No sentido de reforçar a troca de informações, a capacidade de comando conjunto e a coordenação na resposta a emergências entre as polícias, serviços públicos e concessionárias de jogo, realizou-se na madrugada de hoje (dia 22) um exercício de simulação de resposta a incidente súbito nas instalações de uma operadora de jogo. Este exercício, com o nome de código “Captura do Lobo 2019”, teve lugar no Hotel Venetian e contou com a participação de 10 entidades, a saber: Serviços de Polícia Unitários (SPU), Serviços de Alfândega (SA), Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), Polícia Judiciária (PJ), Corpo de Bombeiros (CB), Serviços de Saúde (SS), Gabinete de Comunicação Social (GCS), Gabinete de Gestão de Crises do Turismo (GGCT) e Venetian Macao. O exercício terminou com sucesso e os resultados obtidos cumpriram as expectativas.
O exercício simulou a ocorrência de um caso de ataque por motivo de vingança com armas, assalto e tomada de reféns, envolvendo vários indivíduos, dentro de uma sala VIP de um casino, no Hotel Venetian, no Cotai. Seis criminosos forçaram a entrada na sala VIP e feriram três jogadores à facada, tendo roubado fichas de jogo no valor de três milhões. A situação causou pânico no local, tendo várias pessoas ficado feridas, por terem caído. O guarda de segurança do hotel iniciou o procedimento de evacuação e comunicou de imediato o sucedido à PJ e à DICJ, acabando esta última por activar o mecanismo de acção conjunta para incidentes. Três dos criminosos escaparam no meio da confusão.
Os agentes da PJ, do CPSP e os guardas de segurança do hotel perseguiram imediatamente os criminosos, tendo dois destes sido interceptado no corredor da ala leste do hotel e resistido à detenção, acabando por ser dominados pelos agentes da patrulha especial do CPSP com spray de gás pimenta. Dentro da sala VIP, um dos criminosos foi detido pela PJ, enquanto os outros dois conseguiram tomar quatro jogadores como reféns, entrando em confronto com a polícia.
De seguida, os comandantes do CPSP, da PJ e do CB e a equipa médica dos SS chegaram ao local e criaram de imediato um posto de comando conjunto. Sob instruções do posto de comando, os agentes isolaram o local do incidente para tratamento de feridos e investigação no local. O Grupo de Negociação para Situações de Crise foi chamado para o local.
Durante o confronto entre o grupo de negociação e os criminosos foi libertado um refém. Contudo, no decorrer da negociação, os assaltantes perderam a paciência e ameaçaram matar os restantes reféns, situação que, após análise do comandante in loco, levou à intervenção do Grupo de Operações Especiais do CPSP, acabando por deter os criminosos e salvar os reféns. Simultaneamente, de acordo com a informação prestada pelos dois criminosos interceptados no corredor da ala leste do hotel, o cabecilha esteve em fuga e na posse dele tinha um engenho explosivo. Através das câmaras de videovigilância, conseguiu localizar-se o paradeiro do cabecilha, tendo este deixado um saco supostamente com engenho explosivo no parque de estacionamento ao abandonar o local. O pelotão cinotécnico e a equipa de inactivação de engenhos explosivos foram chamados para tratar o engenho explosivo. Os SA e o CPSP, baseado nas informações fornecidas pelo posto de comando, desencadearam acções de intercepção no mar e na terra, conseguindo finalmente encontrar o veículo do cabecilha e detê-lo perto da zona da Barra.
Este simulacro que durou cerca de uma hora e meia contou com 360 participantes, envolvendo diferentes serviços da área da segurança: SA, CPSP (Grupo de Patrulha Especial, Grupo Cinotécnico, Grupo de Inactivação de Engenhos Explosivos, Grupo de Operações Especiais), PJ (Divisão de Inspecção ao Local do Crime, Grupo de Negociação para Situações de Crise) e CB. Graças aos esforços envidados pelo pessoal acima mencionado e com a colaboração da DICJ, GCS, SS, GGCT e Venetian Macao, o exercício terminou com sucesso, tendo os procedimentos relativos à transmissão de informações, mobilização de meios operacionais e coordenação de comunicação funcionado sem sobressaltos.
Os SPU vão continuar atentos ao evoluir da situação da segurança, através da realização de diferentes tipos de exercícios, reforçando a capacidade de coordenação e de operações conjuntas dos serviços de segurança pública e outras entidades para enfrentar possíveis situações de emergência, de modo a assegurar a segurança pública de Macau e proteger a vida e os bens dos seus residentes e turistas.
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