de Macau. Estiveram presentes no Encontro, o Chefe do Executivo da RAEM, Chui Sai On, o Vice-Presidente do Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, Edmund Ho, o Director do Gabinete de Ligação do Governo Central na RAEM, Fu Ziying, e a Comissária do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China na RAEM, Shen Beili. O Chefe do Executivo, a Comissária do Ministério dos Negócios Estrangeiros e dirigentes estiveram presentes durante o Encontro, no sentido de auscultar, de forma séria, as sugestões apresentadas pelos especialistas, académicos, operadores dos sectores e representantes das associações.

Com a publicação e implementação das “Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau” (adiante designadas por “Linhas Gerais”), estão criadas oportunidades únicas e históricas para o desenvolvimento da RAEM. A fim de transmitir à sociedade de Macau o significado e o conteúdo das Linhas Gerais e incentivar a participação activa de todos os sectores da sociedade na construção da Grande Baía, o Governo da RAEM vai realizar sucessivamente actividades de divulgação e esclarecimento, de acordo com o plano definido.

Sob o tema “Participação activa na construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e aceleração da concretização da diversificação adequada da economia de Macau”, o Encontro contou com a participação de mais de 250 especialistas de renome do Interior da China, especialistas e académicos locais, operadores dos sectores e representantes das associações, espera-se que, em conjunto, possam contribuir para Macau, recolhendo mais opiniões e apresentando sugestões no âmbito do desenvolvimento e construção da Grande Baía, nomeadamente desenvolver o seu papel peculiar e assumir a missão atribuída na nova era pelo País.

No uso da palavra, Chui Sai On referiu que nas Linhas Gerais Macau faz parte da estratégia nacional, sendo-lhe atribuída uma missão mais importante na nova era, o que não só representa a confiança, mas também um incentivo do Governo Central para Macau. Afirmou ainda que Macau deve aproveitar as próprias vantagens, de modo a desempenhar verdadeiramente o papel de “motor principal”, para que possa participar eficazmente na construção da Grande Baía. Durante esse processo, deve-se integrar efectivamente no desenvolvimento nacional e afirmar o estatuto de Macau como “cidade central” na Grande Baía, por forma a concretizar o posicionamento de “Um Centro” e “Uma Plataforma” conferido pelo País a Macau.

Fu Ziying discursou e revelou que as oportunidades históricas trazidas pela construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau para o futuro desenvolvimento de Macau são oportunidades sem precedentes, sugerindo que Macau deva agarrar firmemente essas oportunidades históricas, reforçar de forma contínua a força motriz do desenvolvimento, e ainda, aproveitar bem as suas vantagens únicas. Propôs ainda que se continue a elevar a competitividade principal, explorar e integrar os recursos existentes, aprofundar continuamente a cooperação regional, bem como, concentrar-se no aumento do bem-estar da população e melhorar, de forma contínua, as condições de vida da população.

O Encontro está dividido em duas partes, intervenções de oradores principais e temáticas; a primeira parte contou com os seguintes convidados: o Deputado à Assembleia Legislativa de Macau e Presidente do Instituto de Planeamento Urbano de Macau, Chui Sai Peng; o Vice-Presidente do Instituto de Desenvolvimento da China (Shenzhen), Qu Jian; e o Chefe do Departamento de Planeamento Industrial do Centro Internacional de Intercâmbio Económico da China, Wang Fuqiang. Os três especialistas fizeram apresentações sobre as relações estreitas entre as Linhas Gerais e o desenvolvimento de Macau.

Partindo da promoção do papel de Macau na construção do Centro Internacional de Inovação Científica e Tecnológica, Chui Sai Peng propôs que seja elaborado um projecto de nível superior e definido um plano preciso. Recomendou ainda que se deva aproveitar as vantagens próprias, liderar o desenvolvimento da costa ocidental do Rio das Pérolas, aprofundar a cooperação entre Zhongshan e Macau, promover a criação de uma base de internet industrial, criar em conjunto plataformas, formar quadros qualificados, bem como, apoiar o desenvolvimento da generalização científica, elevar e aperfeiçoar o ambiente criativo e científico para a comercialização de invenções.

Qu Jian abordou a questão do desenvolvimento estratégico da Grande Baía, sob o ponto de vista da reestruturação da cadeia de abastecimento internacional, indicando que a estratégia da Grande Baía é a versão 3.0 da cooperação entre Guangdong, Hong Kong e Macau, com o foco na inovação tecnológica. Sugeriu que Macau, através de aterros e da construção de “enclaves” no exterior, se estenda a sua cadeia tecnológica e inovação, e ainda, eleve a capacidade de desenvolvimento do espaço da indústria científica e tecnológica de Macau, aproveitando a participação na integração no Centro Internacional de Inovação Científica e Tecnologia para concretizar a diversificação adequada da economia de Macau.

