Realizou-se, no primeiro dia (28 de Março) do Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau 2019 (2019MIECF), o “Dia da Cooperação Empresarial Verde”, contando com uma série de actividades voltadas para o Fórum Verde e a partilha de oportunidades de negócio. No primeiro dia do evento, foram realizados cerca de 130 encontros, na zona de bolsas de contacto, que envolveram a China interior, Brasil, Portugal, Singapura e Hong Kong, Macau e Taiwan, o que atraiu mais de 450 participantes.
Tendo como tema “Novas Oportunidades da Baía Ecológica – Construção de Cidades Movidas a Energias Limpas”, o presente “Fórum Verde”, subordinado ao “Dia da Cooperação Empresarial Verde, é composto por duas sessões, uma com os principais oradores e outra de debate. A primeira sessão contou com a presença de vários convidados e representantes de renome, sendo eles, o secretário de Estado do Ambiente do Ministério Coordenador dos Assuntos Económicos de Timor-Leste, João Carlos Soares, o director da Comissão de Desenvolvimento e Reforma e da Direcção dos Serviços Energéticos da Província de Guangdong, Wu Daowen, o director da Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental do Governo da Região Administrativa Especial de Hong Kong, Wong Kam-sing, o coordenador do Gabinete para o Desenvolvimento do Sector Energético do Governo da RAEM, Hoi Chi Leong, bem como, a vice conselheira da Comissão Municipal de Ciência e Tecnologia de Pequim, Zhang Hong. O presidente e fundador da Associação para a Protecção Ambiental Industrial de Macau, António Trindade, assumiu a função de moderador na sessão de debate onde os convidados partilharam as diversas perspectivas e opiniões. Os convidados foram, designadamente, o director-geral adjunto da Guangdong Energy Group, Li Mingliang, o assessor principal da Comissão Executiva da Companhia de Electricidade de Macau, Benjamin Yue, o director-geral adjunto do Conselho de Administração da Guangdong Green Finance Holdings, Ge Yukang, a vice-presidente sénior e directora de Sustentabilidade da Melco Resorts, Denise Chen e assistente sénior do director da Empresa de Gestão do Fundo de Cooperação para o Desenvolvimento China-Países de Língua Portuguesa, Zhang Ruiyang.
Na sessão de discursos, os vários elementos oficiais provenientes de três territórios – Guangdong, Hong Kong e Macau – apresentaram, respectivamente, as tarefas e as políticas locais associadas à protecção ambiental e à conservação energética onde destacaram a necessidade do aproveitamento das oportunidades proporcionadas pelas “Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”, na construção de uma comunidade com uma boa qualidade de vida e sob condições ideais para viver, trabalhar e viajar. Para esse efeito torna-se imprescindível efectuar tarefas afectas à conservação energética, uma vez que a utilização de energias renováveis, em maior escala, não só diminui o custo das mesmas como contribui para a melhoria da qualidade do ar. Os governos dos vários territórios mostraram-se igualmente empenhados no lançamento, mais activo, de políticas destinadas ao incentivo do uso de energias renováveis, tendo como objectivo acelerar a construção de cidades movidas a energias limpas. Os vários responsáveis de Pequim presentes destacaram, ainda, o uso de novas energias e energias renováveis, assim como, a prestação de um forte apoio à aplicação de tecnologias e produtos relacionados com a prevenção e o tratamento da poluição do ar. De igual modo os membros de Timor-Leste apresentaram o panorama dos decretos instituídos a nível local, no âmbito da protecção ambiental, e reforçaram a ideia da entrada de energias eólica, solar, hidroeléctrica e até bioenergia, com vista a efectivar o desenvolvimento sustentável do país.
Adicionalmente, na secção de debate, os vários convidados partilharam conhecimentos sobre políticas e tendências de desenvolvimento em torno da protecção ambiental, nos diferentes territórios, debruçando-se sobre temas referentes à inovação e cooperação na área da energia limpa entre os diversos territórios, à rede de electricidade inteligente, à inovação na tecnologia eléctrica e comercialização dos resultados de investigação, ao desenvolvimento de finanças sustentáveis, entre outros. No final todos concordaram na importância da redução de emissão energética e da sua conservação, sendo que, no futuro, a sustentabilidade irá ocupar uma proporção cada vez maior nas empresas no desenvolvimento de uma série de energias renováveis, nomeadamente eólica, solar e hidroeléctrica, incluindo bioenergia. Com o rápido avanço científico e tecnológico e no evoluir dos tempos a protecção ambiental continua em constante actualização, em que a aplicação das novas tecnologias em projectos práticos e até na vida quotidiana necessitará, indubitavelmente, de um maior apoio financeiro, além do contínuo intercâmbio entre territórios diferentes. Neste sentido, na qualidade de plataforma entre a China e os Países de Língua Portuguesa, torna-se fundamental Macau aproveitar, tanto quanto possível, as ligações e os contactos existentes, de modo a potenciar a cooperação de projectos no âmbito da protecção ambiental e energética, entre as duas partes.
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