Ópera em quatro actos de Giordano Andrea Chénier
O XXXI Festival Internacional de Música de Macau (FIMM), organizado pelo Instituto Cultural, terminou com sucesso no dia 30 de Outubro com um concerto de encerramento absolutamente esgotado e muito aplaudido pela mão da Filarmónica de Viena. A venda de bilhetes para esta edição do FIMM atingiu perto de 97%, um resultado bastante satisfatório, contando com o apoio e participação entusiásticas do do público. Além disso, vários críticos de arte teceram grandes elogios à qualidade do programa desta edição e fizeram críticas positivas, dando assim mais significado ao Festival.
Esta edição do Festival arrancou com a ópera em quatro actos de Umberto Giordano, Andrea Chénier, a qual foi elogiada por críticos de arte pela “excelente técnica vocal das vozes femininas e masculinas” e pelas suas “emocionantes árias”, havendo ainda críticos que louvaram elementos característicos da coreografia, em particular a actuação dos alunos do Conservatório de Macau que se revelou bastante profissional. O Soweto Gospel Choir da África do Sul encheu a Fortaleza do Monte, um sítio do património mundial, construída pelos jesuítas do Colégio de S. Paulo, com cânticos religiosos e espirituais, num raro espectáculo em que os intérpretes actuaram num local histórico, combinando de forma harmoniosa paisagem, pessoas e arte. A Filarmónica de Viena encerrou o XXXI FIMM com dois concertos sucessivos no Grande Auditório do Centro Cultural de Macau, nos quais interpretou obras de grandes compositores alemães e austríacos. Os concertos “O Pináculo Dourado” e “Beethoven Imortal”, perante uma casa cheia, deixaram uma prolongada impressão em todo o público presente. A Filarmónica revelou-se entusiasmada por participar no Festival Internacional de Música de Macau, que conta já com 30 anos de história, enaltecendo a organização profissional do FIMM e a atenção aos detalhes nos preparativos.
Subordinada ao tema “Estrelas em Ascensão”, esta edição do FIMM convidou várias novas estrelas do mundo da música a revelarem o seu talento nos palcos do Festival. Entre estas, o Quarteto de Cordas Novus, um agrupamento de música de câmara sul-coreano da nova geração, interpretou com grande emoção obras de notáveis mestres como Mozart, Tchaikovsky e Ravel; el fog (Masayoshi Fujita), conhecido como “mágico do som”, fez uso de inovadores métodos performativos para criar paisagens sonoras verdadeiramente hipnotizantes; por seu lado, a cantora de jazz americana Jazzmeia Horn, possuidora de uma voz única, interpretou diversos temas do seu álbum “A Social Call”, enchendo a Fortaleza do Monte com a vitalidade da música jazz. O Programa Festival Extra deste ano obteve uma resposta impressionante, contando com a participação de mais de 580 pessoas nas várias palestras, conversas pré-espectáculo, visitas aos bastidores, master classes, workshops e actividades comunitárias.
A fim de proporcionar ao público um festival de música de escala internacional, actualmente o Instituto Cultural planeia o programa do FIMM com dois a três anos de antecedência, reservando tempo suficiente para tomar as medidas e levar a cabo os preparativos necessários e assim assegurar a qualidade dos programas do Festival. No próximo ano, o FIMM terá um tema latino e os preparativos já se encontram em curso a fim de continuar a oferecer excelentes espectáculos à população.