Wang Fuqiang interpretou a estratégia da Grande Baía sob o ponto de vista do desenvolvimento transregional, do nível de abertura, da dinâmica de desenvolvimento e das funções estratégicas. Sugeriu que Macau integrasse, por sua iniciativa, os recursos turísticos da Grande Baía, mediante a sua própria e desenvolvida indústria de turismo e de lazer. Propôs ainda que sejam aprofundados o papel cultural, científico e tecnológico, desenvolvido o sector financeiro com características próprias e promovida a diversificação adequada das indústrias. Em simultâneo, deve-se persistir na plataforma de cooperação para dar prioridade à Ilha de Hengqin, desenvolver adequadamente a economia do enclave, desenvolver a economia azul, assim como, obter o apoio do Governo Central.

Na parte das intervenções temáticas, os especialistas e académicos, partindo das suas áreas profissionais, apresentaram opiniões e sugestões construtivas relacionadas com o melhor aproveitamento das Linhas Gerais por parte de Macau para participar na construção da Grande Baía.

O Deputado à Assembleia Legislativa de Macau e Presidente da Associação dos Engenheiros de Macau, Wu Chou Kit, propôs que, com base no cumprimento das exigências básicas de construção constantes do planeamento urbanístico da Ilha de Hengqin, se acelere a construção conjunta de projectos relacionados com a vida da população entre os dois Governos, devendo aproveitar os profissionais e as empresas de Macau para participar na exploração e gestão dos projectos específicos destinados ao bem-estar da população.

O Presidente do Centro de Pesquisa Estratégica para o Desenvolvimento de Macau, Sio Chi Wai, referiu que “ter por base a população” é o único meio para que a Grande Baía se torne num círculo de vida de qualidade, com condições ideais de vida, para o trabalho e turismo, no qual se deve prestar atenção aos seguintes aspectos: serão, ou não, os benefícios sociais e serviços de Macau estendidos à Grande Baía; será, ou não, mais conveniente e com alta eficiência na circulação de pessoal e na passagem aduaneira entre Guangdong, Hong Kong e Macau; e será, ou não, possível a interligação e intercomunicação das infra-estruturas de tráfego na Grande Baía.

Por sua vez, o Director do Instituto de Ciências Médicas Chinesas da Universidade de Macau, Wang Yitao, sugeriu que se deva aproveitar o Laboratório de Referência do Estado para Investigação de Qualidade em Medicina Chinesa como plataforma de inovação científica e tecnológica, constituir uma plataforma internacional de exibição com base no Centro Mundial de Turismo e Lazer, e ainda, aproveitar o Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa como um grande suporte inovador, para construir, em conjunto, uma plataforma da indústria científica e tecnológica da medicina tradicional chinesa de Macau.

O Deputado à Assembleia Legislativa e Presidente de Grand Thought Think Tank, Ma Chi Seng, disse que Macau deve aproveitar as vantagens para prestar apoio à Grande Baía na criação de um sistema de negócios com competitividade global, assim como, promover a facilitação do investimento, a liberalização do comércio e a facilitação de circulação de pessoas e mercadorias. Em simultâneo, deve-se elevar o nível de integração dos mercados e alargar a abertura ao exterior, no sentido de “captar investimento e internacionalizar-se”.

O Director do Centro de Desenvolvimento Regional de Guangzhou, Hong Kong e Macau do Instituto de Desenvolvimento da Guangdong, Hong Kong e Macau da Universidade de Zhongshan, Zhang Guangnan, salientou que o desenvolvimento da Grande Baía representa sobretudo a escala actual e as potencialidades do futuro. As cidades têm por um lado cooperação, e por outro, competitividade entre si, sendo questões que merecem ser estudadas como: o futuro modelo de cooperação, a passagem aduaneira de pessoas e mercadorias, o serviço moderno, a formação de quadros qualificados, entre outras.

O Deputado à Assembleia Legislativa de Macau e Vice-Reitor da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, Pang Chuan, propôs que se considere a introdução das actuais redes de recursos e experiências obtidas na cooperação económica e comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa no Parque Industrial Sino-Lusófono. Ao mesmo tempo, reforçar a cooperação entre as instituições de ensino superior de Macau e outras cidades da Grande Baía, satisfazendo de forma contínua as necessidades do Parque no âmbito do desenvolvimento da cooperação económica e comercial e do intercâmbio cultural com os Países de Expressão Portuguesa.

O Deputado à Assembleia Legislativa de Macau e Presidente da Direcção da Associação Económica de Macau, Lao Chi Ngai, disse que Macau deve procurar uma combinação orgânica entre “as necessidades do País e as vantagens de Macau” e “as necessidades de Macau e as vantagens da Grande Baía”, de modo a explorar os aspectos em que Macau pode ser beneficiado no processo de participação na construção da Grande Baía, tendo em conta servir e contribuir para a zona da baía.

A Presidente do Instituto de Formação Turística de Macau, Vong Chuk Kwan, referiu que as instalações turísticas de alto nível, os talentos de gestão de topo e a equipa de gestão da internacionalização são recursos importantes para o desenvolvimento da educação turística de Macau. Afirmou ainda que, com o apoio dos sectores, são disponibilizados estabelecimentos destinados à prática da educação turística. A cooperação estreita entre a indústria e as instituições de ensino, pode ser benéfico para Macau na construção da Base de Educação e Formação Turística da Grande Baía de Macau.

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